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Demóstenes usará tribuna para se defender

03/07/2012


Em discurso da tribuna do Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido) disse que não fez nada que permitisse a desconstrução de sua honra”. Ele voltou a repetir todas as afirmações que fez no último discurso em plenário, em 6 de março, quando negou qualquer tipo de envolvimento com o empresário Carlos Cachoeira. “Coloquei meu mandato a serviço das forças produtivas do Brasil”, disse, negando que o tenha colocado a serviço de Cachoeira. Demóstenes disse que se precisar subirá todos os dias na tribuna para preservar seu mandato.

Demóstenes disse que não tem sociedade com os investigados pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal. O senador também refutou acusações de que teria empregado servidores fantasmas e usado aeronave com frete pago por Carlinhos Cachoeira.

O parlamentar argumentou ainda que a conclusão do relator do pedido de cassação no Conselho de Ética, senador Humberto Costa (PT-PE), teve como base gravações montadas e apenas uma mínima parte do material coletado pela Polícia Federal. Afirmou também que as respostas que deu ao Conselho não foram levadas em consideração.

Osenador vai proferir uma série de discursos até 11 de julho, data em que está marcada a votação em Plenário do pedido de cassação do mandato aprovado por unanimidade pelo Conselho de Ética.

A intenção é que o processo seja concluído antes do início do recesso parlamentar, previsto para 18 de julho. Para um senador ser cassado, são necessários 41 votos num universo de 80, pois ele não tem direito a se manifestar.

No dia 20 de março, Demóstenes Torres ainda participou, em Plenário, da discussão da medida provisória que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (MP 547/2011). Desde então, o senador não se manifestou mais, seja no Plenário ou nas comissões permanentes do Senado.

O parecer pela cassação de Demóstenes, elaborado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), foi aprovado por unanimidade no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Antes de ir a Plenário, deve ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), nesta quarta-feira (4).
Demóstenes Torres também foi convocado para depor na CPI que investiga as relações de Cachoeira com agentes públicos e privados. No entanto, na audiência realizada no fim de maio, ele usou o direito de permanecer calado e não respondeu a qualquer pergunta dos membros da comissão. Goiasnet.com/Redação

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