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Dúvida sobre um jovem de 16 anos - Alexandre Bez

Dúvida sobre um jovem de 16 anos - Alexandre Bez

 

15/06/2012

A questão:


Uma avó de  um jovem de 16 anos, filho de pais são separados há 12 anos, expõe sua preocupação.  Desde a separação ele vive sozinho com a mãe e tem muito pouca assistência afetiva do pai.
A mãe, é extremamente carente e vez ou outra o chama para dormir com ela na sua cama de casal. Nunca ele se queixou ou manifestou qualquer constrangimento. Entretanto, a avó fica preocupada se isto não pode afeta-lo, mesmo que inconscientemente sexualmente.

A resposta:

“A questão é complicadíssima. Quando falamos em criação, lidamos com questões individuais referente às pessoas envolvidas. Determinar o conceito de certo e errado é muito difícil, pois ataca a particularidade dos indivíduos, assim como os aspectos pessoais de cada um. Mas um aconselhamento psicológico é sempre viável.


Neste caso, o jovem de 16 anos está na metade de sua adolescência – lembrando que para os homens a adolescência termina mentalmente aos 21 anos e não cronologicamente –, a mãe pode, sim, ter seus períodos de carência, entretanto, o aconselhável é que ela não os sane dormindo com o filho ao seu lado. Uma vez que a idade para isso já passou e a situação ainda se agrava por conta da pouca presença do pai.


A postura correta nesse caso, seria a imediata cessação desse comportamento. A avó está certa em se preocupar, pois com o tempo essa problemática irá afetar drasticamente as atividades sexuais do jovem. Evidentemente que essa turbulência emocional será repercutida a priori só no âmbito do inconsciente, mas pode se manifestar em outros momentos.

Quando o garoto se envolver em uma relação, inconscientemente pode encarar a situação como se estivesse traindo a figura da mãe. Ele provavelmente sofrerá um incômodo interno e não saberá identificá-lo, porém sentirá uma pseudotranquilidade quando se afastar dos seus relacionamentos e ficar na presença da mãe. Volto a destacar que todo esse processo é inconsciente tanto para o filho, quanto para mãe.


A provável solução: a mudança de hábitos, o entendimento da situação e um acompanhamento psicoterápico.”

Alexandre Bez – Psicólogo especializado em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia - UCLA, e Relacionamento pela Universidade de Miami, Flórida- Membro da APA- American Psychological Association. Atua há 13 anos em Consultório  www.clinicab.com.br

Foto: Alexandre Bez  - Créditos Odílio Ferraz
 
Taiga Cazarine - Assessoria Márcia Stival - E-mail: pauta3@consultordeempresas.com.br
 
 

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