Roma-28-04.2009

A Stoccarda na Alemanha, feira internacional daquele país realizada aqui em Roma, onde as principais casas fashionable  made in Italy expõem seus trabalhos. Este ano os organizadores tiveram a magnífica idéia de juntarem, num mesmo evento, a moda, a rica culinária italiana e apresentações artísticas e culturais com novos artistas daqui. Esta mistura trouxe um perfume especial e característico das raízes do “país da bota”.

Concentrando-nos na moda, hoje quero chamar a atenção para o estilista siciliano Gianpaolo Zuccarello, um dos expositores da Stoccarda. Zuccarello é um amante de sua terra, onde pequeno por muito tempo compartilhou com sua avó os trabalhos de sartoria. Lá, na sua infância, deixou influenciar-se pela poesia romântica dos casarios e paisagens de um lugar ímpar em todo o mundo. Mais tarde, depois de viajar por vários países, transferiu-se para Milão, onde conheceu a moda. Depois de vários anos de estudos viu a possibilidade de abriu um ateliê de alta costura com o objetivo de suceder de forma madura e brilhante um dos ícones da Academia Romana de Moda, Ida Ferri.

Em entrevista quem me concedeu para a revista Style.it e para o GoiasNet, Gianpaolo Zuccarello falou um pouco do seu trabalho:

V – Hoje, com as inúmeras conquistas das mulheres na sociedade, que as faz ter uma atitude ainda mais agressiva com relação a tudo, na tentativa de manter o que já foi conquistado e galgar mais espaço ainda no dia-a-dia, você acredita que esta agressividade se transfere para a moda, a ponto de retirar a feminilidade dos vestidos?

GP – É verdade que o conceito de se vestir está mudando um pouco, mas acredito que a feminilidade ainda é muito presente nos vestidos e nas roupas das mulheres. Sempre foi assim e vai continuar pelo resto dos tempos.

V – E o homem, como ele se comporta atualmente?

G.P – Esta é uma boa pergunta, pois tenho observado bastante este aspecto. A maioria dos homens, por muito tempo, não teve muitas exigências com relação à roupa, preferindo se vestir de uma forma quase que padrão. O homem atual é totalmente diferente. Ele exige descobertas de novos tecidos, cores e texturas. Tem se revelado muito detalhista neste aspecto, e de uma forma muito verdadeira. É certo que não podemos dizer que se compara à mulher neste particular, mas o homem atual mudou.

V – A moda atual fez surgir o Conceito Trend, que analisa a política, os costumes a sociedade, enfim, tudo o que há sob o prisma do humor. Você acredita que o consumidor tem se voltado para esta tendência de tal forma que a visão clássica de se vestir está perdendo espaço?

G.P – O clássico permanecerá sempre. É certo que, a moda, como tudo que seja manifestação de arte é reflexo do que acontece ao redor, no estado emocional do planeta. Uma coleção é precedida de um estudo de tendências, aquilo que espelha o mundo que vivemos hoje, nas exigências de cada um que passa por você numa rua daqui de Roma, ou mesmo em Copacabana. O que evolui, na verdade, é o próprio conceito de clássico. É sabido que o clássico de hoje não é o mesmo clássico de outros tempos, devido aos novos tecidos, das cores, mas o conceito permanece o mesmo.

V – Depois deste evento qual é o seu próximo compromisso?

G.P – Estou preparando uma coleção para o Manifestation Alta Roma, que será em julho. Esta coleção será terá um volume maior de cores e formas, uma tendência que esteve presente neste trabalho para a Stoccarda, mas que se dará em ambientadas e atmosferas diferentes. Estou tendencioso a trabalhar na união dos conceitos de Japão e Inglaterra, tudo sob o enfoque do século passado. De tal forma que por um lado você veja uma geiche, por outro uma mulher típica londrina aristocrata. Espero ver vocês em julho, beijos para o Brasil e para a Revista Mundo Mulher, ciao.

Um Mundo fashion pra vocês!
Especial para o Mundo Mulher

Vania Lucia Rodrigues, Reporter Styling
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Roma-28-04.2009