Mundo Mulher

Otorrinolaringologista cuida da saúde dos ouvidos, nariz e garganta

21/10/2011

 
Especialista tem conhecimento aprofundado sobre as patologias que atingem estes órgãos.
 
No último dia 18/10 foi comemorado o Dia do Médico, data que parabeniza todos os profissionais que se doam por inteiro para promover a saúde e salvar vidas. Entre as inúmeras especialidades da medicina está a Otorrinolaringologia. O nome comprido, que faz muita gente enrolar a língua e é usado até em brincadeiras de soletrar pelas crianças, remete ao ouvido (Oto), nariz (rino) e laringe (laringo). “O profissional que atua nesta área tem uma ampla área de atuação envolvendo a face”, ressalta a otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cássia Cassou Guimarães.


A otorrinolaringologia atua nas doenças, aspectos estéticos e funcionais que envolve a cabeça, com exceção dos olhos, dentes e do cérebro. Por ser uma ampla área de atuação o especialista pode dividir funções com vários outros, como no caso da cirurgia plástica. “A audição, respiração, voz, garganta e outras questões relacionadas, como o sono, são de responsabilidade do otorrino. Até mesmo cirurgias faciais podem ser feitas por profissionais desta área”, aponta Rita, responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UFPR.


Dificilmente os pacientes têm como primeira opção o otorrinolaringologista. Em geral as pessoas recorrem a outros especialistas, como clínico-geral ou pediatra, para então serem encaminhados para o otorrino. “Esta é uma prática comum, mas não é necessariamente a mais correta. O ideal é buscar um profissional especializado quando o assunto é ouvido, garganta, ou nariz, garantindo mais segurança e assertividade no diagnóstico e também no tratamento”, pontua a médica, coordenadora do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ).
Sintomas como distúrbios respiratórios, obstrução nasal, alterações na voz e irritação nas cordas vocais e doenças infecciosas - como sinusite, rinite, faringite, amidalite e otite - que atingem o nariz, garganta e orelha devem ser tratados por um especialista em otorrinolaringologia. “Tonturas, zumbido, problemas auditivos e prevenção da surdez são condições que exigem a atuação do otorrino. O especialista também realiza plásticas faciais e cirurgias de tumores”, observa.


Para atuar neste campo da medicina é preciso cursar seis anos de medicina e após obter o diploma é necessário prestar residência na área específica de Otorrinolaringologia por até quatro anos. A profissão exige a atualização constante em eventos e congressos, assim como acontece em outros ramos da saúde. “É preciso levar em consideração a dificuldade para conseguir ser aprovado nos testes de admissão para o curso de medicina. Por isso é fundamental estar realmente preparado”, aconselha a especialista, que possui o título de mestre em clínica cirúrgica pela UFPR.
Ainda que haja dificuldades para se tornar um otorrinolaringologista no Brasil, o País é referência mundial nesta especialidade. A cirurgia de sinusite e um modelo de prótese para surdez – comercializado até hoje em vários locais do mundo – foram criados pelos brasileiros Ermiro de Lima e Olavo Encke, respectivamente. “O tratamento para o zumbido e o implante coclear obtiveram avanços significativos por aqui e trouxeram aumento na qualidade de vida de vários pacientes”, destaca. Mesmo com tanto prestígio é preciso cautela no momento de escolher um médico, que obrigatoriamente deve ter o registro no conselho competente.


Rita alerta que nem todos os otorrinolaringologistas possuem conhecimento aprofundado em determinadas questões elacionadas aos ouvidos, nariz ou garganta. Cada um escolhe os aspectos que considera mais interessante para trabalhar. “Muitos pacientes com zumbido, por exemplo, reclamam que já passaram por vários otorrinos e nenhum era capaz de indicar o tratamento correto ou no mínimo fazer o diagnóstico. É fundamental que o profissional que não tenha a formação necessária para determinada patologia oriente o paciente a buscar o especialista adequado”, acrescenta.

Rita Guimarães - canaldoouvido@gmail.com
 

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