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Paris uma cidade de inúmeras atrações

Paris uma cidade de inúmeras atrações

02/05/2012

Visitar Paris é uma experiência única, mas é necessário planejar um roteiro mínimo para a viagem, já que a cidade tem um número imenso de atrações


 
“Alors je sens en moi, mon coeur qui bat.” Uma das canções mais belas da música francesa, La Vie en Rose (A Vida em Rosa), imortalizada na voz pungente de Edit Piaf, tem este verso em sua letra: “Então sinto em mim meu coração que bate”. Talvez esse sentimento seja o mais próximo que se possa chegar para definir o que é conhecer Paris. A Cidade Luz, o berço do Iluminismo, a terra das grandes revoluções são títulos que, por mais portentosos que sejam, ainda parecem pouco, muito pouco para traduzir sua beleza, seu encanto, seu poder de sedução. Não é à toa que a cidade foi o destino de mais de 18 milhões de visitantes de todas as partes do mundo em 2011, disputando com Londres o título de cidade líder na preferência dos turistas no planeta. Há tanto para ver que é necessário racionalizar pelo menos uma parte do passeio para não deixar Paris com um gosto de que coisas demais ficaram sem ser vistas. Já o gostinho de quero mais, esse não tem jeito de evitar.

O ideal é que, na hora de planejar a viagem, seja feita a escolha de alguns lugares que não podem ficar de fora do roteiro. Uma providência que parece óbvia, mas que no caso de Paris se mostra imprescindível. E também muito útil, já que grande parte dos monumentos mais importantes da cidade estão em um perímetro razoavelmente pequeno, às margens do Rio Sena. Uma opção interessante é pagar os passeios turísticos de ônibus e de barco que passam pelos principais pontos. Os ônibus panorâmicos – centenas deles, o que não deixa os interessados esperar mais que 10 minutos no ponto – fazem três linhas. Uma delas, a mais disputada, passa, por exemplo, na Catedral de Notre-Dame de Paris, na Île de La Cité, um dos marcos iniciais da cidade. Isso depois de passear em frente à entrada do Museu do Louvre, do Palais Royal e da Pont Neuf, rumando depois para a Place La Concorde e a avenida Champs-Elyseés.

Essa linha, que também passa pela Torre Eiffel e pelo Arco do Triunfo, se interliga com outras. Uma delas percorre o famoso e charmoso Quartier Latin, núcleo de universidades e escolas que ensinavam em latim na Idade Média, centro da intelligentsia francesa. Lá estão, por exemplo, o lendário café Le Deux Maggots, ponto de encontro de muitos dos principais nomes da cultura francesa nos séculos 19 e 20, e o câmpus principal da Sorbonne. No frontispício da Faculdade de Direito da centenária universidade, berços de iluministas e pensadores de destaque mundial, está a histórica inscrição Liberté, Égalité, Fraternité (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), lema da Revolução Francesa. Bem do lado está o imponente prédio do Panteão, onde estão sepultados heróis e personalidades franceses, como Voltaire, Rousseau, Zola e o casal de cientistas Pierre e Marie Curie, os descobridores do Raio X e dos elementos químicos rádio e polônio.

Ainda que o passeio de ônibus seja bacana, com muita informação, vale a pena descer em alguns pontos e fazer o que milhões de pessoas fazem o dia todo na cidade: andar. O Jardim de Luxemburgo é um ótimo local para fazer isso. O lugar é lindo e os parisienses gostam de ficar por ali lendo, namorando ou brincando com seus filhos e cachorros. Poucas quadras adiante é possível chegar à Torre de Montparnasse, de onde, do alto de seus 210 metros de altura, se tem uma visão privilegiada da capital francesa. Outro ponto interessante para passear é o Champ de Mars, em frente à Torre Eiffel. O jardim é amplo e agradável. O duro vai ser enfrentar a fila para subir naquele que é um dos monumentos mais conhecidos do planeta. A espera pode durar até duas horas. Talvez nem valha a pena dispender tanto tempo em certas atrações.

Uma boa alternativa é ir para as margens do Sena, ali pertinho, comer um bom crepe de rua e pensar em outros passeios na cidade. Opções não faltam. Em Montmartre, um bairro alto de Paris, é possível passar em frente às casas que serviram de ateliê para pintores como Van Gogh e Picasso, comprar lembrancinhas e docinhos nas feiras de rua da região e, claro, visitar a lindíssima igreja de Sacré-Coeur (Sagrado Coração), uma catedral erguida no alto de uma colina, com vista panorâmica de Paris e tumbas em seu subsolo que ajudam a entender melhor a história da cidade. Não muito distante, descendo algumas ladeiras, chega-se ao Café de Deux Moulins, que ficou famoso por ser o local de trabalho da personagem-título do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

Também é na região que está o cabaré Moulin Rouge. Aliás, por ali continua a funcionar um animado mercado de prazeres da carne, com sex shops e shows eróticos. Não deixe também de visitar a bela Praça de Madeleine e o Jardim das Tulherias, outros cartões-postais de Paris. Parece difícil ir a tantos lugares, mas não se engane. É bem fácil. O transporte coletivo de Paris é invejável. Cortam a cidade nada menos que 14 linhas de metrô integradas, que totalizam mais de 200 quilômetros. São mais de 220 estações de metrô no perímetro amuralhado da cidade, além de cinco linhas de trem que levam para fora desse espaço. Grandes estações, as gares, possibilitam a todos ir de qualquer ponto da cidade para outras cidades francesas e até países vizinhos. Uma dica é comprar um bilhete, por 53 euros, já no aeroporto. Ele dá direito de uso ilimitado do metrô durante cinco dias seguidos. Sinônimo de economia e tranquilidade em uma viagem que, certamente, será inesquecível.

Dicas

A entrada para boa parte dos monumentos tem preços que giram entre 8 e 10 euros. Dependendo da quantidade de visitas que serão feitas, é melhor comprar um dos vários passes que dão acesso a mais de 40 atrações na cidade. Seus preços variam, dependendo da quantidade de dias que terão validade, entre e 60 e 150 euros

Não deixe de ir à Praça Vosges, pertinho da Bastilha, uma das mais belas de Paris, com seus prédios antigos e paisagismo original. Ali morou, num antigo hotel, o escritor Victor Hugo. Sua residência foi transformada em museu

Paris é uma cidade segura, bem policiada e que tem bastante gente na rua até altas horas. Mas é sempre bom ficar atento No metrô da cidade, avisos sonoros alertam para o perigo dos batedores de carteira. E, à noite, é bom evitar bairros mais afastados

O preço das refeições na capital francesa não é dos menores. Algumas contas podem ficar bem salgadas. Se quiser apreciar a boa gastronomia local, prepare uma reserva a mais de dinheiro, já que cada conta pode ficar, fácil, fácil, na casa dos 40 ou 50 euros

A Galeria Lafayette, maior centro de compras de Paris, é um formigueiro. Quem quiser ir até lá adquirir produtos de marca – e muita gente quer – precisa ter paciência. Há filas até para entrar nas lojas. Muitos dos atendentes falam bem o português. Afinal, brasileiro se transformou em cliente preferencial por lá

Para evitar filas quilométricas nos principais museus da cidade, uma alternativa é visitá-los à noite. O Louvre fica aberto até as 22 horas na quarta-feira. O D’orsay funciona até o mesmo horário às quintas-feiras. É importante pegar o mapa dos museus e escolher o que se quer ver – afinal, os dois são gigantescos

Outra visita interessante é ir ao cemitério de Pére Lachaise. Lá, muita gente famosa está enterrada, como os escritores Balzac, Appolinaire, Marcel Proust, La Fontaine e Molière, o compositor Chopin e os amantes medievais Abelardo e Heloísa. Os túmulos mais visitados são os do autor Oscar Wilde, do cantor Tim Morrison e do líder espírita Allan Kardec - O Popular/Rogério Borges - De Paris

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