Dor constante e uma sensação de ardor na região pélvica são alguns dos sintomas da cistite intersticial, doença inflamatória que costuma atingir mulheres com idades entre 35 e 40 anos e, normalmente, confundida com outras anomalias do organismo feminino.

Outro fator a ser considerado é a alta incidência da cistite intersticial em mulheres que enfrentaram e/ou superaram grandes adversidades em suas vidas.

"Infelizmente, o primeiro diagnóstico nem sempre identifica com precisão a doença", explica Gisele Regina de Azevedo, mestra em Enfermagem, graduada pela USP e especializada em Estomaterapia, também pela USP, especialidade que trata dessas pacientes na esfera da enfermagem.

 "Por isso, quando tratadas inadequadamente, as pacientes procuram vários médicos e passam meses reclamando de dores que chegam a ser lancinantes", relata.

Por se tratar de uma doença cuja causa está relacionada também a fatores emocionais, o tratamento envolve uma mudança no modo de vida dessas mulheres.

"Caminhadas, aprender a relaxar adequadamente, terapias e atividades que contribuam positivamente para o equilíbrio psíquico são muito importantes", diz Gisele.

Porém, outras ações são necessárias, como os medicamentos, o estímulo elétrico e a reeducação alimentar. "Através dessas pequenas descargas elétricas, conseguimos diminuir o processo inflamatório na região, graças a propriedade elétrica de reordenar as células do local.

Além disso, a paciente deve fazer exercícios para fortalecer a musculatura pélvica e evitar a ingestão de adoçantes à base de aspartame, cafeína - inclusive chás - bebidas gasosas e frutas cítricas, por exemplo.

 Tudo isso afeta a mucosa da bexiga e aumenta ainda mais as conseqüências", explica a enfermeira.

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