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Distúrbios do Sono - parte 2

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Distúrbios do sono:

Especialistas em sono identificaram mais de 100 diferentes distúrbios no sono que vão desde problemas menores até alguns que podem atentar seriamente contra a saúde.

Polissonografia: exame detalhado para descobrir os distúrbios do sono.

Passar uma noite num hospital cheia de fios pendurados pelo corpo e sendo observada o tempo todo. Parece coisa de Reality Show. Mas na verdade é a polissonografia, exame detalhado para descobrir os distúrbios do sono.

Este exame é realizado em laboratórios do sono. Os profissionais fazem de tudo para tornar o ambiente agradável: o colchão é confortável, pode-se controlar a temperatura, a iluminação e ainda é possível levar o seu próprio travesseiro.

Assim começa um exame capaz de detectar nada menos do que 87 distúrbios do sono.

A polissonografia detecta os seguintes distúrbios:

• Ronco;

• Apnéia;

• Insônia;

• Narcolepsia;

• Bruxismo;

• Parassonias;

• Síndrome das pernas inquietas.

Os distúrbios mais comuns são os seguintes:

Ronco

Uma em cada oito pessoas ronca e os homens são mais propensos a ele do que as mulheres. De costas, a língua cai sobre a garganta e bloqueia o ar. Na realidade, quem ronca dorme mais placidamente. Mas, com certeza, seu eventual acompanhante não. Se o seu companheiro ronca, faça com que ele durma de lado ou que eleve sua cabeça apoiando-a sobre mais de um travesseiro. Outra sugestão é colocar 2 calços de 10 cm nos pés da cabeceira da cama, para incliná-la um pouco, colocando a cabeça num nível mais alto que o corpo.

A vibração: se o palato mole e a úvula (“campainha”, no fundo da boca) estão muito próximos ou relaxados demais, eles vibram quando o ar passa. É o ronco.

Apnéia

O ronco prolongado e sonoro pode ser um alarme que indica a proximidade de um problema potencialmente. A pessoa com apnéia crônica durante o sono deixa de respirar por períodos de até 2 minutos, dezenas de vezes em uma noite. A causa pode ser uma via respiratória ou uma interrupção de sinais nervosos dentro o cérebro e o diafragma. A apnéia é perigosa, pois falta ao cérebro oxigênio necessário para o seu correto funcionamento. 60% dos homens com mais de 50 anos sofrem de apnéia, que causa diminuição de atenção, concentração e memória. A obesidade aumenta o risco de tê-la e torna-se muito perigosa em pessoas com pressão arterial alta. Durante a apnéia, o indivíduo tem pequenos despertares que interrompem o sono, prejudicando o descanso.

Bruxismo

Mais de 20% dos homens, mulheres e crianças rangem os dentes de forma inconsciente durante o sono. Algumas vezes o problema pode ser dental, mas na maioria das vezes é um problema nervoso. Há um método muito simples que vem causando satisfação para mais de 75% das pessoas afetadas por este distúrbio, quando praticado por um período de três semanas. Durante o dia, deve-se contrair as mandíbulas por um lapso de 5 a 10 segundos, a operação deve ser realizada 10 vezes por dia. Existem também moldes plásticos confeccionados por dentistas que preservarão os dentes e evitarão ruídos.

Narcolepsia:

Sonolência diurna excessiva com tendência a dormir em horas impróprias. De origem genética, a doença pode estar associada a outros distúrbios do sono.

Síndrome das pernas inquietas:

Movimento irresistível dos membros inferiores, acompanhado de sensações de “arrastamento” das pernas.

Parassonias:

São decorrentes da ativação do sistema nervoso central. As mais comuns são despertar confusional, terror noturno e sonambulismo.

Sonambulismo:

Manifesta-se quando se caminha ou se fala dormindo. 3% dos adultos sem distinção de sexo, caminham dormindo regularmente. 15% das crianças entre 6 e 12 anos (a maioria delas do sexo masculino) caminharam ao menos uma vez quando dormiam e 6% delas o fazem uma vez por semana. Este distúrbio apresenta-se durante a fase de sono mais profundo e um mal-funcionamento cerebral leva o indivíduo de um estado de inconsciência a uma zona de despertar psicológico parcial. Está demonstrado que o sonambulismo tem causa genética, assim como os pesadelos noturnos e a transpiração copiosa. 1 em cada 5 pessoas fala dormindo e isto produz-se durante a fase mais leve do sono. Não se produz uma conversa com sentido, mas sim palavras soltas e respostas sem sentido.

Saiba mais:

O ronco pode ser um aviso de que o seu coração corre um risco danado durante o sono.

A vibração: se o palato mole e a úvula (a “campainha” no fundo da boca) estão muito próximos ou relaxados demais, eles vibram quando o ar passa. É o ronco.

O bloqueio:o palato, a úvula e mais o fundo da língua podem acabar obstruindo a faringe. Isso impede a passagem do ar e interrompe a respiração por até 40 segundos. Trata-se da apnéia.

O susto: quando o cérebro percebe que começa a faltar oxigênio, ordena uma descarga de um hormônio liberado em situações de perigo, a adrenalina. Ela acelera os batimentos cardíacos, aumenta a freqüência respiratória e contrai os vasos sanguíneos, o que leva a pressão às alturas. Pode ser o começo de um infarto ou um derrame.

Saiba mais sobre a narcolepsia.

Excesso de sono também é capaz de indicar uma disfunção. A hipersonolência diurna é um problema que pode ter sérias conseqüências. A pessoa está mais sujeita aos acidentes domésticos, de trabalho e de transito e enfrenta dificuldades no rendimento escolar e nos relacionamentos sociais.

A hipersonolência, por sua vez, pode ser um dos principais indícios de um distúrbio conhecido como narcolepsia. De acordo com a literatura médica, ele afeta uma em cada 2 mil pessoas. Apesar de dormir a noite toda, o narcoléptico costuma ter acessos de sono incontroláveis durante o dia.

Não é fácil detectar a narcolepsia. A confusão é simples: normalmente ela aparece na adolescente, quando os jovens já tem uma tendência a dormir mais.

Apagar sem motivo durante o dia, despertar inúmeras vezes por frações de segundo à noite e ter sonhos que parecem assustadoramente reais são outros sintomas do mal.

Por isso, flagras a narcolepsia é trabalho para uma bateria de exames. A avaliação inaugural é a polissonografia, que monitora o sono no decorrer de uma noite.

Ainda não existe uma cura para a narcolepsia. As pesquisas mais recentes pretendem encontrar uma substância capaz de imitar as funções do neurotransmissor em falta. Mas, para debelar os sintomas (e até para prevenir acidentes), existem remédios que diminuem a sonolência, mas para isso é preciso orientação médica.

Você é sonolento?

A escala de Epworth é um teste muito usado pelos médicos para ajudar a descobrir a hipersonolência e a narcolepsia. Este teste foi criado pelo especialista australiano Murray Johs e tornou-se uma ferramenta essencial para o diagnóstico desses distúrbios. É só responder, de acordo com o gabarito, à pergunta:

Teste

Qual a probabilidade de você cochilar ou adormecer nas situações apresentadas?

1- Sentado e lendo:

a) Nenhuma chance

b) Chance pequena

c) Chance moderada

d) Chance alta

2- Assistindo TV.

3- Sentado e quieto num lugar público, sem atividade (cinema, sala de espera, reunião).

4- Andando 1 hora sem parar como passageiro de um trem, ônibus ou carro.

5- Se tiver de carro, enquanto pára por alguns minutos no trânsito intenso.

6- Deitado para descansar à tarde, quando as circunstâncias permitem.

7- Sentado, conversando com alguém.

8- Sentado calmamente após o almoço, sem ter tomado bebida alcoólica.

Some sua Pontuação

A- Zero

B- 1 Ponto

C- 2 Pontos

D- 3 Pontos

Resultados

0 a 10 Pontos:

Normal

10 a 16 Pontos:

Sonolência moderada

20 a 24 Pontos:

Sonolência severa

Insônia

Os egípcios comparavam o fato de estar deitado em uma cama sem conseguir dormir com um “inferno vivo”. A cada noite, milhares de homens e mulheres transitam por este reino de silencioso sofrimento e 1 em cada 3 adultos não consegue dominar seu cansaço e obter um descanso reparador.

A insônia é o termo mais utilizado para descrever um problema relacionado com o sono, podendo ser classificada em três categorias:

Transitória:

É a mais comum e geralmente manifesta-se em qualquer pessoa em momentos que antecedem um evento importante, como: um exame, uma entrevista de trabalho ou a final de um campeonato.

De curto prazo:

É a insônia que persiste durante várias semanas e nasce de uma situação de estresse ou de crise, tal como a doença de um membro da família ou a perda do emprego.

De longo prazo

Denomina-se crônica e pode trazer sofrimento por meses e às vezes por anos.

Em todas as suas manifestações, a insônia envolve a pessoa em um círculo vicioso; sente-se muito preocupada por não poder dormir e não dorme porque está muito preocupada.

Em 3 categorias, a insônia pode ser tratada e curada. Não é aconselhável a automedicação.

E se a insônia supera a categoria de curto prazo, aconselha-se analisar a situação com um médico.

A cama é lugar de dormir. Algumas medidas simples são capazes de tornar o quarto um ambiente convidativo para o bem-dormir e afastar substâncias e atitudes estimulantes. É o que os médicos chamam de higiene do sono e de controle de estímulos. Evite assistir televisão no quarto. Ainda melhor é levar o aparelho para a sala. A luminosidade da tela é acusada de instigar a insônia em algumas pessoas.

Uma pesquisa concluída em junho na Universidade de Akita, no Japão, iluminou ainda mais a questão. Os médicos de lá descobriram que estudantes que jogavam videogame à noite tinham níveis menores de melatonina, o hormônio que induz ao sono.

No Japão, segundo um outro estudo recente, 53,7% dos usuários da Internet passaram a dormir mais tarde até 45% deles tiveram menos hora de sono.

Sete homens jovens, com uma média de 24,7 anos, para testar a relação entre luminosidade dos jogos eletrônicos e a dificuldade de pegar no sono. O resultado, em resumo, aponta que jogar videogame em telas brilhantes suprime as alterações noturnas da concentração de melatonina e de outros indicadores do relógio biológicos dos seres humanos.

O alongamento antes de dormir deveria fazer parte da rotina de todos, pois atua diretamente nos músculos, deixando-os relaxados. A sensação de desconforto e as dores provocadas pela tensão muscular dificultam o sono.

Se ainda estiver difícil pregar o olho, mesmo depois de tantas dicas, não há outra saída: saia da cama e vá fazer algo relaxante. Volte para lá apenas quando estiver sonolento, pois passar muito tempo acordado no leito, tentando dormir, não ajuda nada.

Outra atitude, digamos “sonoterapêutica” é manter uma rotina regular, com horários certos para comer, tomar remédios ou praticar qualquer tipo de atividade. Métodos como a reflexologia, que trata-se de uma massagem nos pés utilizando o toque para fazer com que o organismo volte ao seu estado natural de equilíbrio e relaxamento.

A massagem pode contribuir para afastar os distúrbios do sono, pois ajuda a amenizar o estresse.

Também realizaram um estudo sobre técnicas de relaxamento e ansiedade, onde foram utilizados exercícios respiratórios da pranayama, a linha indiana da ioga. Percebeu-se que depois de três meses de treinamento o grupo observado teve uma redução no nível de ansiedade de 50,7 para 38,3, de acordo com um teste específico de mensuração, o Idate.

Indicar exercícios físicos ajuda a melhorar a qualidade do sono, mas fazemos uma advertência importante: evite essas atividades próximas ao horário de dormir. Para aqueles que não costumam praticar esportes, os treinos noturnos fortes podem causar insônia. O exercício provoca a liberação das catecolaminas, como a noradrenalina, dopamina e adrenalina. São estimulantes que dificultam o adormecer.

Os músculos não acostumados com esforço podem chegar ao estágio de fadiga, o que é sinônimo de dor e desconforto.

Quanto maior a temperatura corporal, menor é a produção e a liberação da melatonina, hormônio que ajuda na indução do sono.

Saiba mais

• 1/3 da humanidade tem tendência à insônia. É como se todos os habitantes desta área iluminada do globo fossem propensos ao distúrbio.

• O sexo feminino é o que mais sofre com o problema: 42,3% sofrem de insônia.

• Poucos insones se tratam: 69% nunca discutiram o problema com um médico;

• 26% tocam no assunto quando vão ao médico por outra razão;

•5% foram ao médico para isso.

Dos que sofrem de insônia:

• 25% têm dificuldade de iniciar o sono;

• 36% tem dificuldade de manter o sono;

• 24% sofrem de um despertar precoce;

• 40% despertam cansados.

Como dormir

A melhor maneira de dormir é aquela que permita o relaxamento total dos músculos, principalmente as musculaturas das costas, da região lombar, dorsal e cervical; as quais durante todo o dia não tem descanso.

Dormir de bruços:

É proibido dormir de bruços, pois a força lombar e a cervical; acentua problemas de lordose, lombalgia e escoliose.

Barriga para cima:

Só aceito se colocado um almofadão embaixo dos joelhos, a fim de evitar lombalgia. O joelho semi levantado faz encaixar o quadril e compensar a lordose (curvatura da lombar). Utilizar travesseiro baixo, para não forçar a cabeça e a cervical.

Posição fetal:

É a posição mais recomendada. Esta posição consiste em ficar de lado com as pernas levemente dobradas, o travesseiro deve preencher o espaço entre colchão, ombro e cabeça. Muitas vezes um travesseiro entre os dois joelhos aumenta o conforto nesta posição. É a posição mais recomendada.

• Lombalgia: contratura crônica da musculatura da lombar.

• Lordose: curvatura acentuada da lombar acima da normalidade.

• Escoliose: curvatura da coluna na forma de S. onde um dos ombros fica mais baixo que o outro, transformando a coluna num formato da letra S.

Travesseiro?

O travesseiro deve funcionar como instrumento de compensação, evitando que o peso da cabeça force a coluna cervical e sua musculatura. Portanto, o material definirá o nível de toque e conforto. Porém, deve-se estar atento para a espessura do travesseiro. Precisa ter a mesma espessura para preencher o espaço entre ombro e cabeça, a fim de não forçar a cervical.

Diagnóstico pessoal

• Faça sua alto avaliação

• Realize seu próprio diagnóstico:

1- Você deita e dorme sempre no mesmo horário?

a) Sempre

b) Às vezes

c) Nunca

2- Quando se deita você já está sonolento?

a) Na maioria das vezes

b) Não me recordo

c) Não tenho sono quando me deito

3- Você possui e pratica um mesmo ritual para dormir?

a) Possuo e pratico

b) Possuo mas sofro variações de dia p/ dia

c) Não possuo

4-Com que nível de ruído você dorme?

a) Ausência de ruído

b) Algum ruído

c)Nível alto

5-Seu ambiente de dormir é arejado, com boa temperatura?

a)Totalmente

b)Em parte

c)Não

6- Com que nível de luminosidade você dorme?

a)Baixa

b) Média

c)Alta

7-Qual o nível de odor que você enfrenta durante a noite?

a) Baixo e/ou agradável

b) Médio e/ou indiferente

c) Alto e/ou desagradável

8) Você se alimenta quanto tempo antes de se deitar?

a) Superior a duas horas

b) Entre uma e duas horas

c) Uma hora antes ou menos

9) Qual a qualidade de suas refeições dos alimentos à noite?

a) Sempre alimentos leves como salada e proteínas sem gorduras

b)Ás vezes alimentos leves e às vezes pesados

c)Sempre alimentos completos, elaborados e pesados.

10) O que você bebe antes de dormir?

a)Toma leite quente ou chás digestivos s/ cafeína

b)Não ingere nem um item da opção (a)

c)Álcool, café, guaraná, energizantes

11) Nos fins de semana, todos os seus hábitos e regras para dormir se modificam?

a) Nunca

b) Ás vezes

c) Sempre

12) Antes de se deitar e adormecer você costuma mentalizar fatos e dias?

a) Lembra-se só de coisas boas que trazem felicidade ou não pensa em nada.

b) Não tem padrão definido, depende do dia-a-dia

c) Que irritam e trazem apreensão

13- O número de horas que você dorme permite que se sinta descansado?

a)Sempre

b)Às vezes

c)Nunca

14- Você acorda durante a noite por motivos fisiológicos?

a) Nunca acorda

b) Uma vez

c) Mais de duas vezes

15- Você acorda durante a noite sem motivo?

a) Não ou não se lembra

b) Eventualmente com freqüência de despertar baixo

c) Sempre com freqüência

16- Você tem algum trabalho físico acima de 30 minutos diários?

a) Todo dia

b) Três vezes por semana

c) Nunca

17- Qual o tempo que você leva para se deitar após o esforço físico?

a) Acima de quatro horas (se o esforço físico for baixo)

b) 2 a 4 horas antes de dormir

c) Uma hora antes de dormir ou menos

18- seu colchão apresentada deforma como buracos, rachaduras, etc.?

a) Não apresenta

b) Em parte

c) Em grande escala

19- Seu colchão está com a garantia/ validade vencida?

a) Não está vencida

b) Sim, há menos de 2 anos

c) Sim, há mais de 2 anos

20- Ao acordar, você se sente renovado?

a) Sempre

b) Às vezes ou em parte

c)Não

Observe:

Toda letra A vale 0 ponto

Toda letra B valo 10 pontos

Toda letra C vale 20 pontos

Se você vez de 400 pontos a 300 pontos, você está com problema. Você deve possuir problemas fisiológicos, de posturas e/ou de ambiente para dormir, precisa de auxílio médico. Procure um médico com urgência.

Se você fez de 300 a 200 pontos, observe os itens das letras B e C e tente corrigi-los, principalmente os que dependem da sua postura e de ambiente para dormir. Se não conseguir evoluir na qualidade do seu sono, procure auxílio de um médico.

Se você faz de 200 a 100 pontos, é um privilegiado. Basta corrigir detalhes e terá vida longa. Ver itens B e C e tente corrigir.

Se você fez de 100 a Zero ponto, podemos dizer que a vida sorri para você, pois tem tudo para viver na melhor qualidade de vida possível.

Conclusão:

Caso queira melhorar o nível de descanso, basta seguir a orientação na posição “A” do teste. Trata-se da mais correta; preenchendo em 100% você terá nível máximo de descanso.


 
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