Mundo Mulher

O terceiro ato da vida - Procedimentos para manter a beleza e a autoestima após os 65 anos

12/02/2012

 A atriz Jane Fonda está chamando de ''terceiro ato" (como salientou durante o discurso no TEDxWomen, maior conferência de ideias inovadoras do mundo (http://migre.me/7Pyr5)). A atriz ainda estrela filme  “Et si on Vivait Tous Ensemble’’ (Por que não vivemos todos juntos?), recém-lançado na França. A produção fala sobre um grupo de amigos que decide viver juntos em vez de parar num asilo. Ao dividir as alegrias e os desafios da velhice, os septuagenários abordam temas como sexualidade, doença, dependência, etc. O fato é que já não envelhecemos mais como antigamente, e para isso não é preciso ter o histórico de uma Jane Fonda.  Hoje vivemos mais e melhor que nossos avós e bisavós. A atual geração adicionou, em média, 34 anos à experiência de vida. E este fato reflete nos hábitos de consumo, beleza, saúde e autoestima.

 

O terceiro ato da vida

Procedimentos para manter a beleza e a autoestima após os 65 anos 

Recém-lançado na França, o filme "Et si on Vivait Tous Ensemble'' (Por que não vivemos todos juntos?), mostra um grupo de amigos que decide viver as aventuras da terceira idade juntos. Essa fase da vida tem sido o foco da atriz norte-americana Jane Fonda, linda e enxuta aos 74 anos, que fez discurso recentemente na maior conferência de ideias inovadoras do mundo – TEDxWomen – salientando a importância de se cuidar e estar bem durante a velhice. Ela gosta de chamar esse período de “terceiro ato” e, embora aponte que a sabedoria é a maior conquista das pessoas da terceira idade, não há dúvidas que ela investe grande parte do tempo na manutenção de sua beleza. 

O fato é que as pessoas da terceira idade estão buscando uma qualidade de vida maior e isso inclui cada vez mais tratamentos estéticos. No lugar dos velhinhos com dentadura frouxa, por exemplo, há pessoas com mais de 90 anos fazendo implante dentário, como é o caso de Dona Cibele, 92, que optou por este procedimento. Já Dona Andiara, 103 anos, investiu numa nova prótese. Elas são pacientes do Dr. William Frossard, que recebe cada vez mais pessoas acima de 70 anos. Nenhum deles trocando a dentadura, diga-se de passagem. “É interessante observar que, nessa fase da vida, muitos decidem investir na melhoria estética e fazer um implante dentário. A prótese não é a única opção para quem quer melhorar o sorriso e a autoestima”, destaca Dr. William. 

Na Interclínica, do cirurgião plástico Marcelo Daher, a faixa etária acima dos 65 anos, também está em alta. Segundo Dr. Marcelo, os tratamentos mais agressivos não são indicados para esse perfil de paciente. Entre os procedimentos mais indicados estão facelift, braquioplastia, abdômen, mamas, botox (embora com efeito menor) preenchimentos, cremes hormonais rejuvenescedores. “Além dos tratamentos mais tradicionais, temos muita demanda de senhoras em busca de cirurgias nas partes íntimas. Como o local pode ficar muito flácido com o tempo, uma aplicação de gordura no local recupera 100%”, explica Dr. Marcelo. 

A dermatologista Roberta Bibas também constatou um aumento na procura de tratamentos estéticos por essa parcela da população. Entre os mais procurados estão o laser de CO2 para o rejuvenescimento da pele do rosto, a Mesoterapia Capilar para queda e afinamento de cabelo, e os lasers Harmony XL e de Rubi para amenizar manchas na pele. “Tenho observado um aumento na procura para tratamento de manchas senis nas mãos. Muitas mulheres aplicam botox na face, mas as mãos enrugadas acabam entregando a idade. Por isso, esse tratamento está em alta. Para melhorar a aparência dos fios capilares, que na terceira idade ficam mais finos e frágeis, a mesoterapia apresenta ótimos resultados. Todos buscam boa aparência, independente da idade”, enfatiza Dra. Roberta. 

Oferecer serviços para clientes acima de 65 anos é um grande negócio. O mercado que cresce a cada dia. Nos últimos 50 anos, a expectativa de vida dos brasileiros subiu de 43 para 73 anos. A nova perspectiva de vida reflete nos hábitos de consumo. Segundo o Censo 2010, nos grandes centros urbanos do Sul e Sudeste do Brasil, os idosos representam 8,1% dos consumidores. As projeções indicam que, em 2050, a população idosa será de 1,9 milhões de pessoas, equivalente à população de 0 a 14 anos de idade. Eles têm casa própria e, em muitos casos, ajudam no sustento da família.

 


Gabriela Vasconcelos Twitter: @_gabimonteiro_

Facebook: www.facebook.com/gabimonteiro83

Mundo Mulher
Mundo Mulher
Mundo Mulher
box_veja