Mundo Mulher

SEXO APÓS MATERNIDADE RECENTE

27/01/2012


 
Como podemos nos reencontrar com nosso parceiro após a gravidez?

É comum após o parto, que o corpo não responda ao desejo e as exigências lógicas do sexo masculino.
A libido é deslocada para os seios, onde se desenvolve a atividade sexual constante. O esgotamento é total e a pele parece um cristal. Só ficamos abertas às sensações do bebê: um oceano vasto e desconhecido.

Temos a decisão intelectual de responder e satisfazer o homem. Mas não funciona, a menos que nos desliguemos das sensações intimas e verdadeiras. Normalmente, estamos tão pouco conectadas com nossa sexualidade feminina que navegamos facilmente no desejo do outro com o intuito de agradar.

Para se reconectar com a sexualidade, podemos aproveitar as oportunidades que nos dá a presença do bebê:

• Ambos, homem e mulher, têm contato com a parte feminina da nossa sexualidade, que é sutil, lenta, sensível, feita para carinhos e abraços. O corpo não precisa de penetração nem esforço físico, pelo contrário, prefere o tato, o ouvido, as palavras doces, as massagens e os beijos. A aparição da criança nos convida a desenvolver as modalidades femininas que tanto homens como mulheres mantemos.

• Sem exigências: o que importa é o encontro amoroso. Podemos desfrutar de um momento sem metas, sem a obrigação de atingir o orgasmo e sem demonstração de habilidades físicas. Tem que existir compreensão e apoio sobre a realidade emocional que experimenta, principalmente, à mulher.

Todas as mulheres desejam abraços longos, beijos apaixonados e massagens nas costas. Por isso, é essencial que a sexualidade seja puxada pelo jeito feminino do casal durante o período de fusão emocional entre mãe e filho, isto é, durante os dois primeiros anos.
Isso nos permite apreciar e ao mesmo tempo, explorar as habilidades de comunicação e afeto que de outra forma não teria se desenvolvido. O sexo pode ser muito mais pleno, mais afetuoso e completo se nós percebemos que é hora de descobrir o mundo da sensibilidade pura.

Façamos muitos carinhos! Vamos nos permitir que a relação seja muito maior do que a simples penetração vaginal, as chamadas “relações sexuais completas”, para que o orgasmo não seja o único momento do auge durante a relação sexual.

Há uma luta cultural entre o que todos acreditaram que é certo e o que acontece conosco. Acontece com as mulheres que não podem fazer amor como antes e os homens se irritam, ficam angustiados e distantes. Em vez disso, a solução é estar envolvido naquilo que nós sentimos como um trio, baby incluído.

Às vezes as mulheres desconhecem os ritmos naturalmente femininos e se esforçam por pertencer a uma modernidade onde ninguém presta atenção aos sentimentos mais íntimos.

Ainda não tive a sensação maravilhosa de ser mãe, mas sei que é um tema polêmico entre os casais que já tiveram a experiência.

ALINE GALEANO - http://cantinhodascasadas.com/aline-galeano

 

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