Mundo Mulher

Dia das Crianças - Vamo Brincá, Pessoar!

Dia das Crianças - Vamo Brincá, Pessoar! Consulte Aqui Nosso Arquivo de Matérias
As Matérias divulgadas neste link são de inteira responsabilidade do autor


Dia das CRIANÇAS - VAMO BRINCÁ, PESSOAR!

"Simpatias para os santos e brincadeiras de montão? Todo o arraial tem. É só escolher e se divertir a valer!"

SIMPATIA PRA TUDO PESQUISA PEDAGÓGICA

Ta maluquinho atrás de alguma coisa perdida? Peça ajuda a "São Longuinho, se eu achar tal objeto dou três pulinhos!" Essa é uma simpatia popular bem antiga, passada de geração em geração. Se você conversar com a vovó, ela provavelmente vai dizer que conhece alguma.

Existem milhares de simpatias por aí. As pessoas as usam com a intenção de realizar desejos. Se dá certo? Ai é outra história. Ninguém sabe dizer como as simpatias foram inventadas. Há quem fale que essa prática veio do Antigo Egito.

No Brasil, elas têm tudo a ver com os índios, que sempre fazem simpatias para resolver vários problemas, como doenças, falta de chuva e outros. Palavras, gestos e objetos são usados para fazer simpatias. E quase sempre elementos da natureza, como plantas, terra e água, estão presentes. Algumas simpatias podem ser feitas em qualquer dia e hora. Já outras precisam de datas especiais...

Quer saber se vai casar? Tem simpatia para fazer no dia de Santo Antonio. Diz a tradição que ele é casamenteiro. Para terminar, ai vai um recadinho: as simpatias não fazem milagres. Foram inventadas pelo homem e são parte do nosso folclore. Acredite se quiser!

PRA CASÁ Ô INRICÁ! A cumadi qué casá mais ta difícil?E o cumpadi qué inricá da noite pro dia? Intão, vamo cumbiná! Faça umas simpatias para os santos que tudo vai se ajeitá. Tem simpatia para tudo que é precisão. É só escolher e fazer no dia dos santos juninos. Se não derem resultado, pelo menos vai se divertir!

Quer sonhar com o futuro marido? Coloque três rosas vermelhas (sem espinhos, viu?) debaixo do travesseiro na véspera do Santo Antonio. Bons sonhos! No dia de Santo Antonio (13 de junho) vá à uma igreja receber o "o pãozinho de Santo Antônio". Ele é distribuído em todas as igrejas que têm nome do santo. O pão é bento e deve ser levado para casa e guardado junto com outros alimentos para que estes nunca faltem. Escreva o nome de quatro pretendentes na noite de São João. Pegue os papéis e amarre-os nas quatro pontas do lençol da cama. Só não aperte demais. Ao amanhecer, o nó que estiver desfeito indicará o nome do futuro esposo ou esposa. Na noite de São João coloque duas agulhas dentro de uma bacia com água. Se elas se juntarem, vai dar casamento.

É noite de São João? Escreva o nome de vários pretendentes em pequenos papéis, depois os enrole e coloque numa bacia com água. O papel que amanhecer desenrolado mostrará o nome do futuro noivo ou noiva. Dizem que o carvão que sobra da fogueira de São João é milagroso. Ande com um pedaço dele no bolso e terá felicidade e dinheiro o ano inteiro. Deve ser também distribuído aos parentes e amigos, pois são considerados bentos. É comum amarrar espigas de milho para enfeitar o mastro de São João. No dia da festa são recolhidas e depois usada para plantio. Garantem uma boa colheita. Ah, se você achar uma espiga no mastro com 15 fileiras ficará rico. Na noite de São João coloque um pouca de clara de ovo num copo cheio de água. No outro dia corra para ver o que apareceu dentro do copo: uma igreja ou um véu? Ca-sa-men-to. Um navio? Vai pintar uma viagem no seu caminho.

BAMO BARRÊ A CONZINHA? Festa Junina não é coisa de cidade. Festas de gente da roça, apareceram no interior da Europa para saudar o início da semeadura. Só depois é que foram associadas às datas de santos populares como São João, Santo Antônio e São Pedro e passaram a ser comemoradas também nas cidades.

Mas no falar é tudo da roça, até hoje. E o jeito de falar das festas juninas e da roça tem algumas particularidades.

Para começar, é mais poético, cheio de metáforas. Metáfora é quando a gente compara uma coisa com a outra, quando a gente lança mão de um exemplo do dia-a-dia para explicar uma coisa.

Por exemplo, se tem um doce cuja superfície é toda caroquenta, então fazemos logo a comparação com o é de um moleque que anda descalço no terreiro o dia inteiro: pronto, é o pé-de-moleque. O mesmo vale para mane-pelado. Só não me pergunte por que é que o doce de mandioca se parece com um menino chamado Manuel sem roupa.

Fulano envém lá! Um problema de gente da cidade é achar que a linguagem da roça é simples. Há momentos em que é muito mais sofisticada que a da cidade. Quer ver só? Quando falamos no passado, alguns verbos têm a mesma forma de que no presente. O próprio verbo "falar" ou "conversar" tem a forma "falamos" tanto para o presente como para o passado: "falamos muito". Não se sabe agora, ontem foi "conversemos muito".

Há outras distinções igualmente refinadas. Na linguagem da cidade, quando alguém diz que vem ao nosso encontro, dizemos simplesmente "fulano vem". Essa frase não diz a que horas, só diz que o fulano vem. Pois na roça, além de dizer que "fulano vem", que é indeterminado, tem um jeito mais preciso de falar: quando o fulano já está a caminho e já aponta ao longe, dizemos "fulano envém". Quer dizer que já está chegando. Outra crítica que gente da cidade faz do jeito roceiro de falar é da mistura de letras:"I" e "r" trocam de lugar facilmente, assim como "b" e "v". Lá em casa, por exemplo, eu sou o "Vorni".

Mas essa instabilidade vem de tempos medievais: em Portugal até hoje se fala "aluguer" ao invés de aluguel e em muitas regiões daquele país a preferência recai sobre "barrer" ao invés de varrer. Na maioria dos casos, os jeitos de falar da roça não têm nada de novo: são formulações antiqüíssimas. O verbo "envém" já era usado em latim, há 2 mil anos. Outro ponto de refinamento é quanto à precisão do vocabulário. Na cidade, falamos em boi ou vaca, simplesmente. Pois, na roça, além da distinção de sexo, existem outras, mais refinadas. Boi é o termo genético, enquanto touro é o boi destinado à reprodução.

Marruco é o touro jovem e marrá é um marruco brabo. Bezerro é o animal recém-nascido e novilho é o adolescente, já desmamado, que, se for destinado ao abate, então é o vitelo. Ufa! Tem muito mais, mas já tá bão. Por isso, da próxima vez que alguém chegar falando procê que "nois andemo onte o dinterim" ou "bamo barre a conzinha" pense duas vezes antes de fazer troça. O que é diferente não é pior: muitas vezes é tão ou mais refinado que nossos próprios costumes.

Wolney unes professor e consultor do POPULAR

Brincadeiras Para o Dia das Crianças

TODO MUNDO NA PESCARIA Cadeia, correio elegante e pescaria são brincadeiras tradicionais que animam qualquer festa junina. E o pau-de-sebo? É mais do que engraçado ver alguém escalando um pedaço de pau todo ensebado. Assim como esta, outras brincadeiras também são muito divertidas.

Jogo de argolas

Coloque várias garrafas espalhadas. Cada jogador deverá acertar um certo número de argolas na boca da garrafa. Quem acertar mais será o vencedor.

Corrida de sapatos

Duas equipes ficam em fileiras separadas. Todos os jogadores tiram os sapatos, que são recolhidos por outras pessoas e embaralhados a uma distancia de uns dez metros das duas equipes. Após o sinal, os jogadores saem pulando com o pé esquerdo em direção aos sapatos e devem procurar os seus e calçá-los rapidinho. Depois saem pulando com o pé direito para o lugar da partida. O jogador de cada equipe que calçar os sapatos trocados está fora do jogo. Ganha a equipe que tiver o maior numero de jogadores com os sapatos certinhos.

Corrida do saci

Risque no chão duas linhas beeeeem distantes uma da outra: a linha da saída e a outra da chegada. Após o sinal, todos saem pulando com uma perna só em direção à chegada. Quem conseguir chegar primeiro será o ganhador.

Corrida de sacos

Um ou dois jogadores entram em um saco grande e saem pulando. Ganha o jogador ou a dupla que alcançar primeiro a linha de chegada.

Corrida de três pés

Cada jogador amarra sua perna esquerda à perna direita do parceiro e saem pulando com as pernas amarradas. Vence a dupla que cruzar primeiro a linha de chegada.

Maçã na água

Encha uma bacia de boca larga com água e coloque-a sobre uma mesa e jogue algumas maçãs. Os jogadores colocam as mão para trás e deverão tentar morder uma das maçãs sem a ajuda das mãos. Quem conseguir, nhac!, primeiro, vence o jogo.

Dança da laranja

Cada par coloca uma laranja apoiada na testa e começa a dançar. Todos devem dançar conforme o ritmo da música. Só não vale usar as mãos e nem deixar a laranja cair. Se ela cair, a dupla é desclassificada. A música não pára até que só reste um par com a laranja.


 
Mundo Mulher
Mundo Mulher
Mundo Mulher
box_veja