16/05/2009

Com uma boa divisão interna, os closets ajudam a guardar roupas e objetos íntimos de forma organizada e são um luxo na hora de se vestir

Nada de roupas espremidas num armário abarrotado, gerando a maior confusão. O closet organiza e facilita o dia a dia. Tudo à mão, sem perder o horário do trabalho à procura de uma bolsa ou uma bijuteria que sumiu em meio à bagunça. Quartos de vestir e acondicionar o guarda-roupa do casal, dos filhos adolescentes, do enxoval da casa, os closets refletem cada vez mais personalidade. Têm a cara e o estilo que o dono do espaço sugerir.

Há quem os projete em dimensões gigantescas (um sonho de consumo de muitos) como os adaptam com graça a ambientes de medidas mais enxutas, interligando-os com a suíte – quarto e banheiro. Portas de correr, deslizantes, otimizam e equacionam bem a retirada das peças e acessórios. Mesmo que tenham um custo mais elevado.

Espelhos aplicados diretamente nas portas, numa parede, entram no cenário como um curinga para ampliar espaços menores. Eles multiplicam a claridade e ajudam na escolha do que vestir. Outra aposta são portas com transparências em vidro temperado, acrílico, que se integram com materiais como alumínio, madeira.

Mas o closet pode vir com portas apenas na entrada, deixando o restante do ambiente livre. A desvantagem deste tipo de recurso é que há o risco de a poeira ambiental pousar sobre as roupas, ressalta a arquiteta Daniela Cardim Rocha.

Projeto
Um bom projeto de marcenaria respeita estilos de vida e reorganiza funções essenciais ao cotidiano. As medidas do closet podem vir com uma modulação preestabelecida de fábrica ou atender às dimensões específicas do layout que o arquiteto desenhar.

Entre as tendências de matéria-prima destacam-se o MDF melamínico, muito utilizado para portas, no branco, na madeira, no preto; o MDF, o gofrato, o MDP, o vidro pintado ou com película, a laca (poliéster de alto brilho), o alumínio. A cartela de revestimentos é múltipla e segue o conceito de um visual limpo e moderno, numa pegada mais minimalista, enfatizam as designers de interiores Maria Fernandes e Giselle Germano.

Circulação
Cores claras sempre resultam em harmonia e dão uma ilusão ótica de amplitude a ambientes pequenos, orienta a arquiteta Liana Rezende. O closet pode localizar-se estrategicamente num lugar de passagem entre o quarto e o banheiro, a funcionar como um ponto de ligação. Se bem coordenado com o projeto de decoração, se conjuga esteticamente com os espaços e não atrapalha a livre circulação.

Quando o closet é separado da suíte, é necessário cuidar com mais carinho da ventilação e iluminação para arejá-lo. Por isso, uma janela é bem-vinda para não deixar as roupas mofarem ou evitar o rastro de um cheirinho desagradável. Uma iluminação embutida e pontual facilita a localização de qualquer item a qualquer hora do dia.

O acabamento dos armários merece atenção redobrada para não ficar com portas emperrando nem prateleiras que não suportam o peso de roupas, sapatos, malas ou que descascam com o uso contínuo. As portas podem vir com ou sem puxadores. O segredo é avaliar as necessidades da família e colocar tudo no papel antes de encomendar o projeto.

Em determinadas situações, pode-se contar com o recurso de peças com rodízios internos, que proporcionam movimento e conforto, defende a designer de interiores Maria Fernandes. O piso deve acompanhar a textura do armário, uma escolha que pode ser bem sucedida com os porcelanatos.

Para alegrar o ambiente vale investir em papéis de parede, apliques e tecidos de texturas suaves. Pufes e tapetes enriquecem o cenário e servem de apoio para calçar sapatos e descansar enquanto se escolhe a roupa.

O Popular - Margareth Gomes