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Aeronáutica divulga áudio de contato de controle aéreo

03/07/2009 Simulação do Airbus da Air France: avião não foi destruído durante o voo

A Aeronáutica negou nesta quinta-feira (2) a informação das autoridades francesas de que o Brasil não teria avisado o controle aéreo do Senegal sobre saída do voo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio, quando fazia a rota Rio de Janeiro–Paris.

Segundo a Aeronáutica, às 22h35 o controle do Brasil informou ao controle do Senegal que o avião passaria por uma posição virtual chamada tasil e que entraria no espaço aéreo daquele país às 23h20.

O relatório da comissão de investigação do governo francês divulgado nesta quinta diz que o Brasil não fez a transferência do voo do controle aéreo brasileiro para o controle aéreo do Senegal. Segundo o investigador-chefe francês, Alain Bouillard, o controlador brasileiro realizou a coordenação, mas não a transferência. Os dois procedimentos são obrigatórios.

"O controlador do centro de controle Atlântico coordenou a transferência do voo com o controlador de Dacar e lhe transmitiu os elementos do voo, mas ultrapassando o ponto Tavil não houve uma transferência oficial, ou seja, não houve contato entre o avião e Dacar, e Dacar não informou o Atlântico de que não tinha havido contato, e o Atlântico não ligou para Dacar para saber se ele tinha feito contato com o avião", detalhou.

A aeronáutica divulgou a gravação da conversa entre as duas torres. Os controladores falam em inglês e usam códigos internacionais.

Clique e veja o vídeo

Relatório

Nesta quinta-feira, relatório da BEA (Escritório de investigações e análises, na sigla em francês), órgão do governo francês que investiga o acidente do voo 447, revelou que o Airbus da Air France não foi destruído durante o voo.

Mas os investigadores franceses disseram que ainda estão "longe" de descobrir o que provocou a queda da aeronave. A busca pelas caixas-pretas, que podem ajudar a esclarecer o acidente, foi estendida até o próximo dia 10.

Jornalistas franceses e estrangeiros, no entanto, questionam a neutralidade do BEA, porque a investigação envolve duas das maiores empresas francesas, a Air France e a Airbus. O investigador-chefe Alain Bouillard, porém, disse que o órgão “é e continuará sendo neutro”.

Goiasnet.com/ G1, com informações do Jornal Nacional

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