Mundo Mulher

Respiração Bucal

O homem foi feito para respirar pelo nariz, quando isto não ocorre, por diversos e diferentes fatores acarreta problemas que vão, desde a deformidade da face até gripe frequêntes e crises de asma.
É, portanto, uma patologia que deve ser tratada o mais cedo possível. Quando a criança não consegue respirar pelo nariz, obriga-se à adaptações muda a posição da língua, deixa o lábio inferior afrouxar-se projeta a cabeça para frente, o que acaba por modificar-lhe a fisionomia, dando-lhe um semblante "triste e cansado".
"Com o tempo, essas adaptações de postura do paciente acabam levando à alterações da face, que fica mais alongada e estreita, à oclusão dos dentes de cima com os de baixo, além de modificar as funções das quais a boca participa, como a mastigação e a fala" diz o médico Charles Naspitz, professor titular do departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo(UNIFESP).
Segundo o professor. Luc Louis Maurice Weckx também da UNIFES, o ser humano utiliza o nariz não somente para usufruir do alfato, mas também para possibilitar que o ar respirado chegue aos pulmões devidamente filtrado, aquecido, umidificado.
"Nos chamados respiradores bucais, o ar vai para as vias aéreas inferiores, do "jeito que entra" e pode ser agressivo principalmente naqueles com asma brônquica".
Como as causas são as mais diferentes, o diagnóstico tem que ser feito e o tratamento na maioria das vezes é multidisciplinar, envolvendo: pediatras, outorrinos, dentistas, alergistas, ortodontistas, fonoaldiologos e fisioterapeutas. Muitas vezes exige cirurgia (retirada de adenóide ou de amídalas ou correção de desvio de septo).




_ Quando suspeitar da respiração bucal:

O respirador bucal passa a ter sua língua repousando no assoalho bucal, deixando de exercer pressão no palato, o que vai ocasionar estreitamento do maxilar com conseqüête palato duro ogival.
O maxilar mais estreito provoca tambèm estreitamento da arcada dental superior, ocasionando a mordida cruzada posterior.
O respirador bucal mastiga pouco, ajuda com líquidos, faz caretas para engolir e prefere líquidos a sólidos.
A mandíbula caída da boca aberta, associada ao maxilar estreito, torna a face mais longa e estreita, principalmente nos indivíduos com herança genética para o crânio dolicocéfalo.
Pode ter alterações na pronúcia de fonemas que utilizam a ponta da língua (T,D,N,L,S,Z)

Causas mais frequentes:
Massas nazais

Podem ser representadas por pólipos nasais ou nasossinusais, corpos estranhos (rinorréias unilateral e mau cheiro) e turmores, como cisto sebáceo, glioma nasal, cisto de ducto nasolacrimal, papiloma, etc. Embora não representem as etiologias mais frequentes de obstrução nasal, mostram a necessiade de exame otorrinolarigológico. A conduta é cirúrgica.

Fossas nazais estreitas:

Geralmente conseqüêntes a um hipodesenvolvimento do maxilar, com alterações nos andares nasal e bucal, podem ser constitucional ou fazer parte de síndromes congênitas.

Síndrome de Pierre Robim:

É um exemplo de obstrução das vias aéreas superiores em nível de hipofaringe: principalmente ao deitar devido ao hipodesenvolvimento da mandíbola, a língua cai para trás, produzindo o quadro característico de apnéia obstrutiva do sono.

Macroglossais:

Podem ser decorrentes de hipertrofia muscular, hipotireodismo congênito, linfangioma, hemangioma ou Síndrome de Down. A língua grande causa problema de "conteúdo-continente" protraindo para frente e deixando a boca entreaberta.

Insuficiência Labial:

A falta de contato entre os lábios pode ser secundária a estados de hipotonia (isolada ou doenças neuromusculares) ou a alterações anatômicas (lábio superior curto); pode ser agravada por hábitos, como o de dormir com o dedo na boca, sem exercer sucção.

Respiração bucal por hábito:

Freqüentemente, um respirador bucal por apresentar boa permeabilidade das vias aéreas superiores - se solicitado a respirar voluntariamente pelo nariz, ele o faz; porém, logo que o ritmo retorna ao involuntário, ele volta a respirar pela bova; tem-se a sensação de que é mais fácil para ele respirar pela boca do que pelo nariz. A conduta é fonoterápica.

_ Ocorrência fonoaldiólogos mais comuns:

Alterações na postura e na musculatura de lábios, língua e bochechas caracterizadas pela flacidez dessas estruturas, levando o respirador bucal a manter a boca constantemente aberta, com protrusão lingual e uma aparência "mais triste e cansada".

Alterações das funções orais (respiração, mastigação, deglutição, fala e voz).

Para facilitar a passagem do ar pela boca, o organismo tende a realizar algumas modificações na postura corporal, caracterizada pela anteriorização da cabeça, ombros, distensão e flacidez abdominal.

Outras alterações de ordem emocional e social podem estar presentes pela mudança de compoetamento devido à irritabilidade, cançaço e desânimo, prejudicando contatos social e baixo rendimento escolar pela diminuição da atenção e da concentração.

Fonte: Jornal O Popular
Mundo Mulher
Mundo Mulher
Mundo Mulher
box_veja