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Einstein para conhecimento

06/11/2011

Elastografia hepática
Exame que substitui a biópsia para hepatite C e fibrose hepática. Não-invasivo e semelhante a um transdutor de ultrassonografia, o aparelho faz uma medição de ondas emitidas entre dois pontos do fígado e, pela sua intensidade, avalia o grau de fibrose do órgão. O nível fibrótico do fígado está relacionado a doenças anteriores à cirrose hepática (nível altíssimo de fibrose) - como hepatites virais ou não-virais, que podem se tornar problemas crônicos. No método tradicional, esse diagnóstico só é possível por meio de biópsia. O equipamento também pode ser utilizado para o acompanhamento de pacientes que passaram por transplante de fígado. A hepatite C, por exemplo, é uma doença que pode acometer o indivíduo novamente, mesmo após a troca do órgão. Para esses casos, a avaliação frequente da progressão fibrótica é fundamental.
 
Novos tratamentos
Mudança no regime de tratamento das hepatites e incorporação de duas novas drogas (já aprovadas pelo FDA e em processo de aprovação na Anvisa); com relação aos novos tratamentos da hepatite C, uma das drogas novas, o boceprevir, já foi aprovado pela ANVISA, porém ainda não há previsão para o início de sua comercialização ou disponibilização no SUS.
 
Câncer de fígado
É a 7ª neoplasia sólida mais comum e a principal causa dos transplantes no País. A tendência é de crescimento do número de casos em 20 e 30 anos, o que pode colocar esse tipo de tumor entre as três principais neoplasias do mundo em incidência. A causa disso: aumento da incidência de hepatite e esteatose hepática.
 
Transplantes
O Programa Integrado de Transplante de Órgãos – do Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – se destaca na medicina brasileira por ocupar o primeiro lugar no número de transplantes de fígado realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Outro ponto: Ultrapassamos a marca dos 2000 transplantes de órgãos sólidos pelo SUS, uma marca muito expressiva para um hospital privado que presta serviços de caráter filantrópico também.
 
Pesquisa IL28B
Com a ampliação do conhecimento da genética humana e a melhor compreensão do modo como nosso organismo processa os medicamentos e seu impacto sobre o tratamento das diversas condições, um dos grandes desafios impostos à medicina moderna é a personalização. Isto é, dizer que este tratamento funciona para o indivíduo A, pois ele possui a mutação X, mas não funciona para o indivíduo B, pois ele possui a mutação Y.
No caso da hepatite C isto vem sendo cada vez mais valorizado, sendo a  pesquisa das variações do gene da IL28B a grande vedete. Para que você entenda melhor, este gene determina a produção de uma substância chamada interferon-gama-3, que se associa a um aumento da resposta imunológica contra o vírus da hepatite C. A presença de uma determinada mutação deste gene está relacionada tanto a maior chance de eliminação espontânea do vírus quanto a maior probabilidade de cura em vigência do tratamento convencional. Isto pode explicar as diferenças na eficácia do tratamento observada em indivíduos de diferentes etnias.
Este achado foi descrito por um grupo australiano em 2009, em uma importante revista biomédica, e desde então vem crescendo em importância na literatura médica relacionada à hepatite C. O último guia de conduta publicado pela Associação Europeia de Estudos do Fígado (European Association for the Studies of the Liver, EASL) sugeriu o uso da pesquisa destas mutações como um dado adicional para decidir pela realização de tratamento ou não, embora faça a restrição de que isto ainda não corresponde a uma verdade científica inquestionável.
O bottom-line da história é que agora temos um exame que serve para dizer quem tem maior probabilidade de cura com o tratamento, o que é um grande negócio uma vez que esse tratamento tem muitos efeitos colateraisi e, no Brasil, o SUS é quem paga pela maioria dos que são realizados. Indivíduos com maior probabilidade de cura deverão ser tratados mais precoce e agressivamente, enquanto indivíduos com menor probabilidade talvez necessitem aguardar a disponibilidade de novas drogas para sua realização.
 
Agenda
7/11  Dia nacional de controle à Dengue
8/11  Dia do radiologista
 
Sugestões de fonte
·         Ben-Hur – Coordenador da equipe de transplantes do HIAE
·         Guilherme Felga – Hepatologista clínico
·         Márcio Dias – Hepatologista clínico
  
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