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Criança

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(*) Dr. Antonio Augusto Couto de Magalhães

Muitas vezes é possível detectar problemas nos pés das crianças e tratá-los precocemente, evitando maiores distúrbios na fase adulta. O desenvolvimento embrionário dos membros inferiores ocorre muito mais precocemente do que se imagina pois, já a partir do 28º dia de vida intra-uterina surgem os brotos dos membros inferiores que entre o 37º e o 40º se formam os pés e os raios dos dedos nas placas dos pés e vão se apresentar alongados e definidos após o 54º/55º dia de vida do embrião.

A diferenciação dos tendões inicia-se precocemente na sexta semana (42º) e na oitava semana (56º) muitos ligamentos do pé e tornozelo são diferenciados.

Com dois ou três meses de gestação, muitas mulheres, principalmente as mais jovens, nem sabem que estão grávidas, podendo fazer uso de drogas que podem prejudicar seu bebê e desencadear malformações congênitas.

Normalmente, após os pais terem conhecimento do sexo da criança, eles querem se assegurar se a criança é "normal". Perguntam se a criança possui todos os dedos das mãos e dos pés, usualmente. Quando não existem deformidades congênitas exuberantes, como ausência dos dedos ou dos pés, pés tortos congênitos, entre outras, as deformidades dos pés somente serão observadas após a fase de início da marcha da criança. O pé humano possui uma função dupla de suportar o corpo na fase de estação (apoio) e de propulsão (oscilação) durante a marcha.

O conhecimento do crescimento pré-natal e desenvolvimento dos pés é essencial para a compreensão da patofisiologia e melhor escolha do tratamento para as deformidades dos pés. Para uma maior compreensão das deformidades dos pés, é preciso entender sua anatomia básica.

Podemos Dividi-lo em Três Partes:

Retropé - formado pelos ossos calcâneo e o talo - parte de trás;

Médiopé - constituído pelos ossos navicular, cubóide e os cuneiformes medial, intermédio e - parte do meio;

Antepé - compreendendo os metatarsianos e as falanges - parte da frente.

No próximo artigo você saberá porque nem sempre o calçado mais "bonitinho" é o melhor para a criança.

(*) Dr. Antonio Augusto Couto de Magalhães é ortopedista e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé.

Contatos: holdingcom@uol.com.br

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