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Combate à Tuberculose

O fantasma que assombrou poetas há mais de 100 anos está de volta. Ou melhor, nunca foi embora — ao contrário do que se pensa. A tuberculose mata 2 milhões de indivíduos por ano ao redor do planeta, mais que a Aids e a malária juntas. E o Brasil está entre os líderes desse triste ranking, com 80 mil novos casos anuais e 5 mil mortes causadas pela doença nesse mesmo período.

Mas é de laboratórios brasileiros que surgem novas promessas para atacar o mal nas duas frentes: diagnóstico e tratamento. Da Universidade Federal do Rio de Janeiro vem um jeito mais simples de detectar o bacilo de Koch, responsável pela infecção. Já cientistas da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto estão perto de viabilizar uma vacina gênica capaz de prevenir e de curar a doença.

Novo exame facilita o diagnóstico

Apesar de os números alarmantes, a tuberculose tem cura. É claro que nessa batalha há percalços. O método tradicional de diagnóstico, que analisa a expectoração, tem falhas. Em 40% dos casos, ou o paciente não consegue expelir o muco ou o bacilo não dá as caras na amostra. Aí só a broncoscopia, que colhe material dos pulmões, desfaz as dúvidas. Por ser cara, ela é pouco usada.

A saída pode estar na descoberta da UFRJ: uma nebulização com uma solução concentrada de sal estimula a produção de muco e, assim, facilita o flagrante. “O teste poderia ser adotado nos postos de saúde”, defende Marcus Conde, um dos autores do estudo.

Comprovado o mal, só um bombardeio de antibióticos por seis meses é capaz de liquidá-lo. O problema é que muitos pacientes largam os remédios no meio do tratamento. “Aí as bactérias sobreviventes ficam mais fortes”, diz Carlos Carvalho, pneumologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Outro ponto essencial para a vitória contra a doença é tratá-la cedo. Por isso, é bom ficar atento a tosses que persistem por mais de três semanas, perda de peso e febre constante. Afinal, a tuberculose não é coisa do passado.

Fonte:

www.revistasaude.com.br

www.nib.unicamp.br/sbpt/index2.htm
Site feito pela Sociedade. Brasileira de Pneumologia e Tisiologia com vários dados sobre a doença
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