Cirurgia Plástica
Cirurgia Plástica
Na semana passada, a revista Vanity Fair revelou que foram tantas as cirurgias que hoje o artista teria apenas uma prótese no lugar do nariz, utilizada em público.
Polêmicas à parte, o caso levanta a questão: quais são os limites da cirurgia plástica? De acordo com Marcos Grillo, PhD em cirurgia plástica e professor da Universidade Federal do Paraná, “a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica tem empreendido esforços para coibir os profissionais que insistem em mercantilizar a especialidade.
Faz parte da medicina explicar toda a indicação de um tratamento, seus prós e contras, e quais os resultados que se pode alcançar. Cirurgia plástica não faz milagres, apenas aperfeiçoa as formas do corpo como um todo”.
Para Grillo, a verdade sobre o número de rinoplastias (cirurgias plásticas de nariz) a que foi submetido o astro pop dos anos 80 deve estar próxima de oito. “O nariz negróide (nome científico utilizado quando se trata de características da raça negra), exibe asas alargadas, ponta bulbosa (batatuda) e pouco projetada, pele espessa e dorso baixo. Tamanha modificação é resultado de diversos procedimentos cirúrgicos. O resultado é ruim, mas não procede a informação de que o cantor usa prótese.”
O especialista brasileiro argumenta que Stephen Hoefflin, cirurgião plástico responsável pelas duas últimas intervenções em Michael Jackson, esteve no Brasil no ano passado e explicou como utilizou uma porção de enxertos de cartilagem para melhorar a projeção do nariz do cantor.“Diariamente recebemos pacientes que chegam ao consultório como se estivessem chegando ao lugar certo para resolverem seus problemas, estéticos ou não. Buscam resultados milagrosos. Cabe a nós, bons profissionais, agir com honestidade suficiente para contra-indicarmos uma cirurgia quando necessário ou determinarmos seus limites”, encerra Grillo.
Fonte: Marcos Grillo, cirurgião plástico de Curitiba
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