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Cirurgia Plástica

   


Cirurgia Plástica

Desde  que  foi  ao  ar  um  documentário  realizado  pela  inglesa  BBC  News,  se  multiplicam  os  comentários  sobre  a  excentricidade  de  Michael  Jackson,  principalmente  com  relação  ao  número  de  cirurgias  plásticas  às  quais  o  cantor  se  submeteu. 

Na  semana  passada,  a  revista  Vanity  Fair  revelou  que  foram  tantas  as  cirurgias  que  hoje  o  artista  teria  apenas  uma  prótese  no  lugar  do  nariz,  utilizada  em  público.

Polêmicas  à  parte,  o  caso  levanta  a  questão:  quais  são  os  limites  da  cirurgia  plástica?  De  acordo  com  Marcos  Grillo,  PhD  em  cirurgia  plástica  e  professor  da  Universidade  Federal  do  Paraná,    “a  Sociedade  Brasileira  de  Cirurgia  Plástica  tem  empreendido  esforços  para  coibir  os  profissionais  que  insistem  em  mercantilizar  a  especialidade. 

Faz  parte  da  medicina  explicar  toda  a  indicação  de  um  tratamento,  seus  prós  e  contras,  e  quais  os  resultados  que  se  pode  alcançar.  Cirurgia  plástica  não  faz  milagres,  apenas  aperfeiçoa  as  formas  do  corpo  como  um  todo”.

Para  Grillo,  a  verdade  sobre  o  número  de  rinoplastias  (cirurgias  plásticas  de  nariz)  a  que  foi  submetido  o  astro  pop  dos  anos  80  deve  estar  próxima  de  oito.  “O  nariz  negróide  (nome  científico  utilizado  quando  se  trata  de  características  da  raça  negra),  exibe  asas  alargadas,  ponta  bulbosa  (batatuda)  e  pouco  projetada,  pele  espessa  e  dorso  baixo.  Tamanha  modificação  é  resultado  de  diversos  procedimentos  cirúrgicos.  O  resultado  é  ruim,  mas  não  procede  a  informação  de  que  o  cantor  usa  prótese.”

O  especialista  brasileiro  argumenta  que  Stephen  Hoefflin,  cirurgião  plástico  responsável  pelas  duas  últimas  intervenções  em  Michael  Jackson,  esteve  no  Brasil  no  ano  passado  e  explicou  como  utilizou  uma  porção  de  enxertos  de  cartilagem  para  melhorar  a  projeção  do  nariz  do  cantor.“Diariamente  recebemos  pacientes  que  chegam  ao  consultório  como  se  estivessem  chegando  ao  lugar  certo  para  resolverem  seus  problemas,  estéticos  ou  não.  Buscam  resultados  milagrosos.  Cabe  a  nós,  bons  profissionais,  agir  com  honestidade  suficiente  para  contra-indicarmos  uma  cirurgia  quando  necessário  ou  determinarmos  seus  limites”,  encerra  Grillo.

Fonte:  Marcos  Grillo,  cirurgião  plástico  de  Curitiba
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