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Museu de Armas Castelo São João

17/10/2009

Museu de Armas Castelo São João foi criado pelo colecionador pernambucano Ricardo

Brennand, que há mais de cinqüenta anos vem adquirindo obras de arte das mais diferentes procedências e épocas, cobrindo um espaço de tempo entre os séculos XV e XXI, com peças provenientes da Europa, Ásia, América e África.

Essas obras de arte estão reunidas em coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário.

Essas obras de arte estão reunidas em Coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, com destaque para a maior coleção privada do pintor holandês Frans Post, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário.

 O núcleo de Armaria, que originou a Coleção Ricardo Brennand, é considerada hoje, uma das maiores coleções do mundo, com cerca de 3.000 peças, fabricadas na Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Espanha, Suécia, Turquia, Índia e Japão.

As armas são classificadas como de caça, guerra, proteção pessoal e exibição, defensivas e ofensivas, armaduras para cavaleiros e cavalos, com destaque para as armaduras completas com escudos, elmos, manoplas e cotas de malha, usadas pelos cavaleiros em batalhas, torneiros e justas, entre os séculos XIV e XVII.

Entre as peças que compõe a coleção estão punhais, estiletes, espadas, espadas-pistolas, maças, maguais, alabardas, bestas, facas e canivetes. Peças de diferentes estilos, algumas ricamente trabalhadas com pedras semipreciosas, marfim, chifres, madrepérola, carvalho, aço e outros metais abrangendo um período entre o séculos XV e XXI.

Destaque para as facas e canivetes de exibição da cutelaria Joseph Rodgers & Sons Limited, fundada em 1724, em Sheffield, Inglaterra, que funcionou até meados do século XX. A Joseph Rodgers teve exclusividade na venda produtos de cutelaria para a Coroa Britânica durante quatro reinados consecutivos, do Rei William IV ao George V. O nome da Rodgers e os símbolos de sua marca estiveram sempre associados com produtos de altíssima qualidade e beleza de design.

 A Arte Européia está representada nas coleções de Artes Decorativas, por objetos de adorno em geral e compreende inúmeras peças como castiçais, candelabros, jarros, mosaicos, vitrais e cofres miniatura. Destaque para um par de candelabros franceses black-a-moor em figura feminina, século XIX, da Fundição Barbedienne, feitas por Guillemin, em bronze dourado

Parte da estatuária em miniatura, executada em estanho e bronze, leva a assinatura de E. Granger, famoso artesão francês do século XIX, 1850, que se dedicou a trabalhar perfeitas réplicas de cavaleiros medievais em armaduras.

A coleção de relógios do IRB é constituída de relógios de caixa alta com pêndulos, de origem austríaca e francesa, como o relógio Planchon, francês, com mostrador de porcelana e pintura com os equinócios, inspirado no estilo Louis XIV. Edouard Planchon, aprendeu o ofício com seu pai em Bourges onde nasceu, mudando-se para Paris em 1862, recebendo a influencia de Violet le Duc, e o estilo gótico tardio do século XIX. Seu trabalho ficou conhecido por estilo Planchon, inspirado também no estilo de Louis XIV e de Louis XV.

Uma peça em estilo barroco, procedente da Itália, chama a atenção pela riqueza da talha dourada: é um órgão de tubos, instrumento musical do século XVII, fabricado por Domenico Mangino, c.1625.

A coleção de Tapeçarias francesas século XVIII, da manufatura Gobelin, é destaque na coleção do IRB, junto com peças das manufaturas de Flandres e Aubusson. Estas peças apresentam cenas ligadas à cavalaria, como batalhas ou consagração do cavaleiro, e também cenas religiosas, como em uma delas a presença bíblica de Salomão.

A Coleção de Esculturas, reúne um conjunto de objetos de vulto, relevos e estatuária, com destaque para as peças italianas, especialmente, do atelier Romanelli de Firenze, onde a arte neoclássica se perpetuou em réplicas das principais obras do barroco italiano, como as de Gianbolonha, Bernini e outros artistas do cinquencentos.

 

 

Uma escultura veneziana do século XV, em madeira, de autor desconhecido, é destaque nessa coleção representando uma figura masculina possivelmente um escravo negro, com roupas a moda do século XV.

Na coleção do IRB, o percurso da escultura francesa e italiana vai do século XV até o XIX; influências do neoclássico, com destaque para as peças em mármore branco, intitulada Fulga de Pompéia, datada de 1868, de autoria de Giovanni Maria Benzoni 1809-1873 e o Rápto da Sabina, de Francesco Zerri, executado na Societá Fiorentina de Sculture Artistiche em Firenze.

O Mobiliário é destaque também na coleção do IRB, especialmente peças em estilo gótico, em carvalho e nogueira, de procedência inglesa e francesa. São móveis de descanso e guarda como arcas, aparadores, cupboard ou guarda-comida, estantes, trono e cadeiras em couro lavrado,e preso por pregaria grossa de latão. O mobiliário francês está representado por uma linda escrivaninha de quarto, Bonheur-du-jour, estilo Biedermeier, século XIX. Destaque para um Arcaz mineiro de igreja, em cedro, século XVIII.

A Coleção de Artes Visuais, reunida segundo a técnica de pintura em suas diferentes composições, artes gráficas, incluindo-se gravuras e mapas, de autoria de pintores brasileiros e estrangeiros. Faz parte da coleção IRB, um conjunto de Brasiliana predominando a iconografia pernambucana de Bauch, cromolitigrafias de Schillapriz e Crals, desenhos de viajantes europeus como Rugendas e Debret que documentaram a paisagem do Rio de Janeiro.

Encontramos ainda obras de artistas da escola francesa do século XIX, chamada Orientalista, pelos temas orientais retratando em cenas de dançarinas e alcovas e dela fazem parte pintores como Edouard Richiter (1844-1913), Delphin Enjolras (1857-1945) Gastón Guédy, Willianm Bouguereau (1825-1905).

As pinturas de gênero européias, com temática inspirada em armas ou ambientes palacianos do século XVI, XVII e XVIII, foram retratadas por Enrique Lopez Martinez, pintor espanhol da Escola Especial de Pintura, Escultura e Gravura de Madrid, e Alexandre Desgoff (1830 -?) pintor francês da escola de Barbizon pintou a coleção de armas de Sir Richard Walace na Inglaterra.

A Ação Educativa do Instituto Ricardo Brennand foi criado em 2002 em virtude da realização da exposição Albert Eckhout volta ao Brasil: 1640-2002, e desde então vem desenvolvendo programas educativos para escolas da educação Infantil ao Ensino Médio das redes públicas e particulares de Pernambuco; atividades culturais, ciclos de debates, cursos e encontros que visam a formação de públicos diversos por meio da educação do olhar – nunca a questão do olhar esteve tão no centro do debate da cultura e da sociedade contemporânea – para o desenvolvimento da percepção visual, da sensibilização para a arte e para os objetos da cultura e para a ampliação do universo cultural dos visitantes. 

As visitas monitoradas à exposição são o principal veículo de mediação entre as obras expostas e o público. Elas são feitas por educadores especializados que propiciam discussões e fornecem informações sobre o conceito da exposição, o artista, seu processo de trabalho e sua obra.

Pensamos a mediação como possibilidade de estabelecer essa relação de formação lançando mão de estratégias e procedimentos pedagógicos e recursos e materiais didáticos. A mediação como passagem, recorrendo a essa metáfora, lançamos mão da imagem do “passante”, passageiro, ou ainda do “estrangeiro”. Figura do espectador, que transita em territórios múltiplos e diversos. O Transito entre dois territórios constitui-se na construção de um novo espaço de apreciação e de possibilidade de formação.

Para nós a formação se coloca na perspectiva de construir uma atitude cidadã, de preservação, conservação, de criação, de percepção estética, propiciando:

Pensar a arte como provocadoras de redes de significações A arte produzida no Brasil vista como constituinte do debate cultural brasileiro, e não mero assunto mundano, sem ressonâncias mais efetivas no corpo social do país. Perceber que a história da arte produziu um universo de imagens e configurações imagéticas que a civilização humana foi produzindo ao longo do tempo.

As nossas principais e permanentes ações estão focadas:

a) Formação de mediadores/monitores/educadores/artistas – Possibilidades de interpretação as mais profundas e diversas.
b) Formação de professores/educadores
c) Formação de estudantes: Atividade com a escola, incorporando à atividade de produção artística, o exercício da reflexão sobre a Arte dentro de seu contexto histórico e a leitura da imagem como meio para o desenvolvimento da apreciação estética.

visita conto – voltada para crianças de 03 a 6 anos – Educação Infantil visita descoberta – sobretudo para público de crianças e adolescentes – Fundametal I e II visita conferência – Busca abrir um diálogo instigante com o público adulto, geralmente visita uma exposição para consolidar os seus esquemas referenciais, o que Pierre Bourdieu chama de Habitus – Ensino Médio e Universitário visitas + ateliê (laboratório de experimentação plástica) Respostas poéticas ou artísticas: Exercícios poéticos envolvendo variadas linguagens artísticas Formação através de projetos: requer estudo destes parceiros, um estudo de público, o que eles fazem, encontros que propiciam uma interação das identidades em questão: a do espaço cultural e da instituição convidada.

d) Encontros Culturais - Terceira idade
e) Família – visita e atividade de ateliê/lúdica: Encontro entre adultos, crianças, jovens, adolescentes, idosos, enfim visa propiciar encontros entre gerações distintas e entre pais e filhos
f) Visitas monitoradas para público espontâneo
g) Igual Diferente: Projetos com Comunidade
h) Produção de Materiais de Mediação: publicações, jogos, materiais sensoriais, publicações em Braille, reproduções de imagens etc.

http://www.institutoricardobrennand.org.br/

 

 

 

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