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Xadrez surge renovado por cores e modelagens mais soltas

Xadrez surge renovado por cores e modelagens mais soltas    

Visual com misturas de xadrez remete ao estilo brechó para aquecer no inverno 2008 . Xadrez sempre rima com frio no mundo da moda, mas no inverno 2008 ele reinou nos lançamentos apresentados nas passarelas das semanas de moda e já invade as vitrines da cidade.

Ele surge em várias padronagens, numa lista liderada pelos tipos escocês (quadrantes largos e listras finas), country inglês (como o xadrez com verde e vermelho) e príncipe de gales (riscos irregulares e cores básicas como marrom, bege, cinza e preto), com espaço também para vichy (bicolor e popular no verão), pied-de-poule (bicolor e miúdo semelhante a pegadas de galinha) e pied-de-coq (grande, lembra pegadas de galo).

O mix de cores e propostas deixa de lado o xadrez sério para acabar de vez com resistências e sugerir estampas mais coloridas. O novo conjunto é muito mais que o xadrez eternizado pela Burberry (xadrez bege com branco, vermelho e preto), grife inglesa que contribuiu para tornar pop o tartã escocês (quadriculado com linhas e cores diferentes). Ele é alegrado com a aura setentista, época em que a moda refletia a liberdade desejada pelos hippies e os adeptos de um estilo de vida mais solto. Por isso, o xadrez da temporada não vem em peças justas, mas em formas folgadas.

Os estilistas investiram em calças largas (boca-de-sino, macacão ou pantalona), vestidos larguinhos (curtos ou longos), casaquinhos, boleros e na saia comprida. No visual brechó e no estilo de roupas que remetem às nossas avós, o xadrez marca presença da cabeça aos pés. Pode aparecer no cachecol, no chapéu, na bolsinha de mão e no sapato. O azul-e-branco sozinho ou com vermelho e a dobradinha branco-e-preto lideram a cartela de cores que também tem espaço para como rosa e bordô com branco ou degradê de cores.

As releituras resgatam o xadrez com elementos novos. Em modelagens moderninhas e associado a outros materiais, como fios cítricos, lurex e metalizados diversos. A tendência também foi bastante explorada com alfaiataria, ao lado de detalhes e recortes que empregam moleton, algodão, linha e ainda tecidos nobres como seda, xantugue e tafetá. As peças podem ser usadas ao lado de outras completamente coloridas ou com monocromia, como as composições marcadas por preto.

COMO USAR

* O xadrez em estampas miúdas e escuras tem o poder de aparentar silhuetas mais magras. O xadrez mais colorido combina com visuais mais descolados.

* Quem gosta do visual rock-n’-roll pode investir na calça xadrez ou minissaia com peças e acessórios negros. Cuidado para não exagerar nos acessórios que levam metal.

* As adeptas do estilo colegial (como saias de pregas) devem ter cuidado com o comprimento da roupa e adequação do estilo à faixa etária.

* Vestidos que lembram a silhueta dos anos 20 com amarrações, laços e gola redonda não devem ter acessórios em xadrez.

HISTÓRIA

* As estampas geométricas já eram traço de sociedades da Dinamarca e da Alemanha, mas, conforme a história da moda, o xadrez tem como local de origem a Escócia do século 19. Foi da terra do kilt (saia masculina em tartã típica do escocês) que o xadrez propagou-se para o mundo principalmente por meio de trajes masculinos como o terno. No século 20, entrou de vez para o guarda- roupa feminino com as famosas criações da estilista Coco Chanel. Nos anos 50, a estampa vichy ganhou notoriedade pelas toalhas de piquenique e ousadias como o biquíni celebrizado por Brigite Bardot. Outros marcos foram as bermudas, calças e camisas xadrezes dos uniformes dos jovens da geração 90, influenciados pelo movimento grunge de Kurt Cobain Fonte: Jornal O Popular

   
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