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Gripe ou resfriado, como saber?

07/07/2011 

A Dra. Cristiane Passos Dias Levy, Alergologista e Otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica diferenças entre a gripe e o resfriado

Nesta época do ano, em que as temperaturas ficam mais baixas e o ar mais seco, é muito frequente o aparecimento dos picornavírus e dos rinovírus, causando uma grande variedade de doenças respiratórias. Segundo a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, Alergologista e Otorrinolaringologista do Hospital Paulista, “estes vírus são transmitidos com facilidade de pessoa a pessoa, por meio de gotículas infectadas que são expulsas ao tossir, ao espirrar e no contato direto com secreções infectadas transportadas nos dedos”.

A médica explica que o resfriado comum, é a doença infectocontagiosa viral que mais acomete o ser humano. É uma infecção viral do revestimento do nariz, dos seios paranasais, da garganta e das grandes vias respiratórias, causando coriza, espirros, obstrução nasal, irritação na garganta e aumento da temperatura corpórea. As crianças pré-escolares apresentam de 3 a 8 episódios anuais por criança.

Já os casos de gripe são mais intensos com febre alta, dores no corpo, na cabeça e na garganta, fraqueza, mal estar geral, calafrios e tosse intensa. Nos casos de rinite, o paciente apresenta coriza, espirros, obstrução nasal e coceira no nariz.

“Com o ar seco e o aumento da poluição, os pacientes podem apresentar um quadro de rinite irritativa, causando coceira e ressecamento da mucosa nasal, além de causar mais crises nos pacientes que apresentam alergia respiratória”, avalia a Doutora.

Ainda segundo a Dra. Cristiane, “o motivo pelo qual cada um tem mais probabilidade de se infectar em momentos distintos não é de todo conhecido. Sabe-se que a exposição ao frio não faz com que alguém se constipe e tampouco que isso aumente a sua susceptibilidade a infectar-se com um vírus respiratório. O alerta é para ambientes mais fechados nas baixas temperaturas, onde os vírus que aí circulam no ar conseguem melhores condições de se procriarem e de infectarem os indivíduos”.

É interessante assinalar que muito antes que os vírus fossem descobertos, Benjamin Franklin, físico, inventor e político norte-americano do século XVIII, observou que o resfriado era consequencia do contato com uma pessoa doente, e não da exposição ao frio ou à umidade; em outras palavras, assinalou o caráter contagioso desta doença.

No entanto, aqueles que se encontram cansados ou manifestam ansiedade, os que têm alergias no nariz ou na garganta e as mulheres que estejam a meio do seu ciclo menstrual são mais propensos a acusar os sintomas de um resfriado.

A gripe dura cerca de 1 a 2 semanas e o resfriado, em geral, dura cerca de 4 a 7 dias, ambos desaparecendo à medida que o organismo melhora suas defesas.

Contudo, nada impede que uma mesma pessoa tenha episódios repetidos das citadas doenças, causadas por outros germes. Tanto a gripe como o resfriado, podem se complicar, principalmente, quando a pessoa está com baixa imunidade, o que é comum em crianças pequenas, idosos, asmáticos e pessoas com doenças crônicas, ocorrendo inflamação do ouvido (otite) e dos seios da face (sinusite), além de piorar as crises asmáticas e bronquites.

As dicas da especialista estão nas medidas preventivas e em manter uma boa higiene. “Mantenha uma alimentação saudável, ingerindo bastante líquidos, economizando energia, respeitando o tempo de sono, lavando as mãos com frequencia e evitando o contato com os olhos, nariz e boca. É importante manter sempre o ar ambiente circulando, impedindo o aumento da concentração de vírus e use lenços descartáveis e limpe todas as superfícies. São atitudes que pode ajudar muito a reduzir a sua propagação”, comenta.

O repouso, o uso de antitérmicos em caso de febre, as nebulizações e os descongestionantes nasais, quando prescritos por médicos, ajudam no combate aos sintomas das doenças e, os antibióticos, só quando houver complicações bacterianas.

O Ministério da Saúde, por intermédio da Fundação Nacional de Saúde, promove uma campanha anual de vacinação contra a gripe, tétano e difteria, simultaneamente, em todo o País, com o objetivo de alcançar a população a partir dos 60 anos de idade, maior vítima das infecções respiratórias. “A vacina reduz o risco de gripe em até 90% no caso de pessoas saudáveis, mas os resfriados, provocados por outros vírus, não são prevenidos com a vacina. Em casos urgentes, procure um especialista o quanto antes”, explica a médica.

 

Sobre o Hospital Paulista


Fundado em 1974, o Hospital Paulista ampliou competência para outros segmentos, durante sua trajetória, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, Halitose, procedimentos para Cirurgia Cérvico Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Em localização privilegiada (próximo ao Metrô Santa Cruz), possui 55 leitos e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, por mês: 600 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e Pronto Socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.

Referência em Otorrinolaringologia e com alta resolutividade, apresenta índice de infecção hospitalar próximo à zero.

Dispõe de profissionais de alta capacidade, professores-doutores, sendo catalisador de médicos diferenciados e oferece excelentes condições de suporte especializado 24 horas.

Soraya Simón - ssimon@acpcomunicacao.com.br


 

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