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Estilistas apostam no eterno retorno da calça de cintura alta

A top Gisele Bündchen usa jeans de cintura alta no desfile da Colcci no verão 2009 da SPFW Está com os dias contados no guarda-roupa da brasileira a calça de cós baixo, justinha no bumbum e nas pernas. Pelo menos é essa a vontade dos estilistas, que nas últimas temporadas de moda têm apostado forte na volta da calça de cintura mais alta. Na última edição da São Paulo Fashion Week, o modelo apareceu nas coleções de grifes consideradas clássicas, como a Cori e a Iódice, às direcionadas para o público jovem, como a Vide Bula e a Amapô. Até Gisele Bündchen deu seus passinhos milionários na passarela da Colcci vestindo um jeans com a cintura lá em cima. “Esta foi a quarta ou a quinta temporada da calça de cintura alta. É uma alfaiataria que veio para ficar e uma hora vai acabar pegando”, garante a crítica de moda e colaborada do G1, Heloísa Marra. “Com a saia balonê foi a mesma história. Os designers insistiram na proposta, todo mundo achou estranho no começo, mas agora as mulheres estão amando usar”, completa.

A dupla de estilistas Dudu Bertholini e Rita Comparato, que assina a direção criativa das marcas Neon e Cori, sempre levantou a bandeira fashion em suas coleções. “A gente acredita que a cintura é o ponto mais feminino da silhueta da mulher. Calça com o cós alto valoriza as curvas, alonga as pernas e o resultado é elegância certa”, defende Dudu. A estilista Simone Nunes foi outra que colocou o modelito sob os holofotes da SPFW. Para ela, a calça já ultrapassou os limites da passarela e ganhou as ruas. “Tenho acompanhado as garotas usando jeans com a cintura mais alta por aí. Nas novelas também já vi atrizes vestindo pantalonas e a TV é um bom termômetro de tendências”, avalia. Popozudas Nem todos os fashionistas vêem com tanto otimismo o aguardado retorno da cintura alta. Caso de Claudia Santos, estilista da marca de jeans Gang – famosa pelo cós baixíssimo e pela promessa de arrebitar o bumbum. A grife também é a preferida das funkeiras cariocas e caiu no gosto de “popozudas” célebres como Britney Spears e Jennifer Lopez. “Calça de cintura alta pode até funcionar na passarela, mas para a brasileira não rola”, opina Claudia. “É uma peça muito difícil de usar, só fica bem para mulheres altas e magrinhas”, enfatiza.

Na novela “A favorita” duas personagens são adeptas do modelo: a espalhafatosa Donatela (Claudia Raia) e a arrivista Amelinha (Bel Kutner). As atrizes refletem bem o temor feminino em relação à calça de cintura alta: o de que o modelo não cai bem para mulheres de estatura mediana e com o quadril largo. Como as brasileiras. La Raia, como se sabe, é um mulherão de 1,80m e medidas econômicas. Tem o biotipo considerado ideal para as calças de cós alto e modelagem mais ampla.

Já Bel é a típica brasileira, de estatura mediana e corpinho mignon. Pelo menos na televisão a calça de cintura alta emprestou certa dose de sofisticação para ambas, o que, na teoria, derrubaria o mito de que o modelo não fica bem para as baixinhas. Democracia restrita “É uma peça que alonga o corpo, não importa a estatura da mulher”, insiste Dudu Bertholini, defensor pontual da calça de cintura alta. “Para as baixinhas, recomendo os modelos mais largos, estilo pantalona, que vão valorizar a cintura e disfarçar o quadril. Já as garotas mais altas, podem apostar num modelo mais sequinho, cigarrete, meio cinqüentinha”, indica. A estilista Simone Nunes aponta a camisa social branca como a companheira perfeita para a calça de cós alto. “É infalível!

O efeito será de pernas mais longas e o tórax não ficará achatado”, explica. Como na moda nem tudo é democrático, a calça de cintura alta tem lá suas limitações. Os fashionistas defendem que a peça fica bem para baixinhas e altinhas sim. Mas um tipo de mulher deve passar bem longe do modelo. “Naquelas que estão fora de forma, com a barriga mais avantajada, a calça de cintura alta pode ser um desastre”, explica Dudu. “A cintura é que está em evidência nesta peça. E ninguém quer evidenciar o que está fora do lugar, concorda?”.

G1/Goiasnet.com

 

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