Mundo Mulher

Perfumes - tipos e usos

15/08/2012

Perfumes marcam a memória olfativa e representam com estilo a personalidade de cada um. Saiba como escolhê-los


 
Para a maioria das mulheres, os perfumes são acessórios e fazem parte da produção. Cada ocasião, aliás, merece um cheiro diferenciado e que combine com o momento. Pelo menos para as goianas, esta é uma máxima levada ao pé da letra: elas gostam de cheiros marcantes, da mesma forma que a roupa e a maquiagem. Isso é o que aponta uma pesquisa da Natura sobre o perfil da consumidora do Centro-Oeste. A escolha do produto é algo tão pessoal que a fragrância representa a personalidade de quem a usa. Além disso, é importante saber como, quanto e quando usar.


“O perfume é um meio de comunicação entre as pessoas, uma forma de se fazer notar”, afirma a gerente da categoria de perfumaria de O Boticário, Marselha Tinelli. Assim, por meio de um ritual de beleza, as pessoas espalham notas perfumadas que as fazem ser identificadas por onde quer que passem.


O gerente de marketing regional da Natura, Luis Martini, destaca que o brasileiro – em todas as classes sociais – normalmente sabe que ocasiões diferentes exigem perfumes diferentes. “Para trabalhar é um, para sair à noite é outro, para namorar é um terceiro. Ou até mesmo pelo humor: em dia de baixo astral, precisa de algo para se colocar mais para cima”, avalia. A questão da identidade é tão forte, destaca Luis Martini, que metade das mulheres do Brasil usa apenas um perfume porque quer ser lembrada por seu cheiro.

TESTE

A principal dica na hora de escolher um perfume é testar na própria pele. “Cada pessoa tem seu próprio cheiro, que varia de acordo com o tipo de pele, transpiração, hábitos alimentares, uso de medicamentos, entre outros. Assim, as fragrâncias proporcionam características únicas, o que explica por que o mesmo perfume pode variar de uma pessoa para outra”, afirma Marselha.


“A escolha de um perfume é muito pessoal. Não existe uma receita. O produto reage de forma diferente em cada tipo de pele e tem de combinar com a pessoa que está usando, afinal é reflexo de sua personalidade”, também destaca Rodolfo Melo, gerente da categoria da categoria de Fragrâncias da Avon Brasil.
O clima e a temperatura também influenciam diretamente no efeito dos perfumes sobre a pele do corpo. Por isso, é importante escolher com critério os tipos de fragrâncias que serão utilizadas em ambientes de trabalho e eventos sociais. A perfumista da Natura, Verônica Kato, recomenda o uso de aromas com essências de frutas, flores e ervas para o dia.


“Por outro lado, o caminho olfativo amadeirado ambarado e o de especiarias orientais (doces) devem ser usados com moderação e de preferência à noite, quando a temperatura está mais baixa”, afirma.
Rodolfo Melo complementa que, para o ambiente corporativo, o perfume deve ser discreto e elegante. “Locais fechados e com ar-condicionado, como escritórios e salas de reunião, não são ambientes para fragrâncias fortes e intensas. Neste caso, para os homens, fragrâncias amadeiradas e para as mulheres um perfume floral frutal”, sugere.


Para momentos especiais, quando o objetivo é marcar presença, o perfume pode ter concentrações mais altas e ser usado em pequenas quantidades em locais estratégicos, como pescoço, punhos (sem esfregar um no outro para não alterar a fragrância) e atrás dos joelhos.
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Durabilidade do perfume

 

A durabilidade do perfume na pele se dá por três fatores. O primeiro é por causa da concentração de essência (combinação de álcool e água) no produto, ou seja, quanto mais essência, maior o tempo de permanência na pele, porque é ela que carrega o cheiro. O segundo é o caminho olfativo. Os caminhos cítrico, erva e frutal têm moléculas leves, que evaporam mais rápido e, por isso, apresentam durabilidade menor na pele.


Já o floral, madeira e adocicado têm moléculas mais pesadas e ficam mais tempo na pele. O último fator são as notas de saída e de entrada (no mundo dos aromas as notas recebem nomes específicos, de acordo com a função de cada uma)


“A essência que sai do frasco na hora da borrifada é o conjunto de notas de saída, que tem maior explosão nos primeiros 30 minutos, mas são moléculas leves e evaporam rapidamente. É o que eu defino como um perfume refrescante, envolvente ou sensual”, afirma Luis Martini. As notas de corpo são sentidas depois desse período e duram até três horas. As que permanecem após esse tempo são chamadas de notas de fundo, ficam mais tempo na pele e são menos voláteis.


Como nosso cérebro se acomoda com o cheiro, uma dica do gerente de marketing é optar por mais de uma fragrância com o mesmo caminho olfativo. “Você volta a sentir mais prazer com o seu próprio perfume”, ressalta.

 

 

Tipos de perfumes

Parfum ou extrato
Tem 20% a 30% de concentração. São mais oleosos e bastam algumas gotas para garantir uma boa performance. Geralmente apresentam-se em frascos de pequenos volumes.

Eau de parfum
Tem 15% a 20% de concentração. Um pouco mais diluídos que o parfum, geralmente apresenta-se em frascos de médio a pequenos volumes e com tampas de rolha de vidro ou válvula spray.

Eau de toilette ou desodorante colônia
Tem de 5% a 15% de concentração. É uma forma mais diluída do perfume. No Brasil, seu similar é o desodorante colônia.


Colônias splashes (body mist)
Têm de 3% a 5% de concentração. Forma mais diluída das desodorante colônias, conhecida por sua refrescância e uso abundante.

Colônias ou águas de colônias
Geralmente são usadas para designar produtos infantis, pois apresentam baixa concentração de essência: no máximo 2%. Podem ser com ou sem álcool.

Fonte: O Boticário


Dicas

¦ Guarde seus perfumes em lugares com luminosidade média. Banheiros não são indicados porque a umidade e a exposição em excesso à claridade podem prejudicar a fragrância. O ideal é deixá-los sobre uma penteadeira no quarto.
¦ A vida útil de um perfume é de três anos. Assim que a coloração aparentar tom caramelo e o aroma ficar avinagrado, já está na hora de jogar fora.
¦ Os melhores lugares para passar perfume são onde a circulação sanguínea é maior, como a nuca, atrás da orelha, pescoço e dobra do braço.

Fontes: perfumista Verônica Kato e gerente de marketing Luis Martini


Na história


Por mais que o ato de se perfumar todos os dias tenha se tornado um hábito quase que inconsciente, a história do perfume não começa na França como pensa a maioria das pessoas. ”A história do perfume começou com os egípcios em 3.000 a.C.. Eles faziam perfumação do ambiente: uma prática relacionada a rituais sagrados, nos quais eles queimavam ervas, raízes e incensos”, conta o gerente de marketing regional da Natura, Luis Martini. Mas a prática de se perfumar virou um hábito com os gregos, em 800 a.C.. “Depois disso que a perfumaria passa a ser usada de forma mais intensa até chegar à França, que se tornou uma potência nesse quesito”, afirma.


Em 1985, foram lançados 100 perfumes. Uma década depois, o número mais que duplicou. Em 2011, o Brasil se tornou o maior mercado de perfumaria do mundo. “Ano passado, o consumidor ganhou mais de 900 novas opções de perfumes. Mesmo assim, o perfume continua sendo um produto de luxo.

As propagandas de perfume são sempre as mesmas, representando status, glamour e sedução. Quase que uma vida de fantasia”, analisa Luis Martini. Apesar dos lançamentos, os líderes mundiais continuam sendo clássicos como Chanel nº 5, criado em 1921, e Eau de Savage, da Dior, lançado em 1936.


Fonte: O Popular - Daniela Gaia

 

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