Mundo Mulher

Não Exagere

Não Exagere

 


Família reunida e mesa repleta de comida. Muitos presentes e clima otimista. Esses elementos são imprescindíveis nas ceias de Natal de de Ano Novo. Porém, é importante ter cuidados na hora de comer. Especialmente nas famílias que já apresentam tendência a engordar.

A atenção é importante principalmente em relação às crianças. A incidência de obesidade infanto-juvenil cresceu 240% no Brasil nos últimos 20 anos. Ela é causada por fatores como comer fora do horário de refeições, a falta de exercícios e consumo de gorduras e doces, além da ingestão excessiva de comida em refeições.

As crianças obesas já apresentam problemas que só eram encontrados em adultos. “Os principais riscos para a criança obesa são a elevação do colesterol, alterações ortopédicas, de pressão, dermatológicas e respiratórias”, alerta o pediatra e professor da Unifesp Mauro Fisberg, que lança o livro “Atualização em obesidade na infância e adolescência”, pela Editora Atheneu. A obra é escrita em parceira com médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos e professores de educação física, e traz os estudos mais atuais sobre causas, conseqüências e tratamentos para a obesidade infanto-juvenil.

“Comer bem e com prazer não é sinônimo de comer em volumes exagerados”, afirma Fisberg. “Hoje não existe mais a regra do café da manhã como rei, almoço como príncipe, e jantar como súdito”, disse. “Deve-se comer pequenas quantidades em cerca de seis refeições ao longo do dia”, afirma.

A alimentação das crianças deve ser acompanhada de perto, no entanto, muitas vezes os próprios pais se alimentam de forma inadequada e apresentam obesidade. E sabe-se que filhos de pais obesos têm grande chance de possuir o mesmo problema. Além disso, os adultos têm dificuldade em perceber e a admitir a obesidade nas crianças. “A obesidade é um problema que vem acompanhado de inúmeros riscos à saúde, mostrando não ser apenas um problema estético”, diz Fisberg.

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