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Pacientes com necessidades especiais precisam de tratamento dentário específico

Pessoas que possuem necessidades especiais com a saúde necessitam do acompanhamento de profissionais especializados. Cada disfunção tem características próprias e desempenha diferentes funções do organismo. O primeiro passo, ao diagnosticá-la, é procurar um especialista que possa avaliar e indicar o melhor tratamento. Na área médica essa medida é muito comum. Já na odontológica, nem todos os pacientes tem conhecimento ou tomam esse tipo de cuidado.

O tratamento dentário para portadores de necessidades especiais visa diagnosticar, prevenir, tratar e controlar os problemas de saúde bucal que apresentam complexidade no sistema biológico, psicológico e social. Para esclarecer mais sobre o assunto, o Portal do Sorriso – clínica odontológica especializada em odontologia para toda a família - convidou a Dra. Audrey Soledá Fuentes Fernandes, especialista no atendimento a pacientes especiais, para falar sobre o assunto.

Para começar, é preciso esclarecer que existe uma gama muito grande de deficiências e cada uma requer abordagem diferenciada dentro da odontologia. Conheça algumas delas:

Deficientes físicos: que possuem problemas de linguagem (surdos-mudos), visual ou deficiência neuromotora;

Deficientes mentais: com deficiências leves, moderadas, profundas, limítrofes;

Doenças psiquiátricas e neurológicas: como paralisia cerebral, epilepsia, transtornos de humor (depressão, mania, transtorno afetivo bipolar - TAB),

transtornos alimentares (anorexia, bulimia, obesidade),

transtornos de personalidade (paranóide, esquizóide, Boderline, histriônico, ansiedade, obsessiva etc.),

transtornos psicóticos (esquizofrenia, transtornos delirantes, esquizoafetivo),

transtornos invasivos do desenvolvimento (autismo, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância) e dependências químicas (álcool, drogas);

Doenças crônicas: como hipertensão, cardiopatias, doenças endocrinológicas (diabetes, hipo ou hipertireoidismo etc.), nefropatias (doença renal), doenças reumatológicas (lupus, artrite, artrose, esclerodermia, etc), oncológicas (câncer), doenças hematológicas (discrasias sanguíneas: púrpuras, hemofilias, Von Willebrand, etc), infecto-contagiosas (hepatites, Imunodefi ciências, tuberculose etc.), doenças dermatológicas (pênfigo vulgar, penfigóide benigno de mucosa, liquem, epidermólise bolhosa etc).

Doenças genéticas e síndromes: fendas orofaciais, malformação sistema nervoso (hidrocefalia, microcefalia, encefalocele), Síndrome de Down, Síndrome Rubsnstein-Taybi, Síndrome Goldenhar, Displasia cleidocraniana, displasia ectodérmica, Síndrome das Craniossinostoses, Moebius, Síndrome de Turner, Síndrome de Klinefelter etc.

Apesar da especialidade ser reconhecida apenas recentemente pelo CRO – Conselho Regional de Odontologia, a procura pelo serviço é grande, mas infelizmente, muitos profissionais da área se recusam atender pacientes nessas condições. “Para atuar nessa área é necessário ter um amplo conhecimento nas áreas de clínica médica geral, neurologia, fisiologia, farmacologia, psicologia e fisioterapia”, diz a Drª Audrey. Segundo ela, é importante que ambos os profissionais, tanto o médico quanto o dentista, avaliem a necessidade de um atendimento individualizado. “Muitas vezes, o que ocorre é que o profissional sem especialidade fica com receio de atender o paciente. Já os médicos, que conhecem a patologia, sabem o que pode ou não comprometer a saúde e, por esse motivo, pedem que o paciente procure um dentista especialista”, ressalta.

Algumas doenças crônicas devem receber atenção redobrada para a saúde da boca, pois o organismo fica mais vulnerável e uma simples cárie ou inflamação na gengiva pode se tornar foco de infecção que piora o quadro geral da pessoa. Além da avaliação profissional, é importante que família saiba que é necessário um cuidado especial, pois apesar do tratamento ter um acompanhamento bem parecido com o de uma pessoa sem necessidades especiais, é muito importante preservar a segurança do paciente. Dependendo da doença de cada pessoa, podem ocorrer alterações patológicas e interações medicamentosas adversas, por isso, o cirurgião dentista deve ter conhecimento suficiente da patologia e cuidados ao misturar medicações a fim de preservar a saúde do paciente. “O que muda é o conhecimento e experiência do profissional, pois algumas patologias dificultam o tratamento comum e outras não interferem em nada. É preciso estar atento, fornecendo todos os dados em relação à saúde e selecionar um profissional capacitado para atender com segurança”, conclui Audrey. Além desse procedimento, o Portal do Sorriso oferece também tratamentos especiais para bebês, crianças e adolescentes, proporcionando um belo sorriso para toda a família. Para as futuras mamães, existem cuidados especiais durante a gestação.

www.portaldosorriso.com

Renata Santiago Rosa - lucky@luckyassessoria.com.br

 

 

     
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