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Qual o verdadeiro papel do pai durante a gestação?

 

Estudos comprovam que o interesse do pai pelo passo-a-passo da gestação e do parto traz benefícios para a mulher grávida e para o futuro bebê, como a diminuição das chances de cesareana e do uso de anestésicos.

Qual o verdadeiro papel do pai durante a gestação? Essa é uma das questões que vem revolucionando pesquisas, estudos e considerações à cerca da gravidez e da função masculina nesse processo.

A imagem do pai com um charuto na boca, andando em círculos ou desmaiando ao assistir ao parto não combina mais com as reivindicações do homem atual. Hoje é freqüente que o pai busque mais espaço ao lado dos filhos, e até lute pela guarda da criança em casos de separação. Além disso, há um interesse cada vez mais crescente demonstrado pelos pais em acompanhar a gestação e o parto, antes um verdadeiro tabu no universo masculino.

Diante dessa atual postura paterna, o homem não raro tem assumido uma importante função durante o parto: a de doula, termo usado para designar a acompanhante de parto. De origem grega, a palavra significa serva ou escrava, e refere-se a alguém que esteja familiarizado com os procedimentos de parto, como uma parteira, e que é bastante útil nesse momento.

Apesar de não estar habilitada a realizar qualquer intervenção médica, a presença da doula durante o parto é um importante apoio emocional e psíquico, estabelecendo a confiança e realizando massagens de alívio na gestante. "Enganam-se os que imaginam que a ausência do companheiro não influencia na gestação. Estudos revelam que um dos fatores facilitadores da formação de vínculo entre mãe e filho é a participação do pai durante toda a gestação", informa a psicoterapeuta Vera Iaconelli.

"Estudos mostram que o parto assistido pela doula é 25% mais rápido, tem 50% menos chances de ser cesárea, 40% menos de ser fórceps e diminui em 30% o uso de analgésica", revela Vera, complementando que "o pai torna-se capaz de exercer a maternagem na esposa, possibilitando que ela cumpra a maternagem no bebê. Em contra partida, a ausência do mesmo é um dos fatores de risco para a depressão pós-parto".

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