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Como seu Filho Enxerga?

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COMO SEU FILHO ENXERGA

Cuidados com a visão começam na gestação.

O primeiro check-up visual deve ser feito logo após o nascimento e entre 2 e 3 anos de idade a primeira consulta oftalmológica. Poucas mães sabem, mas a visão dos filhos depende dos cuidados que têm com a própria saúde. Pode parecer exagero, mas para garantir a saúde visual das crianças os cuidados devem começar antes de o bebê nascer. Isso porque, de acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, doenças infecciosas como a rubéola, sífilis e toxoplasmose contraídas pela mãe durante a gravidez respondem por 38% da catarata congênita, maior causa de cegueira infantil que acomete 0,4% dos recém-nascidos no Brasil.

Logo que o bebê nasce, a mãe deve se certificar de que passou pelo “Teste do Olhinho” ou exame do reflexo vermelho. O médico explica que este exame é feito com um oftalmoscópio que emite luz sobre a pupila do recém-nascido. Quando esta luz é contínua significa que os olhos são saudáveis.

Se for descontínua indica presença de uma ou mais das doenças que levam à deficiência visual grave ou cegueira infantil:

· Catarata congênita: quando o cristalino é opaco, dificultando a visão. O tratamento é cirúrgico, consiste no implante de uma lente intra-ocular e deve ser feito após doze meses de vida por causa do rápido desenvolvimento do globo ocular neste período.

· Glaucoma: É o aumento da pressão intra-ocular, mais comum em filhos de pais consangüíneos. Pode ocorrer também, por trauma pós-cirúrgico de catarata congênita. Olhos excessivamente grandes podem ser sinal de glaucoma infantil. O tratamento é cirúrgico.

· Retinoblastoma – Tumor ocular que faz com que a criança tenha um reflexo esbranquiçado na região da pupila. É extraído com cirurgia.

· Estrabismo – Desvio dos olhos. Quando é vertical pode fazer a criança inclinar o pescoço para alinhar a visão e por isso nem sempre é percebido pelos pais. O tratamento é feito com óculos e pode requerer cirurgia.

· Retinopatia da prematuridade – Bebês prematuros não têm a estrutura ocular totalmente formada e podem ter problema na retina. No Brasil, 5% dos prematuros ficam cegos e o tratamento precoce reduz este índice para 0,5%.

· Obstrução congênita do canal lacrimal – Quando o duto do canal lacrimal é bloqueado por uma membrana. Resulta em lacrimejamento excessivo e freqüentes conjuntivites. O tratamento é feito com massagens ou cirurgia. O especialista diz que o excesso de lacrimejamento também pode indicar glaucoma, cílios voltados para dentro ou pálpebra entreaberta.

· Ptose – Ocorre quando uma ou as duas pálpebras são caídas a ponto de tapar a pupila e atrapalhar o desenvolvimento da visão. Requer cirurgia.

Quanto mais cedo estes problemas visuais forem detectados, mais fácil é a correção, ressalta o médico. Por outro lado, podem levar à cegueira irreversível, caso não sejam tratados até a idade de um ano.

PRIMEIRA CONSULTA DEVE SER ANTECIPADA SE OS PAIS USAM ÓCULOS

Queiroz Neto diz que a visão se desenvolve até a idade seis anos e dependendo do obstáculo neste período pode causar danos irreparáveis. Por isso, a primeira consulta oftalmológica deve ser feita aos 3 anos de idade. Quando os pais usam óculos ou a criança apresenta algum sinal de que não enxerga bem a consulta deve ser antecipada para a idade de dois anos.

COMO SABER SE A CRIANÇA TEM DIFICULDADE DE ENXERGAR

O médico ressalta que os principais sinais de que uma criança tem dificuldade de enxergar são:

Nos dois primeiros anos de vida:

• Não reage a estímulos luminosos como, por exemplo, a luz do quarto que se acende.

• Tem excessiva aversão à luz.

• Lacrimeja excessivamente de um ou ambos os olhos.

• Fica muito tempo com os olhos fechados.

• Não demonstra interesse pelo ambiente à sua volta.

• Não ergue a cabeça para tentar ver objetos (brinquedos, por exemplo).

• Apresenta um ou ambos os olhos desviados para o nariz ou para fora.

• Reflexo luminoso na “menina dos olhos” como se fossem “olhos de gato”.

• “Menina dos olhos” muito grande ou de cor acinzentada ou opaca.

• Olhos constantemente vermelhos e com secreção.

• Tremor constante dos olhos.

• Não demonstra interesse em ver a mãe nem estranha pessoas não familiares.

• Tem dificuldade no início do engatinhar e andar.

• Os olhos não acompanham objetos coloridos movidos à sua frente.

• Esbarra com freqüência nos objetos e móveis.

Dos três aos seis anos de vida:

• Apresenta um ou ambos os olhos desviados para o nariz ou para fora.

• Cai com freqüência.

• Assiste à televisão de uma distância muito pequena, voltando a aproximar-se mesmo depois de advertida (é conveniente examinar também a audição nesses casos).

• Inclina a cabeça para um dos lados ou para um ombro, quando presta atenção em algo.

• Vira um dos olhos para fora quando está distraída, pensativa ou em locais muito abertos, como parques e gramados.

• Fecha um dos olhos demonstrando incômodo excessivo quando em locais ensolarados.

• Faz “careta” ou franze a testa para enxergar.

• Queixa-se de dor nos olhos ou dor de cabeça.

• Coça muito os olhos, especialmente quando esforça a visão (televisão, cinema etc.).

• Queixa-se de visão dupla ou embaralhada

• Os olhos ficam vermelhos quando esforça a visão, mesmo sem coçá-los.

Dos seis aos sete anos (início da fase escolar):

• Faz “careta” ou franze a testa para enxergar.

• Queixa-se de dor ou cansaço nos olhos e dor de cabeça.

• Coça muito os olhos, especialmente quando esforça a visão (televisão, cinema etc.).

• Os olhos ficam vermelhos quando esforça a visão, mesmo sem coçá-los.

• Refere dificuldade em ver o que está escrito na lousa.

• Chega o rosto muito próximo ao caderno ou livro.

• Apresenta baixo rendimento escolar.

• Desinteresse na sala de aula.

• É excessivamente tímida.

• Recusa-se em participar de atividades esportivas, preferindo muito mais a leitura pode indicar miopia.

• Tem dificuldade em distinguir ou combinar cores.

Informações à Imprensa: Eutrópia Turazzi – LDC Comunicação eutropia@uol.com.br F: (19) 3272-8784 Celular (19) 9172-4437


   

 

 

 

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