Ar que se Respira dentro dos Aviões pode Provocar Doenças
Ar
que se respira dentro dos aviões pode provocar doenças, entre elas a
Síndrome do Olho Seco
Dr.
José Alvaro
A
umidade do ar gira em torno de 09 a 30% nos aviões, segundo artigo publicado
na Revista Eye & Contact* A qualidade do ar que se respira dentro dos
aviões vem sendo questionada pelos passageiros ao longo dos últimos
anos e apontada como um dos causadores de várias doenças, dentre elas
a Síndrome do Olho Seco. A umidade relativa do ar dentro dos aviões
pode ser comparada a regiões de clima árido e semi-árido, pois gira
em torno de 9 a 30%.
A doença afeta cerca de 10% da população adulta em todo o mundo e muitas
delas sofrem desnecessariamente porque não sabem que o problema tem
tratamento. Segundo o Dr. José Alvaro, médico oftalmologista e Presidente
Científico da APOS, Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco,
a Síndrome do Olho Seco é uma alteração em um dos três ingredientes
da lágrima água, proteína e gordura. O ressecamento dos olhos deixa
a superfície dos olhos córnea e conjuntiva - desprotegida e mais susceptível
a infecções. O ar seco do interior dos aviões pode provocar o ressecamento
dos olhos, pois é uma mistura de ar externo com ar condicionado.
Além disso, ele é equipado com catalisadores de destruição em seus sistemas
de ventilação, ou seja, um filtro, que deveria assegurar a retenção
das partículas nocivas à saúde. Porém, algumas vezes ele pode deixar
de cumprir seu papel e espalha bactérias que infestam o ambiente, em
geral, sem ventilação, visto que lugares fechados garantem melhor desempenho
do sistema. Esta carga bacteriana, associada a diminuição da umidade
relativa do ar potencializam a irritação da superfície dos olhos e o
surgimento de olho seco, causado pela maior evaporação da lágrima.
Ambientes inóspitos, com baixos níveis de umidade relativa do ar, como
aviões, também são propícios ao surgimento de quadros transitórios de
olho seco em pessoas, que em outras condições, não apresentariam essas
alterações, além de agravar o quadro e piorar os sintomas de indivíduos
que têm olho seco por outras causas. Os sintomas oculares, mais freqüentes
em vôos principalmente de longa duração, pela baixa umidade e ar reaproveitado,
são sensação de areia nos olhos, irritação ocular, queimação, sensibilidade
à luz, desconforto, vermelhidão e embaçamento visual.
Quanto mais intensos, mais afetam a qualidade de vida das pessoas. O
uso de lentes de contato também favorece o quadro de olho seco durante
o vôo. A Síndrome do Olho Seco é a segunda maior causa de atendimento
nos consultórios oftalmológicos, depois de refração, e quando não diagnosticada
e corretamente tratada, pode evoluir para lesão da superfície ocular
e, em alguns casos, até à perda da visão, alerta o Dr. José Álvaro.
O tratamento mais indicado pelos especialistas é o uso de lágrimas
artificiais com a finalidade de manter o olho permanentemente umedecido.
Em usuários de lentes de contacto, pessoas de uma idade mais avançada
e em particular mulheres em fase de pós menopausa são mais freqüentes
os sintomas de secura ocular (piscadas, olhos vermelhos, sensação de
areia nos olhos).pessoas com doenças auto-imunes como artrite reumatóide
ou Síndrome de Sjögren apresentam frequentemente quadros de olho seco
mais graves, associados à doença de base.
A Síndrome do Olho Seco No Brasil, estima-se que cerca de 18 milhões
de pessoas sofrem com a doença. Embora pareça um aborrecimento menor,
a Síndrome do Olho Seco é potencialmente séria, pois pode causar processo
inflamatório crônico perpetuando a falha da lubrificação pelos componentes
da lágrima, essencial para a manutenção da vitalidade das células da
superfície ocular.
Este distúrbio pode produzir áreas secas sobre a conjuntiva e córnea,
o que facilita o aparecimento de lesões. Sobre a APOS A APOS, Associação
dos Portadores de Olho Seco, existe para oferecer apoio, educação e
informação a todos os familiares e pacientes com Olho Seco. É uma organização
não governamental (ONG), sem fins lucrativos e independente. Sua sede
fica na Rua Tamandaré, 693, 5º andar - Liberdade, São Paulo, telefone
(11) 3208-8727, e-mail apos@apos.org.br / www.apos.org.br Porta-Voz:
José Álvaro Pereira Gomes* Dr. José Álvaro Pereira Gomes é médico oftalmologista,
professor da UNIFESP/EPM e Presidente científico da APOS, Associação
Brasileira de Portadores de Olho Seco Dicas para o passageiro: · Em
vôos longos, use colírios de lágrimas artificiais sempre que sentir
desconforto ocular. · Lembre-se de piscar · Evite utilizar o computador
por muito tempo durante o vôo · Se você é usuário de lentes de contato,
não se esqueça de levar seus óculos durante o vôo · node dormir durante
o vôo
IMPRENSA: SPOKE - Andréia Wingeter/ Flávia Pacheco andreia@spoke.com.br
Dr. Carlos Eduardo de Moura Médico Oncologista Clínico Assistente do IOiS Instituto de Oncologia de Sorocaba - Integração / IOiS Rua Cônego Januário Barbosa, 238 18.020-245 - Sorocaba/SP Fone/fax: (0xx15) 3232-2119
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