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Controle o Colesterol!

Em média 40% das pessoas acima dos 18 anos apresentam taxa de colesterol acima de 200 mg/dl. Esse é o resultado da maior pesquisa já realizada no país pelo Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre o perfil de homens e mulheres sujeitos às doenças do coração.

Preocupado com essa prevalência, o Ministério da Saúde incluiu as estatinas (classe terapêutica destinada à redução de colesterol) na listagem de distribuição gratuita de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde para o controle do colesterol elevado em pacientes que já apresentam graves sintomas de doenças do coração.

"A inclusão das estatinas é uma importante iniciativa para a redução do problema no Brasil. Quanto mais pessoas tiverem acesso aos medicamentos, melhor poderemos trabalhar a conscientização e, sem dúvida, diminuir a incidência da mortalidade cardiovascular no país", afirmou a presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dra. Tânia Martinez.

Com a medida, no total, 87 doenças são cobertas pelo SUS. Ao ampliar essa lista o governo garante o tratamento de pessoas, principalmente de baixa renda, que não têm condições de adquirir os medicamentos nas farmácias. Os remédios estão sendo comprados pelas Secretarias Estaduais de Saúde com recursos repassados pelo Ministério da Saúde. Para este ano, o gasto previsto é de R$ 483 milhões e deverão ser beneficiadas cerca de 340 mil pessoas, que estão na faixa de risco dessas doenças. Embora o investimento pareça alto, a prevenção de problemas como derrame ou infarto representa uma economia significativa se considerarmos os custos de internação e tratamento dessas doenças.

A Campanha Nacional de Combate ao Colesterol Elevado, patrocinada pela Pfizer, foi realizada no período de 24 de junho a 8 de agosto de 2002. No total, 81.262 pessoas, sendo 51% homens e 49% mulheres, fizeram gratuitamente exames de colesterol em 13 municípios de sete Estados do país.

Atualmente, as doenças cardiovasculares já são a principal causa de óbito na população adulta no Brasil, a semelhança do que ocorre em outros países ocidentais desenvolvidos e em desenvolvimento e respondem por cerca de 30% dos óbitos no País.

No geral, 70% da população brasileira têm um ou mais fatores de risco para doenças do coração, como diabetes, tabagismo, histórico familiar ou hipertensão. Segundo o Dr. Mário Maranhão, presidente da Federação Mundial de Cardiologia, as doenças cardiovasculares representam um dos maiores desafios de saúde do século 21. A estimativa é que em 2020, de cada 100 pessoas, 36 serão vítimas de doenças do coração.

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