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México - País de cores e contrastes

Destino preferido dos brasileiros que visitam o México, Cancún está longe de oferecer a riqueza cultural, as paisagens e a beleza do país.

“Cancun não é México”, avisa um vendedor de passeios de barcos na cidade turística. Colorido, intenso e emocional, o México autêntico fez do legado ancestral a bússola para direcionar a nação, hoje rica e moderna, apesar das gritantes diferenças sociais. Os mexicanos, como poucos, souberam preservar sua história. Aliada à religiosidade e ao patriotismo, ela transforma o México num país digno de ser conhecido e explorado. Tomado por ruínas pré-colombianas, o país possui uma infinidade de sítios arqueológicos abertos à visitação pública, como Teotihuacán, próximo à Cidade do México, Monte Albán, em Oaxaca, e Chichén Itzá, entre Mérida e Valladolid. Ao lado da devoção religiosa, traduzida em centenas de igrejas históricas, esses são os aspectos mais explorados pelo turismo. Entretanto, vale a pena se ater a outros detalhes do país que, em geral, passam desapercebidos para quem cumpre roteiros oferecidos pelas agências.

Um dos maiores orgulhos dos mexicanos são os zócalos (praça principal), presentes na maioria das cidades. É onde tudo acontece, desde encontros casuais até grandes comemorações. Neste local ficam concentrados os mais importantes edifícios cívicos e religiosos. Alguns zócalos são cercados por restaurantes típicos, onde pode ser apreciada a autêntica culinária mexicana, muito modificada por aqui. A pimenta está, sim, na maioria dos alimentos, como carnes, molhos, sorvetes e doces, mas são espécies próprias, como o jalapeño, o habanero ou serrano. Aqui elas são substituídas pela pimenta dedo- de-moça ou malagueta, de sabor diferente ao paladar mexicano. Ao viajar pelo país, esqueça a possibilidade de encontrar pratos brasileiros, como um genuíno churrasco ou o arroz com alho. O mexicano é apaixonado pela sua comida – tortillas, tacos, guacamole, burritos, enchiladas e quesadillas –, que é servida em todos os lugares, desde bancas improvisadas nas ruas, até em mercados e restaurantes. Não se espante se encontrar uma buchada apimentada e frijoles (feijão) no café da manhã. No México isso é natural.

Visitar os mercados mexicanos é encontrar a porção mais autêntica do país. Estão lá as artesanias (artesanato) coloridas, uma grande diversidade de chiles (pimentas) e o mole poblano, uma mistura de sementes de cacau e pimentas usado para codimentar uma infinidade de pratos. Em Guadalajara, o mais tradicional mercado é o San Juan de Dios; na cidade do México, o de La Merced; e em Oaxaca, o de Abastos, o maior de produtos indígenas do país.

Cerveja estupidamente gelada? Nem pensar. No México existem diversas marcas populares, como as já conhecidas Tecate e Corona, ou a Dos Equis (XX) e Pacífico, também muito consumidas, mas não são servidas como aqui, tipo “estupidamente gelada”. A temperatura da cerveja mexicana está longe de agradar o paladar brasileiro.

Fonte: Jornal O Popular - Malu Longo
Do México

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