Mundo Mulher

Projeto de lei livra crianças de palmadas e beliscões

15/07/2010 

Um projeto de lei enviado nesta quinta pelo governo ao Congresso estabelece o direito da criança e do adolescente de serem educados sem palmadas e beliscões. A proposta já está provocando muita discussão.

De férias, a molecada gasta energia. Pelas carinhas, a gente identifica rápido os mais sapecas. “Eu faço muita arte. Brincar de bola dentro de casa”, responde um deles.

Educar não é fácil, não é simples, não tem manual e para cada família é de um jeito diferente. O dia a dia requer muita paciência dos pais. Só que muitas vezes os pais perdem a paciência e acabam recorrendo às palmadas, que um projeto de lei agora quer proibir.

“Quando ele passa dos limites, quando não tem jeito, quando conversa e não tem jeito, aí eu dou uns tapinhas, sim”, admite uma mãe.

A medida tem apoio de alguns especialistas. “Tem momentos em que o tapinha é mesmo uma questão de ‘Olha, acorda’”, acredita Sônia Motinho da Silva, psicóloga de tribunais.

A proposta do governo, que vai ser discutida agora na Câmara e no Senado, proíbe palmada, beliscão e qualquer tipo de castigo físico que provoque dor em crianças e adolescentes.

“Isso é muito particular de cada caso, cada família”, disse uma mãe.

“Como eu devo educar meu filho está fora de cogitação. Mesmo que tiver essa lei, provavelmente eu não vou cumprir”, confessou o consultor de informática João Lopes Antunes.

Carlos Zuma, secretário da ONG "Não bata, eduque", discorda. Ele trabalha numa ONG que combate a violência doméstica e foi um dos colaboradores do projeto.

“A gente quer transformar essa cultura de educar as crianças com base em violência. É esse o objetivo principal”, explicou.

O choro de Allegra é pura birra: não queria sair do parquinho. Nesta quarta-feira, foi só na conversa, mas nem sempre é assim.

“Eu sei que eu erro, não deveria dar o tapinha. Eu sou a favor da lei. Hoje eu ganhei sem tapinha”, disse a mãe.

Goiasnet.com/Jornal Nacional

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