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Cegueira infantil pode reduzir até 30% em São Paulo

Obrigatoriedade do Teste do Olhinho vai permitir a prevenção.

A catarata congênita é a maior causa da cegueira infantil tratável. Lei sancionada em março pelo governador José Serra (PSDB) e que começa a vigorar em abril tornou o Teste do Olhinho, também conhecido como exame do Reflexo Vermelho, obrigatório em todo o estado de São Paulo.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o Teste do Olhinho é feito nas primeiras horas de vida do bebê com um oftalmoscópio que emite luz sobre a pupila do recém-nascido. Nos olhos saudáveis esta luz é contínua e avermelhada.

Nos casos em que o reflexo é ruim ou inexistente sinaliza alterações visuais. O especialista afirma que os principais sinais de que algo está errado com a visão do bebê são: leucocoria (reflexo branco na pupila), aversão à luz, dificuldade de fixar ou seguir objetos, desvio ocular, lacrimejamento, olhos vermelhos ou com secreção. O Teste do Olhinho previne a progressão de várias doenças que podem levar crianças à deficiência visual grave ou cegueira: glaucoma, retinoblastoma (tumor intra-ocular), retinopatia da prematuridade (degeneração não inflamatória da retina), catarata congênita (opacificação do cristalino) e má-formação dos olhos.

Estas alterações atingem 3% dos bebês em todo o mundo. A catarata congênita é a principal causa da cegueira tratável entre crianças, responde por até 30% desses casos e acomete 1 em cada 100 recém-nascidos no Brasil. A segunda causa é a retinopatia que afeta 30% dos bebês nascidos com menos de 1500 gramas ou de 32 semanas. PREVENÇÃO COMEÇA NA GRAVIDEZ Os cuidados para garantir a saúde ocular devem começar na gestação.

Queiroz Neto ressalta que no estado de São Paulo a estimativa é de que 20% das gestantes não fazem pré-natal ou têm acompanhamento médico incompleto. Por conta disso, 38% das cataratas congênitas são causadas por doenças infecciosas contraídas pela mãe durante a gravidez, destacando-se rubéola, sífilis e toxoplasmose, com maior incidência de rubéola. O médico diz que as infecções intra-uterinas contraídas na gestação, doenças sistêmicas e a hereditariedade geralmente respondem pela catarata bilateral. Já a unilateral é decorrente de traumas, descolamento de retina e tumores. Entre prematuros 5% ficam cegos no país.

O tratamento precoce pode reduzir este índice para 0,5%. TRATAMENTO Crianças com catarata total devem passar por cirurgia o mais cedo possível. Segundo Queiroz Neto os resultados são melhores quando o tratamento cirúrgico é feito antes dos três meses de vida. Os altos erros de refração decorrentes da extração do cristalino, observa, podem ser corrigidos com implante de lentes intra-oculares, lentes de contato ou óculos.

O implante de lente intra-ocular, explica, só é indicado após os doze meses devido ao rápido crescimento do globo ocular neste período. Já a adaptação da lentes de contato deve ser feita uma semana após a cirurgia, desde que as condições oculares permitam. O médico ressalta que atenção especial deve ser dada ao desenvolvimento dos dois olhos para evitar a ambliopia ou olho preguiçoso que responde por 60% dos casos de cegueira monocular entre crianças e pode ser evitada com a oclusão do olho de melhor visão.

Informações à imprensa: Eutrópia Turazzi – LDC Comunicação eutropia@uol.com.br F: (19) 3272-8784 Celular: (19) 9172-4437

 

 

 


   

 

 

 

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