03/05/2012

Os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar o envolvimento de políticos e empresários com o grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apresentou nesta quarta-feira (2) o plano de trabalho da investigação.

A CPI aprovou a convocação do empresário Carlinhos Cachoeira para depor no dia 15 de maio. No cronograma não há previsão de convocação do ex-presidente e dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, nem dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) suspeitos de envolvimento com o empresário.

O plano apresentado pelo relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), sugeriu, por enquanto, a oitiva do ex-gerente da Delta Construção no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, para o dia 29 de maio. O prazo para a CPI será de 180 dias, com término previsto para 4 de novembro de 2012.

O relator sugere que os primeiros a serem ouvidos sejam os delegados responsáveis pelas operações Monte Carlo e Vegas, dois procuradores da República também responsáveis pelas investigações.

O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde no Conselho de Ética do Senado por suposta quebra de decoro parlamentar, por envolvimento com Cachoeira, será ouvido no dia 31 de maio no CPI.

O plano de trabalho da CPI do Cachoeira foi debatido por mais de três horas pelos integrantes da CPI antes de ser aprovado. Os principais pontos foram a possível convocação do procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, do presidente da Delta, e do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Inquérito

O inquérito liberado pelo STF tem 40 volumes, com 15 mil folhas e nove mídias com os relatórios e seus anexos, foi entregue aos representantes da CPI na manhã desta quarta-feira (2).

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