Mundo Mulher

A Calvície

02/10/2009

A alopecia androgenética ou calvície é o tipo mais comum de queda de cabelos. É uma doença progressiva que, se não for tratada, tende a piorar com o tempo. Tanto os androgênios, como uma predisposição genética são necessários para o desenvolvimento de alopecia androgenética. É uma condição genética comum produzida pela ação hormônios masculinos (testosterona). Há uma miniaturização com afinamento e encurtamento progressivo dos cabelos. O afinamento dos cabelos inicia-se entre os 18 e os 40 anos em ambos os sexos e cerca de 50% da população possui este traço ou algum grau antes do 50 anos.

IMPORTANTE:
O dermatologista é um médico especializado que você pode procurar para acabar com as suas dúvidas sobre queda de cabelo e indicar um tratamento adequado. Lembre-se: quanto mais rápido for o início deste tratamento, maiores serão as chances de controlar a queda.

Adaptado de: "Calvície : Um assunto que não sai da cabeça" - Dra Denise Steiner, Francisco Le Voci e Márcio Rutowisch "Propedêutica das Doenças dos Cabelos e do Couro Cabeludo" José Marcos Pereira.

Causas

A alopecia androgenética é associada ao processo natural de envelhecimento: os primeiros sinais aparecem nos homens em sua segunda década de vida. Trinta por cento deles terão sido afetados por volta dos 30 anos, e 50% aos 50 anos. Nas mulheres, a queda de cabelos é observada inicialmente na segunda década de vida até os primeiros anos da quarta, um pouco mais tarde que a época de seu surgimento para os homens.

A alopecia androgenética é uma doença progressiva que, se não for tratada, tende a piorar com o tempo. Tanto os androgênios, como uma predisposição genética são necessários para o desenvolvimento de alopecia androgenetica.

A velocidade de progressão varia entre os indivíduos, ocorrendo com freqüência em etapas, em vez de seguir um modo contínuo. Em alguns pacientes, a rarefação dos cabelos ocorre gradualmente ao longo de 20 ou 30 anos, enquanto em outros, em especial os pacientes com uma história familiar da doença ou em mulheres com distúrbios hormonais, a velocidade de progressão pode ser muito rápida.

Outras causas para queda de cabelos são:

Histórico de saúde deficiente, Possíveis anormalidades endócrinas (indicadas por distúrbios menstruais, infertilidade, hirsutismo, acne ou obesidade), Doença da tireóide, Medicamentos Deficiência nutricional de ferro ou proteína. Micoses

Devem ser realizadas as pesquisas adequadas caso haja suspeita de qualquer dessas possíveis causas de queda de cabelos. Alguns contraceptivos orais têm alguma ação androgênica e podem aumentar a queda de cabelos de ordem androgenética.

Alopecia areata
Perda de cabelos em áreas redondas ou ovais, sem que ocorram sinais inflamatórios ou atrofia da pele. Pode afetar o couro cabeludo e a barba. Ocorre por provável envolvimento do sistema imunológico e a causa emocional também deve ser investigada. Algumas drogas também poderão ser desencadeadoras da alopecia areata. Na verdade, a pessoa apresenta uma predisposição a ter uma determinada doença, e o fator emocional age como um desencadeante.

Tricotilomania
Mania compulsiva de arrancar cabelos (ou até mesmo cílios e sombrancelhas), o que acaba deixando as pessoas calvas ou com falhas. Esse distúrbio está relacionado à ansiedade e ao nervosismo, e o ideal é consultar um médico logo nos primeiros sinais do distúrbio.

Telógeno
Queda abrupta e intensa, podendo chegar até a 600 fios por dia. Geralmente ocorre de 3 a 4 meses após o fator desencadeante que pode ser um medicamento, uma febre, infecção, estresse, gravidez, entre outros. A queda ocorre rapidamente, mas o crescimento de um novo fio é demorado, crescendo cerca de 1cm a 2cm por mês. Por isso, o crescimento dos fios é percebido de forma gradativa.

Tratamento

Os objetivos do tratamento da alopecia androgenética são:

1) retardar a rarefação (afinamento) dos cabelos
2) aumentar o volume de cabelos no couro cabeludo.

Existem hoje três medicamentos aprovados para o tratamento da alopecia androgenética (calvície):

Alfaestradiol Finasterida Minoxidil 2 e 5% ALFAESTRADIOL

O alfaestradiol é um potente inibidor da 5 alfa-redutase - a enzima responsável pela conversão da testosterona no hormônio diidrotestosterona (DHT) na pele humana. Este hormônio contribui para a redução da fase de crescimento e para o afinamento do cabelo. Bloqueando a ação da 5 alfa-redutase, o alfaestradiol acelera a atividade proliferativa das células capilares.

Com base em experiências da literatura e nas altas concentrações e doses necessárias para que qualquer atividade hormonal seja detectada, o alfaestradiol não pode ser considerado um hormônio. O alfaestradiol desacelera a mudança da fase ANÁGENA para a fase CATÁGENA.

O alfaestradiol é apresentado em loção capilar. A aplicação é diária, preferencialmente à noite. Deve ser aplicado até que o local atingido esteja úmido, fazendo-se então no local leve massagem com os dedos. Os resultados são esperados a partir do 3º mês de uso do produto. Estudos mostram que o alfaestradiol não possui efeitos hormonais ou cardiovasculares. Não existem estudos sobre sua toxicidade na reprodução humana.

FINASTERIDA

Trata a alopecia androgenética leve a moderada em homens com idades entre 18 e 41 anos. É um inibidor específico da 5 alfa-redutase. Para o tratamento de alopecia androgenética, é administrada em uma dose diária de 1 mg por via oral. Foi demonstrado que a finasterida rapidamente baixa os níveis de DHT sérico e do couro cabeludo em mais de 60%. Ela não tem nenhuma afinidade pelo receptor de androgênio e, portanto, não interfere na ação da testosterona, não tendo efeitos androgênicos, estrogênicos, progestacionais ou outros efeitos de esteróides.

A finasterida não é aprovada para uso em mulheres. É contra-indicada para mulheres durante a gravidez, porque pode causar anormalidades na genitália externa do feto, caso este seja do sexo masculino. Deve ser utilizada com cautela em homens com disfunção hepática. Em homens mais velhos não tem eficácia comprovada. A droga provocou disfunção sexual (disfunção erétil, diminuição da libido e diminuição do volume ejaculatório) em cerca de 2% dos pacientes.

MINOXIDIL

Foi o primeiro produto a ser aprovado para o tratamento de alopecia androgenética. É aplicado via tópica sobre o couro cabeludo, em dose 1 ml, duas vezes ao dia.Desenvolvido como uma droga para tratar hipertensão, seu mecanismo de ação no ciclo capilar não é bem entendido.

É um vasodilatador. Trata alopecia androgenética leve ou moderada em homens e mulheres. Aplicação: 1ml, tópica, duas vezes ao dia, de soluções 2% e 5%; a solução de 5% pode proporcionar um efeito mais amplo e mais rápido, porém só pode ser usada em homens.

Ineficaz na região temporal. Ineficaz em alguns pacientes e com resposta limitada em outros. O uso deve ser regular e contínuo para a manutenção da eficácia.

Efeitos Colaterais de baixa freqüência e menor importância: irritação local (ressecamento, descamação, prurido, vermelhidão); dermatite alérgica ou fotoalérgica de contato; hipertricose (principalmente em mulheres).Inexistência de efeito cardiovascular.

Lembre-se que o dermatologista é a pessoa mais indicada para diagnosticar e prescrever o melhor tratamento para você.

"Não tome medicamento por conta própria. Siga corretamente as orientações do seu médico."

Diminuição do Folículo

O cabelo, na maioria dos casos, não cai de uma só vez; ele passa por um processo chamado Miniaturização do folículo. Neste processo, cada vez que um fio de cabelo é substituído, o próximo nasce mais fraco e fino. Homens e mulheres possuem a enzima 5 alfa-redutase tipo 2 no organismo. Esta enzima transforma a testosterona em diidrotestosterona (DHT).

A diidrotestosterona é quem causa a miniaturização dos fios de cabelo. As pessoas que são geneticamente predispostas para a calvície possuem maior quantidade da enzima 5 alfa-redutase tipo 2 e mais receptores de DHT do que as pessoas que não tem influência genética.

Todo este processo tem como conseqüência a perda gradual dos fios. Esta queda de cabelo varia desde o surgimento de "entradas" até a eliminação dos fios da parte superior da cabeça.

Padrões de Calvície Padrão Feminino

Nas mulheres, a linha capilar frontal normalmente é mantida, existindo uma rarefação mais difusa sobre a coroa (os cabelos ficam ralos na "divisão do penteado"). Este padrão é chamado de "Padrão Ludwig" ou "Padrão feminino de queda de cabelos".

Padrão Masculino

Nos homens com alopecia androgenética (calvície), os cabelos geralmente começam a ficar ralos na região fronto-temporal ("franja" e topo da cabeça) e no vértice ("coroa do frade"). Este padrão é chamado "Padrão Hamilton" ou "Padrão masculino de queda de cabelos".

Impacto Social

A auto-estima é afetada pela forma como cada um percebe estar seu cabelo e como julga que os outros o estão percebendo. Por isso se penteia, tinge, e se deixa crescer o cabelo; também, por estes comportamentos, nos preocupamos com a calvície.

Muitos homens toleram a calvície sob a bandeira de que é charmoso. Outros temem passar pelo problema e procuram todos os artifícios para evitá-la - desde medicamentos a crendices populares. Para muitos homens e grande parte das mulheres, a queda é preocupante quando ocorre além dos limites culturalmente aceitáveis. Para todos, fica claro que os cabelos exercem importante função psicológica e estão relacionados à aceitação pessoal e social, portanto, a calvície deve ser entendida como um problema médico e estético.

Como se vê, a queda dos cabelos envolve fatores clínicos, sociais, psicológicos e culturais. Tudo isso reunindo um assunto que, realmente, não sai da cabeça dos homens, das mulheres e também da História da Humanidade - como diriam os personagens Sansão e Rapunzel.

Adaptado de: "Calvície :Um assunto que não sai da cabeça" - Dra Denise Steiner, Francisco Le Voci e Márcio Rutowisch.

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