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Inveja: Todos têm, Poucos Admitem

Inveja: Todos têm, Poucos Admitem


“Admitir ser ou estar (num determinado momento) invejoso é uma das confissões mais raras de se ouvir. Seria como admitir uma fraqueza e de fato, a inveja é a pior fraqueza do ser humano!”, afirma a psiquiatra Ida Ortolani. Hoje, a necessidade de "muito/mais e mais" se torna cada vez mais forte e aí começam as comparações, o descontentamento com o que se tem, o desejo de ter tudo aqui e agora, etc... Esses são fatores que, quase sempre, levam à inveja.

Existe a tendência em se confundir inveja com ciúmes, porém, a primeira é uma emoção mais primitiva que a segunda. "O ciúme baseia-se na possessividade. Ele pertence a uma relação triangular e, portanto, a um período da vida em que os outros são claramente reconhecidos e diferenciados. A inveja, por sua vez, é uma relação de duas partes, na qual a pessoa inveja o outro por alguma posse ou qualidade. Nenhuma outra pessoa precisa entrar nessa relação".

"A inveja é o ódio por nós mesmos, por não ser ou ter o que o outro é ou tem". Esse ódio esconde dificuldades que nos são muito dolorosas”, completa.

A inveja, segundo a psiquiatra, é um sentimento destrutivo, principalmente para o invejoso. Odiar o outro é uma forma de dependência, isto é, “damos ao outro um enorme poder sobre nós. O odiado estará na nossa mente a cada minuto, nos fará companhia, ali do nosso lado... sempre!” Segundo o rabino Nilton Bonder em "A Cabala da Inveja", a melhor maneira de nos livrarmos dessa tortura é não invejar. Alcançar a liberação da pesadíssima carga que o invejoso arrasta, requer disciplina, educação, valores morais, pois, para o invejoso é muito mais difícil curtir algo de bom que tenha acontecido a um amigo do que sofrer com ele!.

Podemos aprender a transformar essa emoção tão "negativa" em "positiva", admirando uma qualidade, uma posse, um bem de alguém e usarmos esse alguém como modelo para alcançarmos o desejado. “É muito natural termos alguém como modelo para conseguir algo ou um cargo como meta”, diz Ida. Alguns exemplos de inveja que pode destruir uma vida: fofoca, calúnias, insinuações maldosas, comentários venenosos, falsos testemunhos, entre outros.

A inveja também se manifesta de forma não reconhecida pela pessoa que a sente. Gestos, olhares, associações, comentários depreciativos. Um exemplo: quando uma pessoa conta com alegria a aquisição de um carro novo e a outra lhe devolve o seguinte comentário: "Você vai ver a despesa que esse carro vai dar", ou então "Tirou na concessionária e já está valendo 30% menos". “É importante estarmos sempre atentos a toda possível manifestação de inveja para podermos não só reconhecê-la mas, procurarmos ajuda especializada, pois, sozinhos não saberemos como descobrir o que há de errado em nós para sermos tão descontentes, insatisfeitos com o que temos e, isso trará paz e serenidade que inveja nenhuma poderá trazer”, conclui a psiquiatra.

Todo mundo tem uma história sobre inveja para contar, já que ela é uma emoção natural e basicamente humana. Seja como vítima, seja como sujeito da ação. O importante e ter humildade suficiente para admitir os seus ataques e aprender a lidar com ela.

IDA ORTOLANI
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