26/08/2010

  O contemporâneo e sofisticado de Baldanzi e Novelli

Cadeiras e poltronas de escritório sempre rendem surpresas. Às vezes são atraentes e nada funcionais. Às vezes trazem um design meio sem graça, porém são ótimas para se passar horas sentado. E há aquelas que conseguem a liga certa: imprimem um visual contemporâneo e quem as utiliza não tem do que reclamar em relação a dores de coluna. Os designers italianos Adriano Baldanzi e Alessandro Novelli, conhecidos mundialmente pelo estúdio Baldanzi & Novelli, parece que acharam a receita que faz toda a diferença.

Muitas peças do imenso catálogo (mesas, cadeiras, estantes e poltronas) assinado pela dupla já receberam premiações nos principais salões de mobiliário internacional. Infelizmente, algumas são conhecidas dos brasileiro no nada primoroso processo de cópias sem compromisso com qualidade e inovação no desenho do produto. Uma das poltronas célebres de Baldanzi & Novelli é a Principéssa, moldada em plástico (polipropileno) e alumínio, que é considerada uma das dez mais confortáveis na atualidade. Recém-lançada, a Green’s, em polipropileno.

Desde que se conheceram na década de 1970 na Escola de Design Industrial de Florença, na Itália, Adriano Baldanzi e Alessandro Novelli contaram à reportagem do POPULAR que não se desgrudaram mais. Trata-se de uma parceria que sobrevive além das personalidades opostas: um bem provocativo, o outro de atitudes mais conciliadoras.

Acima de seus temperamentos a dupla traz um elo aparentemente indissolúvel: é apaixonada por design. Baldanzi e Novelli desembarcaram em Goiânia recentemente para fechar uma parceria com a empresa goiana a U.S.E. Mobiliário Corporativo. Hoje, quem representa o estúdio deles no País é a FlexForm.

Daqui algum tempo suas peças serão produzidas aqui e despachadas para o restante do mercado. Sem afetações, a dupla destacou que o mobiliário de escritório está cada vez mais atento a modelos de produtos que reflitam sensações de acolhimento. O que não significa apostar em móveis que retratam esculturas ou são uma soma de múltiplos conceitos da ergonomia.

Corporativo e doméstico
Um cenário corporativo sem pitadas de cor, sem uma cara mais familiar está com os dias contados, opinam os designers. Um olhar doméstico está se insinuando nestes ambientes. “Não é um lugar para se pensar que se está passando ali um tempo perdido. Todos vivem nele. Ali ocorrem pequenos dramas humanos”, diz Baldanzi.

Baldanzi e Novelli acreditam que é vital criar nestes espaços uma atmosfera agradável. O plástico e o alumínio, os dois designers concordam sem restrições, são a matéria-prima que mais instiga, encaixando-se bem nas curvas do corpo humano, além de terem a infalível receita de uma mensagem ecológica, por serem recicláveis. “São mais flexíveis e concedem maior liberdade e possibilidades de formas”, observa Novelli.

Goiasnet.com/Margareth Gomes - O Popular