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Natal - praias e dunas

Natal - praias e dunas

16/05/2011

Natal se orgulha de ter verão o ano todo e oferece ao turista muito mais do que banho de sol e mar

 No primeiro passeio o guia dá a dica: "Aqui em Natal temos apenas três estações: ferroviária, rodoviária e verão." É um aviso animador para quem busca sol e lindas praias. Mas a capital do Rio Grande do Norte tem muito mais. É impossível não se encantar com a culinária, a hospitalidade do povo, a vida noturna, as dunas, o artesanato, as lagoas...


Uma nova opção de voo Goiânia-Natal, da Azul Linhas Aéreas, facilita a viagem dos turistas goianos, que contam com quatro horários diários para Campinas (SP), onde funciona a base operacional da Azul, e de lá para a capital potiguar.

Localizada no que os natalenses dizem ser a "esquina do continente sul-americano", pois fica na pontinha final do Brasil junto ao Oceano Atlântico - é a cidade brasileira mais próxima da Europa -, Natal tem uma localização privilegiada. Tanto que, durante a Segunda Guerra Mundial, os americanos montaram lá uma base militar pela qual passaram cerca de 15 mil homens

Dá para imaginar a influência desse contingente numa população de aproximadamente 60 mil pessoas que a cidade tinha no início da década de 40. Não é por acaso que se ouvem muitas expressões inglesas entre os habitantes e se veem diversos nativos de pele bronzeada e olhos azuis.

Dona de algumas das principais praias dos 410 km de litoral do Rio Grande do Norte, Natal aprendeu a conciliar turismo intenso com preservação ambiental. Um exemplo é o seu principal cartão-postal, o Morro do Careca, na Praia de Ponta Negra. O local foi transformado numa Área de Preservação Ambiental (APA) e não pode ser explorado. Mas contemplá-lo já é suficiente, de perto ou de longe.

A cidade é dona também da segunda maior área de Mata Atlântica em espaço urbano do Brasil, o Parque das Dunas (a primeira é a Floresta da Tijuca, no Rio), onde poços de água doce nascem no meio da areia e abastecem a cidade.

Praias
Esse cuidado com o que a natureza criou torna ainda mais belo o cenário de areias limpas e água morna. E praias Natal tem para todos os gostos.

A Praia dos Artistas, na região central, é o point do surfe. A galera descolada curte a Areia Preta. Em Ponta Negra, com sua completa estrutura, estão o agito e os esportes. Cotovelo é o local ideal para famílias com crianças.

Ao norte de Natal, logo após a Praia da Redinha, está Genipabu, cujo acesso é feito pela Ponte Newton Navarro, uma construção nova, de 1,8 mil metros de extensão e 55 metros de altura, que cruza o Rio Potengi. Famosa por suas dunas, pelos passeios de dromedários e por ter sido cenário de novelas como O Clone e da minissérie Sansão e Dalila, Genipabu tem dunas móveis e fixas, por onde bugueiros aceleram suas pequenas máquinas e deixam os turistas impressionados com suas habilidades ao volante.

Escolher entre um passeio 'com emoção' (radical) e 'sem emoção' (mais leve) faz muita diferença nessa hora. O preço para quatro pessoas, no entanto, é o mesmo: 250 reais para duas horas ou 480 reais para o passeio completo, que dura cerca de seis horas, com passagem também por Pitangui, Barra do Rio, Jacumã e lagoas.

A parada em Jacumã oferece duas atrações quase radicais: o skibunda, uma prancha que desliza pela areia do alto de um morro e que joga o 'piloto' no lago no fim do percurso (custa 7 reais cada descida), e o aerobunda, no qual o aventureiro desliza por um cabo de aço e aterrissa na água (custa 8 reais). Tudo devidamente fotografado pelo pessoal local, que entrega o CD com as fotos no hotel.

Em Genipabu os dromedários são uma atração à parte, assim como Cleide Batista, a falante e simpática dona dos bichões. Ela tem 20 animais e cobra 35 reais por um passeio de 15 minutos, com direito a vestir o traje típico do deserto. Cleide importou os primeiros animais da Espanha e gasta cerca de R$ 5 mil por mês só com alimentação.

"Eles têm até plano de saúde", ressalta a empresária, destacando que os dromedários já se reproduzem em Natal. Aqui mais uma vez a preocupação ambiental se mostra presente: as fezes dos dromedários, que não são poucas, são recolhidas e enviadas à Emater, que as transformam em adubo para hortas mantidas por Cleide e que alimentam crianças carentes da região.

Fonte: O Popular - Luciano Martins - Natal (RN)

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