Fonte: (foto - www.unimeds.com.br) Inaugurado em dezembro passado, o Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula, que conta com a direção médica de Riad Younes, um dos maiores especialistas no país em câncer de pulmão, se prepara para lançar um programa intensivo de prevenção de câncer. "É muito mais viável prevenir do que tratar", afirma Younes, que já atendeu cerca de duas mil pessoas no programa de combate ao fumo do Hospital do Câncer, e que espera implantar, já em fevereiro, o mesmo serviço no Instituto de Oncologia.

De acordo com o oncologista, o programa intensivo de prevenção de câncer no pulmão que vai ser implementado no IOHSP visa principalmente garantir uma assistência completa ao fumante, que deverá passar por uma avaliação clínica e psicológica e receber um tratamento individualizado: "Se o paciente sofre de depressão, por exemplo, primeiro deve ser atendido por um profissional especializado e só então ser introduzido no programa antifumo. Nessa fase, já será possível decidir se a abordagem utilizada será tão somente comportamental ou se haverá necessidade de medicamentos", afirma Younes.

Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) informam que podem ter surgido mais de 21 mil novos casos de câncer de pulmão em 2002, sendo que em 90% dos casos os pacientes são fumantes. "Quem fuma um maço de cigarro por dia, terá 25 vezes mais chances de desenvolver a doença do que o não fumante. Para aqueles que fumam meio maço, ou seja, dez cigarros ao dia, esse número baixa para oito vezes. Embora menor, o risco é ainda muito grande. Até mesmo o fumante passivo, aquele que convive com fumantes e acaba aspirando fumaça, apresenta um risco uma vez e meia maior do que o não fumante", explica o médico.

Nos Estados Unidos, o câncer de pulmão é responsável por 160 mil novos casos ao ano, sendo o segundo tipo da doença que mais atinge homens e mulheres e perdendo apenas para o câncer de próstata e o câncer de mama, respectivamente.