Na primavera-verão, principalmente nas regiões mais quentes, os lançamentos da moda vão além da necessidade básica de renovar o guarda-roupa. São um convite a se aproxima do mundo fashion, a conhecer as novidades dos estilistas, a trazer para o próprio vestuário um pouco do que se viram nas passarelas dos grandes centros que ditam a moda. O fim do outono-inverno nos levam a aposentar ou a doar as roupas pesadas e investir na alegria de peças descontraídas, joviais e leves. Até que chegue outro momento de renovação e, junto com ele o desejo de aquecer o corpo com tecidos aconchegantes.
É um ciclo que se repete duas vezes ao ano, trazendo consigo uma renovação também no espírito. A moda tem esse poder. E o que se ver nas tendências da nova temporada é uma moda despojada que reedita o conceito de elegância, que na contemporaneidade já não permite o aprisionamento a regras ditatoriais e desconfortáveis. Os criadores anunciam propostas. Os confeccionistas lançam produtos atualizados. Mas é o consumidor quem determina o que quer, como e onde usar, obedecendo o seu estilo pessoal e seu bem-estar.

Bijouteria “Cores e Brilhos”

Bijuterias são tão valorizadas que podem até roubar a cena em uma produção. Com a descoberta de novos materiais e misturas inusitadas, elas são cada vez mais chamativas. Para esta temporada os colares são a grande vedete. Mais longos, eles descem pela roupa ganhando posição de destaque. Alguns são cheios, com um mix de pedras naturais coloridas, elementos naturais, peças rústicas e metal. É possível até misturar mais de uma peça em um único look. Outros são mais clássicos, apenas com correntes e alguns pingentes.

Para acompanhar os colares compridos, os brincos longos ficam menores e mais discretos, em nome do bom senso, afinal ninguém é vitrine. A argola é perfeita. Mas se o colar for discreto ou se a mulher quiser usar apenas um pr de brincos, ai sim a bijuteria de revela em exageros. Brincos grandes, em metal com pedras incrustadas ainda são fortes tendências.

Nos braços, as pulseiras também garantem reinado em mais uma estação. Os materiais são diversos e podem ser intercambiados, em combinações divertidas. Anéis em metais com pedras completam o elenco. Nos cabelos, materiais entrelaçados, nos dreadlocks.

Depois do longo reinado da prata, o dourado já invade o segmento. É a renovação que faltava. Para quem ainda teme em voltar ao dourado, o bronze e o ritmo da passagem. Os tons envelhecidos também ajudam nessa tarefa de se manter dentro dos lançamentos. Alem das correntes em metal, a força maior está nas pedras. Multicoloridas ou neutras como o cristal e o acrílico. O strass traz o brilho e até para o dia-a-dia.
Para conservar as peças, evite o contato direto com os produtos químicos ou abrasivos. Elas devem ser retiradas na hora do banho. Perfumes também podem danifica-las. Como as bijuterias trazem pedras, é bom que sejam guardadas separadamente, em saquinhos próprios.

Semi-jóia “Despojadas e chiques”

Tão logo surgiram nos anos 80, os folheados a ouro ou prata se firmaram como opção entre bijuteria e jóia. Colares, pulseiras, pingentes, brincos e anéis ganharam estilos diversos. Mas o designer arrojado e diversidade de matérias empregados transformaram as semijoias em peças essências. Pedras semipreciosas dão a beleza necessária: strass, cristal(o swarovski), zircônia, ágata, pérola sintética, citrino, olho-de-tigre, ônix, esmeralda. As peças ilustram uma feminilidade delicada de tons suaves ou mais exótica com pedras rústicas.

A grande novidade são as chamadas biojóias, que seguem a linha utilizando sementes – açaí, tucumã, bacaba, inajá, mucuri, morototó – e outros elementos naturais como capim, madeiras, palha, fibra, coco, couro e borracha. Com um caráter ecologicamente correto, já que as matérias-primas são recolhidas no chão – artesão trabalham com elementos descartados da natureza. Cultura regionais são valorizadas na produção, resgatando valores símbolos como pinturas, cerâmicas, artes indígenas, características ambientais. O resultado e um look despojado e, ao mesmo tempo, chique.

Alem de exclusivo, já que a montagem é artesanal e maioria dos materiais e anatural. Uma combinação bem brasileira que atrai consumidores de varias partes do mundo. As peças mais finas são elaboradas em metal com banho de ouro ou prata. E já surgem opção em prata rodinada e aço inox. As tonalidades de banho vão do prata ao dourado, passado pelos tons envelhecidos e bronze. No design, influências de décadas passadas ou apostas no futurismo.

Fonte: Jornal O Popular / Expovestir