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Chapéu Panamá volta à moda

Chapéu Panamá  volta à moda

15/02/2010 

Ele é um clássico que volta à moda carioca todo verão, cada vez com mais força. Mas com o calor de 40º que vem fazendo no Rio, o chapéu panamá agora é mais adotado por sua leveza do que pelo estilo.

A grande novidade desse verão são os panamás legítimos coloridos, como o pink e o amarelo. Segundo Marcelo Sarquis, dono de uma loja especializada somente em chapéus panamás, os novos modelos chegaram na semana passada.

E para saber se são legítimos, basta checar se a palha foi importada do Equador, único país do mundo que fabrica o tecido, produzido pelos índios Incas. A loja de Marcelo fica em Copacabana, na Zona Sul, há mais de 7 anos.

A maioria das vendas da loja é no atacado, para outras lojas, mas esse ano ele contou que tem vendido muito no varejo.

O ator José Wilker usa o tradicional acessório há mais de 20 anos e tem pelo menos oito deles, todos legítimos. “É mais leve, mais confortável, não esquenta a cabeça. Na verdade comecei a usar por recomendação médica, porque gostava de boné, por causa do sol, e aí o médico falou para usar o panamá porque ele ventila melhor a cabeça”, contou.

Tânia Santoro, dona da Chapelaria Alberto, casa centenária que vende panamás legítimos, no Centro do Rio, diz que esse ano foi o que mais ela vendeu. “Panamá está na explosão esse ano. Esse verão foi o ‘boom’, por conta do calor insuportável. Tem gente que compra por estilo, mas a proteção está falando mais alto”.

Ela também contou que as vendas começaram a subir há cerca de 2 anos, com a revitalização da Lapa, bairro conhecido pelos malandros cariocas.

Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, chapéu panamá é sinônimo de carnaval. “É a minha fantasia de carnaval. Ganhei um do Monarco no domingo passado que vai virar peça de museu. Tenho um para cada escola de samba”, afirmou o prefeito, que contou ter mais de 20 modelos.

Panamá legítimo é do Equador

Pelas ruas da cidade é possível ver homens e mulheres, de todas as idades, com o famoso chapéu. Um professor do Leblon, na Zona Sul, que preferiu não se identificar, disse que tem cinco panamás e usa há 10 anos. “Ele compõe, é fresco e é mais bonito”.

Na semana passada, o G1 registrou a modelo Luiza Brunet, no mesmo bairro, usando o acessório.

“As vendas aumentaram ainda mais por conta do sol. Esse foi o verão que mais vendeu”, afirmou Sarquis, da loja de Copacabana.

Panamá enrolado na caixinha

O empresário disse também que o diferencial dos chapéus que ele vende é que são dobráveis. E o outro produto novo na loja é a caixinha para os panamás. Mas, de acordo com ele, não são todos que podem ser enrolados. Alguns dos chapéus podem ser passados a ferro, com um pano úmido.

“A qualidade do panamá é muito superior. Ele é ideal para o verão, porque ele é de uma palha que se comporta como um tecido, ou seja, pode passar ferro, enrolar, depende da qualidade. Sempre foi a elite do mundo que usou esse tipo de chapéu, é um clássico”.

A diferença desses modelos para os que são vendidos no Centro do Rio é que esses não levam a goma, o que deixa o chapéu mais durinho. A média de preço de um panamá legítimo é de R$ 179 em Copacabana e R$ 150 no Centro do Rio.

Goiasnet.com/G1

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