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Gravidez de Risco

Gravidez de Risco

Qualquer gravidez acima dos 35 anos automaticamente é considerada de risco. Isso se deve ao envelhecimento dos óvulos, que ocasiona uma maior probabilidade de problemas genéticos no feto.

No entanto, se você é saudável e tem bons hábitos (não fuma, não bebe, tem boa alimentação, e pratica exercícios) suas chances de ter um bebê perfeitamente normal são imensas e provavelmente bem maiores do que as de uma gestante de 25 anos que fuma, bebe e só se alimenta de fast food.

O fator idade, embora tenha que ser levado em conta sempre, não é absoluto e nem de longe é certeza de que algo vai dar errado com você ou com o bebê. O termo "gravidez de risco" é só uma indicação de que seu médico precisará acompanhar sua gravidez mais de perto. Faça todos os exames necessários: ultrasom, sangue, urina.

Entre os problemas que podem acontecer está a diabete gestacional. Algumas mulheres têm maior propensão para manifestar essa doença. São aquelas que já fazem parte do grupo de risco do diabete. Nesse universo, estão, por exemplo, as que engravidam depois dos 30 anos, as obesas, que ganham muitos quilos na gestação e as grávidas que possuem parentes próximos diabéticos.

Podem ainda ser incluídas no time, mulheres que tiveram uma gestação anterior com bebê pesando mais de 4 quilos ao nascer. Nesses casos, é bem possível que as mães tenham adquirido a doença, mas não ficaram sabendo. As hipertensas e as que tiveram diabete gestacional em uma gravidez anterior também estão mais suscetíveis a desenvolver o distúrbio.

Diabetes

Quanto mais a mulher adia a primeira gravidez, maior é a probabilidade de que seu bebê venha a ser diabético. É o que garante uma pesquisa britânica publicada na revista inglesa British Medical Journal. O trabalho, feito com cerca de 1.400 crianças, mostrou que cada ano adicionado à idade da mãe aumenta em 5% o risco de seu filho desenvolver o diabete tipo 1.

Nesta variedade, as próprias células de defesa do corpo atacam o pâncreas, órgão que produz a insulina. "Nos últimos anos, a primeira gestação vem ocorrendo cada vez mais tarde. Isso pode, em parte, explicar o crescimento no número de casos infantis da doença", afirma Polly Bingley, um dos autores do estudo.

"Alguma coisa está afetando os fetos durante seu desenvolvimento no útero, mas ainda não sabemos o que é", diz ela. "Não acredito que apenas o fator idade seja responsável pelo fenômeno", opina Zulma Fernandes Peixinho, imunologista da Universidade Federal de São Paulo. "Outros trabalhos sugerem que as verdadeiras causas sejam problemas na amamentação e no sistema imunológico materno", explica ela.
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