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Aplicativo do Google Maps volta ao iPhone

14/12/2012

O aplicativo do Google Maps voltou nesta quinta-feira ao iPhone após três meses, para alívio dos milhões de usuários que sofreram com as falhas dos mapas da própria Apple. O programa é gratuito e já pode ser baixado na App Store. Segundo a Google, o aplicativo está disponível em mais de 40 países e em 29 idiomas.
 
O Google Maps deixou o iPhone em 19 de setembro, quando a Apple lançou uma atualização do seu sistema operacional, o iOS 6, que trouxe um aplicativo de mapas desenvolvido pela própria empresa de Steve Jobs, baseado nos dados da companhia holandesa de equipamentos de localização TomTom. O novo programa acabou substituindo o da Google, que vinha embutido no iPhone desde que o smartphone foi criado, em 2007, e era um de seus programas mais vitais.
 
O aplicativo do Google Maps para iPhone pode ser usado como um GPS no carro, já que oferece orientações por voz (em português, inclusive), funcionalidade antes exclusiva de aparelhos Android. Ele exibe imagens em 2D e 3D, além do Street View, que mostra fotos em três dimensões do nível da rua, e informa a estimativa do tempo que vai demorar o trajeto.
 
Mas nem tudo que os usuários de Android têm é possível fazer no iPhone. Não dá, por exemplo, para baixar e armazenar mapas para visualizá-los sem acesso à internet. O aplicativo também não mostra imagens em terceira dimensão do interior de estabelecimentos comerciais, como aeroportos e shoppings. Outra função indisponível é a a busca por voz , e o app também não está integrado ao sistema de voz Siri, do iPhone.
 
 

O fim das cidades dentro do oceano?
 
A retirada do aplicativo em setembro teve como pano de fundo a guerra que as duas companhias travam no campo da mobilidade, batalha que Steve Jobs disse estar disposto a tornar “termonuclear”. Em aparelhos como celulares e tablets, aplicativos de mapas são essenciais para os usuários e estratégicos para as empresas, que ganham acesso a valiosos dados de localização. Como a Google desenvolve o principal sistema rival ao do iPhone, o Android, a Apple resolveu investir em uma solução própria, que reduzisse o acesso da rival às informações dos seus clientes.
 
Mas os mapas da Apple foram alvo de críticas ferozes dos usuários tão logo a atualização do sistema foi lançada. Os erros eram mesmo imperdoáveis para um aplicativo de mapas. Pontos turísticos importantes, como a Ponte do Brooklyn e a Estátua da Liberdade, em Nova York, apareciam “derretidos” nas imagens em 3D. As coordenadas da cidade de Leknes levavam o usuário ao meio do Mar da Noruega. Fazendas eram marcadas como aeroportos, e muitas estradas mostradas ligavam o nada a lugar nenhum. Sobrou até para William Shakespeare: um único hospital cobria todo o mapa da cidade natal do dramaturgo inglês, Stratford-upon-Avon. Alguns internautas chegaram a reunir as bizarrices em um Tumblr.
 
Há algumas semanas, a polícia da Austrália disse em comunicado público que os mapas da Apple são “uma ameaça à vida”, pois vários motoristas precisaram ser resgatados no Parque Nacional Murray-Sunset porque o aplicativo indica que a cidade de Mildora fica ali — embora, na realidade, fique a quase 60 quilômetros do parque.
 
Os erros foram um constrangimento para a Apple, sobretudo para o novo diretor-executivo, Tim Cook, que assumiu depois da morte de Steve Jobs — que, segundo os fãs da Maça, jamais lançaria um produto com falhas tão gritantes. Cook foi obrigado a se desculpar publicamente pelas falhas e chegou a orientar os usuários a recorrer ao Google Maps, que continuava funcionando apenas pela Web, de forma precária. O executivo responsável pela criação dos mapas na Apple foi demitido.
 
O aplicativo da Google é compatível com qualquer modelo de iPhone ou iPod Touch que rodar iOS 5.1 ou versão superior.

Como não é possível apagar o aplicativo de mapas nativo do iPhone, o Google Maps terá que conviver com o programa da Apple dentro dos smartphones.

A Apple não comentou o lançamento do aplicativo do Google Maps.

 Goiasnet.com/O Globo

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