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Brasília Fashion Festival

03/11/2009

Brasília Fashion Festival

traz coleções de estilistas brasilienses e mostra o que vem com tudo no verão

Com muitas roupas pretas e de cores neutras, vestidos tomara-que-caia, flores, listras, xadrez, sobreposições e inspirações no estilo punk na passarela, foi realizado no domingo o segundo dia de desfiles do 6º Brasília Fashion Festival. O evento de moda apresentou o tema Para Você Brasília, uma homenagem à capital da República, prestes a completar 50 anos.

O primeiro a desfilar seus looks foi Walter Rodrigues, que trabalhou seu desejo de simplicidade em saias, calças e macacões. O desfile foi marcado por sobreposições de peças brancas, pretas e amarelas, que, segundo o estilista, proporcionam uma imagem limpa e geométrica. Camisas femininas de mangas compridas com flores bordadas apareceram em alguns looks, ao lado de sobreposições de peças em transparência com camisetas regatas básicas. Crepe, linho musseline, bandagem e cassimira foram os tecidos usados por ele.

As artesãs da cooperativa LA:CRE, que trabalham com os lacres de latinhas, usaram o tema As Flores do Jardim da Nossa Casa para criar biquínis, bolsas e colares nas cores prata, dourado, azul, verde e vermelho. Elas contaram com a ajuda do estilista Ronaldo Fraga, que desenvolveu os desenhos das peças confeccionadas por elas.

Outra cooperativa que mostrou talento foi a Flor do Ipê, que levou 15 looks com o tema Flores do Cerrado. Foram vestidos, blusas, shorts e colares em tecidos pretos e brancos com bordados coloridos, bem românticos. O artesanato foi feito com um bastidor (tipo de aro), linha de bordado, agulha e tecido 100% algodão.

A coleção da Nyll apresentou uma cartela de cores que incluiu cinza, beges, azul-marinho, branco, preto, roxo e tons lavados como rosa, azul, cáqui, amarelo, salmão e verde, nas padronagens xadrez, listras e risca de giz. Os looks foram montados combinando peças em jeans com alfaiataria. As gravatas fininhas e o suspensório trouxeram elegância para a coleção retrô.

Punk e passado
Andrea Monteiro levou para a passarela roupas trabalhadas com o tema O Futuro já Passou. Para ela, as maiores invenções estão no passado e por isso utilizou décadas anteriores como referência. Sua coleção foi feita com muito preto, azul e rosa pink. Em muitas peças, a renda com ar moderno foi usada sobre o nude.

Já Márcio Santos utilizou como o centro de inspiração os movimentos sociais e de contracultura, como o punk e o grunge, e usou os ícones da rebeldia: o jeans e as listras. As cores partiram de uma cartela minimalista, na qual o preto e o branco são a base. O jeans apareceu em lavagens artesanais ao lado do xadrez vichy e a estampa vintage.

As cores neutras foram prioridade nas peças de Léo Alves. Ele se inspirou no tema Flores Encantadas no Jardim da Sedução. As modelos desfilaram saias e vestidos no estilo balonê, camisetas com detalhes de flores recortadas, calças saruel, tomara-que-caia, decotes sensuais e estampas florais.

Isabela Capeto, por sua vez, criou peças tanto com formas retas, quanto com as secas misturadas com evasé, pregas e nervuras. O bufante também tem espaço em curtos e longos. Há mangas com volume, vestidos longos vaporosos e curtos com costas nuas.

 

 O Popular/Camila Blumenschein
de Brasília

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