22/05/2012

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, negou nesta segunda-feira (21), o habeas corpus pedido pelo empresário Carlinhos Cachoeira para adiar, pela segunda vez, seu depoimento na CPI que investiga esquema de corrupção comandando por ele. A defesa de Cachoeira pediu um prazo de três semanas com o objetivo de preparar melhor o réu para a sessão, mas o ministro não concedeu o benefício. O depoimento foi mantido para esta terça-feira (22), às 14h.

Como ele vai prestar depoimento como investigado, tem o direito de ficar calado diante das perguntas dos parlamentares. O ministro ressaltou que, segundo a legislação brasileira, ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo.

Na semana passada, o ministro Celso de Mello havia autorizado o adiamento do depoimento de Cachoeira à CPI, que aconteceria no último dia 15. Os advogados de Cachoeira pediram ao tribunal para que ele só prestasse depoimento depois de ter acesso a todos os documentos da investigação. Na semana anterior, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), havia negado o pedido do bicheiro para ter vista das investigações. Após o adiamento da oitiva, a CPI liberou o acesso à defesa de Cachoeira aos documentos.

Segundo alguns parlamentares, o novo pedido de adiamento seria imotivado, após a liberação dos documentos para a defesa. O advogado de Carlinhos Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, pediu a nova postergação do depoimento na última quinta-feira (17) alegando falta de tempo para analisar os documentos da CPI. Goiasnet.com - Com informações do jornal O Globo