Mundo Mulher

Tecnologias Otimizam Cirurgias Corretivas da Visão

Consulte Aqui Nosso Arquivo de Matérias As Matérias divulgadas neste link são de inteira responsabilidade do autor  

 

Tecnologias Otimizam Cirurgias Corretivas da Visão

Leôncio Queiroz Neto

Wavefront e Topolink alcançam resultados entre 10% e 15% mais exatos na cirurgia refrativa, além de facilitarem a correção do astigmatismo na cirurgia de catarata.

População ainda desconhece nova cobertura dos planos de saúde. A dificuldade de enxergar é uma questão de saúde pública que atinge metade da população brasileira. Neste grupo, 60% preferiam estar bem longe dos óculos, conforme aponta estudo com 1,25 mil pessoas conduzido pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier e do hospital Albert Einstein, Leôncio Queiroz Neto.

O melhor desempenho profissional foi apontado por 3 em cada 10 pessoas que preferiam se livrar das lentes corretivas. Não por acaso, a procura pela cirurgia refrativa que corrige miopia, hipermetropia ou astigmatismo teve um incremento de 16% nos últimos 4 meses, afirma o médico. A demanda só não foi maior, comenta, porque muitas pessoas desconhecem a resolução 167 da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em vigor desde março deste ano. A resolução assegura a cobertura pelos planos de saúde de cirurgias feitas pelas técnicas tradicionais – PRK e Lasik – para hipermetropia até 6 graus e miopia associada ou não ao astigmatismo a partir de 5 graus. O especialista afirma que há pouco tempo, o maior desafio da refrativa era garantir a qualidade de visão em ambientes de baixa luminosidade após a cirurgia.

Isso porque, além dos vícios de refração, é comum o sistema óptico ter outras imperfeições, classificadas como aberrações, que se manifestam em ambientes escuros quando a pupila está mais dilatada para captar a luz. Resultado: Mesmo com a correção total do vício de refração, na penumbra estas aberrações comprometem até 20% da acuidade visual. Técnicas personalizadas acabaram com o problema. Uma delas é o Wavefront e a outra o Topolink. Queiroz Neto explica que em ambas os olhos são examinados por um equipamento conhecido como aberrômetro. Pelo Wavefront é feito o mapeamento da córnea, cristalino e corpo vítreo.

O resultado deste exame guia o laser na correção dos erros refrativos, eliminando as aberrações detectadas no pré-operatório. Já no Topolink o laser é guiado pela topografia da córnea. O pré-operatório inclui o mapeamento de 25 mil pontos da superfície corneana, imagens do posicionamento da pupila em relação à íris (parte colorida do olho) e do diâmetro pupilar em diferentes níveis de luminosidade.

O médico diz que as cirurgias personalizadas atingem resultados entre 10 e 15% mais precisos que a refrativa convencional. Significa que não corrigem todas as aberrações, mas é o fim da visão noturna distorcida que incomoda 2 em cada 10 pessoas que corrigiu a visão pelas técnicas anteriores. A boa nova é que quem já passou pela operação e enxerga halos noturnos pode eliminar o problema através de retoque feito com novas técnicas Cirurgia de Catarata Já Pode Eliminar Astigmatismo

Estas tecnologias também quebram barreiras da cirurgia de catarata que substitui o cristalino natural por uma lente intra-ocular. Isso porque, explica Queiroz Neto, o mapa da refração em conjunto com o software usado no pré-operatório da catarata permite quantificar o poder do astigmatismo e calcular o eixo exato da visão. Neste caso, comenta, a correção total pode ser feita com lentes tóricas que já contém o grau de astigmatismo. Ele diz há pouco tempo a correção do astigmatismo na cirurgia de catarata exigia duas cirurgias – implante de lente intra-ocular e ablasão refrativa. As novas tecnologias eliminam o problema só com o implante. Cada vez mais, observa, as novas tecnologias permitem tratamentos de acordo com as características de cada olho. A personalização veio para ficar e trazer mais qualidade de vida para todas as faixas etárias, conclui.

Imprensa: Eutrópia Turazzi - eutropia@uol.com.br

   

 

 
Mundo Mulher
Mundo Mulher
Mundo Mulher
box_veja