Mundo Mulher

ELAS QUEREM TAMANHO GG

ELAS QUEREM TAMANHO GG

03/03/2010

Quem ainda acredita que tamanho não é documento, engana-se: é cada vez maior a procura por seios turbinados

 

Estilo nadador, com bojo moldado, fecho frontal, com alcinhas coloridas ou transparentes, bordados, estilo meia taça e até mesmo com strass. Se antes os tamanhos de sutiã – essa peça tão importante no guarda-roupa de toda mulher – mais procurados eram 40 e 42, hoje a maior demanda é pelos números 46, 48 e 50. Tudo isso por causa daquela “turbinada básica” desejada pela maioria das mulheres e realizada pelos cirurgiões plásticos.

Essa revolução estética começou sutilmente nos anos 80 embalada por “Like a Virgin”, época em que a vaidade começava a “dar as caras”, ou melhor, os seios, pois apesar da maioria das cirurgias ainda serem reparadoras, surgia a vontade de aumentar um pouquinho as mamas e se colocava de 100ml a no máximo 150ml de silicone. Já no decorrer da década de 90, todas queriam ser “Uma Linda Mulher” e, para isso, a procura pela prótese teve um boom e a quantidade de silicone implantado passou a ser de 180ml a 210ml.

Nos anos 2000, inspiradas por tops como Gisele Bundchen, cantoras como Jennifer Lopez, atrizes como Scarlett Johansson e as quase celebridades dos reality shows, as mulheres resolveram investir na comissão de frente. Não é a toa que a década começou com próteses de 235ml e, nos últimos dois anos, as mais procuradas foram de 305ml a 385ml, fazendo com que uma pessoa com pouca mama passe a usar sutiã 46. “Pode parecer engraçado, mas os seios não saem da cabeça das mulheres, pois a mama é o único órgão sexual externo da mulher e tem a importância de alimentar o mundo. Antigamente elas procuravam seios menores e, portanto, colocavam pouca quantidade de silicone. Hoje, o tamanho da prótese aumentou proporcionalmente a vontade de colocá-la", comenta o cirurgião plástico Ewaldo Bolivar de Souza Pinto, coordenador do XI Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, que acontecerá de 19 a 21 de março, em São Paulo.

 

Isso tudo se deve aos avanços da medicina, os quais possibilitaram a descoberta de novas técnicas menos agressivas que garantem a segurança da paciente e a durabilidade das próteses, assim como também permitiram a evolução dos formatos, que podem ser na forma redonda com cinco perfis (alto, baixo, natural, natural extra projeção e cônico), na forma anatômica pólo inferior (com três perfis, sendo alto, moderado e baixo) e na forma anatômica pólo superior perfil único.

Por essa razão, de acordo com a Silimed, única empresa de produção de implantes de silicone da América Latina e que hoje ocupa a terceira posição no ranking mundial do segmento, a venda de próteses de mama no Brasil era de 28 mil unidades em 2000 e passou a ser de quase 71 mil em 2008, ou seja, no período de apenas oito anos houve um aumento de 150%. Os Estados brasileiros que mais utilizam próteses mamárias são São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

 “O Brasil se transformou em um dos países mais “turbinados” do mundo, tanto que hoje os consagrados implantes de mama representam 70% de tudo que a Silimed produz. Mas, para obter excelentes resultados e ficar satisfeita com a sua mamoplastia, é importantíssimo a paciente conhecer bem o cirurgião plástico, saber se ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, fazer todos os exames pré-operatórios solicitados pelo médico, nunca operar em consultório ou clínicas sem condições de dar suporte integral a vida e seguir as recomendações médicos no pós-operatório”, explica Margaret Figueiredo, diretora da empresa, que exporta suas próteses para mais de 60 países, entre eles EUA, Alemanha e Japão.

 

Serviço:

www.simposiointernacional.com.br e www.silimed.com.br

 Gabriela Moura - rojascomunicacao@uol.com.br

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