Mundo Mulher

Mitos da gravidez: o que pode e o que não pode

08/05/2011 

Volta e meia, as famosas aparecem por aí, grávidas e fazendo alguma coisa questionável: Danielle Winits, que deu à luz seu segundo filho em 28 de abril, foi vista fumando, por exemplo, ou Kate Hudson, com seis meses, foi clicada tomando vinho. O EGO consultou o doutor Fábio Muniz, obstetra e mastologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Saúde, em São Paulo, para saber o que pode e o que não pode durante a gestação - e se as famosas estão sendo um bom exemplo.

Fumar: não pode

O hábito de fumar na gestação pode levar ao aborto ou parto prematuro. Os riscos são tão grandes que não se permite nem uma tragada - nem mesmo das pessoas próximas. "A gestante que vive em ambiente poluído pela fumaça do cigarro também pode apresentar os mesmos problemas de quem fuma. Grávidas jamais deveriam fumar. Além de trazer sérios riscos para a saúde materna, o hábito de fumar pode causar aborto espontâneo, parto prematuro, recém nascidos de baixo peso e morte fetal", explica o médico. Quem fuma durante a gravidez tem o dobro de chance de ter um bebê menor. E estudos demonstram que crianças de sete anos, filhos de mães fumantes, apresentam atraso no aprendizado quando comparados a filhos de mães não fumantes.

Ingerir álcool: não pode

Alguns médicos até liberam uma tacinha ou outra durante a gestação. Mas, segundo o obstetra, esta não é uma medida segura. "Muitas mulheres bebem um pouco durante a gravidez, um cálice de vez em quando, e conseguem dar luz a bebes saudáveis, contudo, não há segurança nesta medida". O hábito de ingerir bebida alcoólica na gravidez. além de gerar problemas obstétricos, pode levar a síndrome alcoólica fetal que causa baixo peso, déficit mental, deformidades cardíacas e do sistema nervoso central. O álcool também não deve ser ingerido durante a amamentação.

Pintar ou alisar o cabelo: pode, com ressalvas

"Embora não exista comprovação científica de que as tinturas, ondulações e processos químicos afetem o bebê, os produtos utilizados contêm na sua maioria, amônia, um produto com forte odor que pode causar mal estar e pode ser absorvido em pequena quantidade pelo couro cabeludo. Produtos que contenham chumbo em sua formulação também devem ser evitados", explica o médico. Tinturas sem chumbo ou amônia, bem como reflexos e mechas feitos a boa distância do couro cabeludo, são permitidos. A hena é um produto natural que pode ser utilizado.

Salto alto: pode, com ressalvas
O ideal são saltos bem baixinhos, de apenas dois centímetros. O doutor Fábio Muniz ressalta que saltos muito altos aumentam a chance de tombos, o que pode até levar ao aborto. "Os calçados utilizados no período da gravidez devem ser confortáveis, de materiais flexíveis, sem aperto ou bico fino. Deve se preferir solados emborrachados prevenindo contra escorregões e quedas", diz.

Carne crua: pode, com ressalvas
O maior risco na ingestão de carne crua (como no carpaccio, por exemplo) é a toxoplasmose, doença que pode causar danos ao feto. "Durante o pré-natal, se for constatado a ausência de anticorpos contra a toxoplasmose, a recomendação é de se evitar a ingestão de carne crua."

Exercícios: recomendados, mas sem exageros!

Fazer exercícios físicos é altamente recomendado durante a gravidez. Mas com cuidado, claro! É importante fazer exercícios acompanhado de um professor especializado e com o aval do médico. "Quem já praticava atividade física antes da gravidez deve reduzir a intensidade em cerca de 25%", explica o ginecologista. "As gestantes que eram sedentárias podem começar com caminhadas leves entre 15 e 20 minutos. E a freqüência cardíaca não deve ultrapassar os 140 batimentos por minuto.".

Goiasnet.com/G1

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