23/01/2011 

Dois produtores do Jornal Hoje viajaram de avião com malas bem diferentes. Uma bege com detalhes verde e outra amarela. No desembarque, em Belo Horizonte, um pegou a mala do outro de propósito.

Na volta para São Paulo a troca foi feita novamente num dos aeroportos mais movimentado do país. A cena foi combinada, mas a troca não é nada difícil de acontecer durante uma viagem.

“Aconteceu com o meu pai, dele ter voltado com uma mala. Parece que ele viu a mala saindo com uma pessoa, mas ele tinha que pegar a outra. Ele não deu importância, confiou. Quando ele viu tinha roubado”, conta Luiza Tavares, relações públicas.

“Eu acho uma insegurança para nós passageiros. Porque qualquer pessoa pode sair com a nossa mala e aí como a gente vai ficar sem os nossos pertences. É complicado”, diz Isabela Machado, jornalista.

Nos aeroportos pelo país o passageiro retira a própria mala quando ela é colocada na esteira depois do voo. E são muitas bagagens, com cores bem parecidas. As pessoas podem se enganar.

“Eu até confundi uma mala. Passou e eu peguei. Acabou que não era minha mala. Tive que colocar novamente na esteira”, comenta Leandro Wuisik, engenheiro.

Antes havia um funcionário que checava os dados das bagagens com os dados do cartão de embarque nos aeroportos. Mas hoje não tem um funcionário da companhia aérea para fazer esse serviço.

Quando você viaja de ônibus, recebe um ticket com um número. Esse mesmo número é colado na sua bagagem. Aí o funcionário da empresa só entrega a mala depois de comparar esses dois números. Só depois disso é que a mala é entregue. É uma garantia de que a pessoa está levando a sua mala e não outra pessoa que vai pegar no seu lugar.

Mesmo com controle maior, a bagagem pode ser extraviada. Nestas situações procure primeiro a empresa de ônibus, para fazer a reclamação. No caso de uma viagem de avião, entre em contato com a companhia aérea. Eles têm até trinta dias para resolver o problema.

“Com essa reclamação, a empresa tem que dar uma satisfação sobre se localizaram ou se vão indenizar essa bagagem. Caso as empresas não resolvam o problema do viajante, ele deverá se socorrer dos órgãos de defesa do consumidor ou da Justiça”, explica Horácio Franco Neto, defensor público.

Perda de bagagem
- guarde o bilhete
- se comprar roupas, produtos de higiene, guarde as notas fiscais
- peça indenização

Guarde o bilhete ou a passagem aérea para comprovar a viagem. Se você precisar comprar roupas, produtos de higiene, enquanto não recebe a mala de volta, junte as notas fiscais para receber o dinheiro que gastou de volta.

“Além dos danos materiais daquilo que ela perdeu, ela também pode ser reparada pelos prejuízos morais, aflitivos que ela sofreu”, explica o defensor.

E é sempre bom lembrar: Se for despachar a mala durante a viagem sempre identifique a mala com nome, endereço, telefone. Colocar uma fita colorida na mala também pode ajudar.

A Luiza ainda tem uma outra boa estratégia. “Eu comprei a mala mais cheguei que eu vi na loja para não ter esse problema, porque se alguém sair eu vou ver um trem rosa”, diz.

De acordo com a Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, a responsabilidade pelo extravio ou roubo das malas é da companhia aérea. Caso o problema não seja resolvido, o passageiro deve registrar uma queixa na Anac.

Goiasnet.com/Jornal Hoje