Mundo Mulher

Depressão Pós-parto

Depressão Pós-parto

Tornar-se mãe representa uma profunda transformação na vida da mulher. É uma mudança intensa que pode ser cheia de alegria ou em alguns casos, um momento de grande instabilidade emocional, com a possibilidade de ocorrer depressão pós-parto (DPP), que afeta 10% das mulheres.

"Esse tipo de depressão pode começar logo nos primeiros dias ou a qualquer momento do primeiro ano após o parto", afirma a psicóloga Graziela Zlotnik Chehaibar. A mulher fica muito irritada, muda de humor facilmente, apresenta indisposição, tristeza profunda, desinteresse pelas tarefas do dia-a-dia e sensação de incapacidade de cuidar do bebê, podendo até, em casos extremos, ter pensamentos suicidas e homicidas em relação ao filho.

"Ser mãe é um momento muito importante e esperado pelas mulheres, mas a mãe tem que lidar com todas as transformações do corpo e muitas vezes não tem a atenção do marido ou da família, que acabam se interessando mais pelo bebê", comenta Graziela. Segundo ela, "a família tem que ser compreensiva e dividar toda a atenção entre a criança e a mãe, que por mais feliz que esteja com a maternidade também é mulher e quer se sentir amada e desejada, não apenas como mãe".

A mulher sente-se envergonhada em falar o que sente ao marido e à família, retardando o diagnóstico da doença. "A mãe sente-se culpada e não admite para si mesma que precisa de ajuda. Muitas vezes, ela acha que se assumir sua depressão estará rejeitando o filho", diz Graziela, e ressalta. "O diagnóstico da DPP deve ser feito o mais cedo possível para que o tratamento possa ser acompanhado por um psicólogo, auxiliado, muitas vezes, por um médico. O assunto é sério e exige análise de cada caso".

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