Mundo Mulher

Congelamento de Óvulos

Congelamento de Óvulos

Dr. Roger Abdelmassih

A solução está cada vez mais viável para as mulheres que preferem adiar a gravidez e para aquelas que têm algum dilema ético/religioso para congelar embriões Novos protocolos de congelamento – vitrificação - têm permitido a melhoria dos resultados de gravidez com óvulos congelados. As estatísticas ainda não são quantitativamente significantes, mas a qualidade dos resultados obtidos é muito animadora, segundo os especialistas. A agente de turismo Fernanda Vilela vive uma situação emblemática: de um lado, a mulher de 35 anos, solteira, sem marido em perspectiva e muito interessada em progredir na sua carreira profissional.

De outro lado, a mulher que quer, e muito, a aventura da maternidade. “Convivo com o dilema de ser mãe ou ser profissional desde os meus 20 anos. Sou muito família, acalento a idéia de ter meus filhos com muito carinho, mas agora não dá mesmo – primeiro por que não tenho nem namorado e segundo que este é o momento de investir no meu trabalho, que exige muitas viagens”, diz Fernanda. As clínicas de reprodução humana têm uma solução imediata para essas mulheres, entre outras que precisam adiar a gravidez: congelar os óvulos quando eles ainda estão numa idade reprodutiva saudável.

“A partir dos 35 anos, a fertilidade feminina começa o seu período de declínio. Quando a mulher tiver seus 40 anos, o seu corpo estará ainda ótimo para gestar um bebê, mas não para concebê-lo, pois os óvulos perdem muito a qualidade procriativa”, explica o dr. Roger Abdelmassih, dono da maior clínica do país, que disponibiliza o serviço de congelamento de óvulos. De acordo com alguns trabalhos de pesquisadores da técnica, o índice atual de aproveitamento dos óvulos descongelados chega a 80% - um número muito próximo do obtido com o congelamento de espermatozóides e embriões.

O congelamento de espermatozóides e de embriões foi relativamente fácil, e há muitos anos é bem sucedido. Mas com os óvulos não dava certo. O problema estava na hora de descongelar: sendo uma célula muito grande, a maior do corpo humano, a vasta área líquida congelada provocava alterações biológicas nos gametas, no momento do descongelamento – problema que a vitrificação está resolvendo com resultados animadores.

Congelamento de Óvulos

Quem se beneficia:

· mulheres que serão submetidas a tratamentos que comprometerão a qualidade dos seus óvulos: · quimioterapia, radioterapia, ooforectomia (extração cirúrgica dos ovários); · doenças auto-imunes: lupus eritematoso; glomerulonefrite, doença de Behçet · mulheres que têm dilemas éticos, morais ou religiosos em relação ao congelamento de embriões · mulheres que preferem adiar a maternidade em função da carreira profissional, entre outros motivos para o adiamento

Quem NÃO se beneficia:

· cientistas que pesquisam e desenvolvem linhagens de células-tronco a partir de células obtidas de embriões congelados. · são necessários de 60 a 220 embriões para que se possa estudar e desenvolver uma única linhagem de células-tronco. · o estoque de embriões congelados que poderia estar à disposição dos cientistas – aqueles rejeitados e doados pelas famílias – será insuficiente, dentro de poucos anos, caso o congelamento de óvulos venha a ser 100% bem sucedido.

Dr. Roger Abdelmassih Especialista em Reprodução Humana Dr. Roger Abdelmassih atua na área de reprodução humana há 35 anos e tem sido o introdutor no Brasil da maioria das novas técnicas de fertilização in vitro, como a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI), em 1992. O especialista tem mais de 300 trabalhos científicos publicados no exterior e proferiu cerca de 700 palestras em congressos e cursos nacionais e internacionais, ao longo de sua carreira. Formado em 1968 pela Unicamp, especializou-se em Urologia e Andrologia, tendo sido professor dessas cadeiras na mesma universidade. Sua Clínica e Centro de Pesquisa, com sede em São Paulo, conta com especialistas de renome internacional e atende a pacientes de todos os continentes, graças aos resultados de gravidez apresentados - que se equivalem aos dos melhores centros de reprodução assistida do mundo: mais de 6.500 bebês nascidos, desde o início de atividade da Clínica, em 1989. Dr. Roger é paulista de São João da Boa Vista, tem 63 anos, 5 filhos e 12 netos.

     

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