Novos cosméticos apostam em alta tecnologia
Eles parecem cosméticos do futuro, com promessas de ativar a juventude, destruir as proteínas que danificam a pele, reparar as alterações do DNA e estimular o nascimento de novas células. Mas são lançamentos atuais do chamado skincare, segmento encarregado dos cuidados da pele. Uma parte acaba de chegar às prateleiras, como o Génifique, da Lancôme, o Skin Vivo, da Biotherm, o Orchidée Impériale, da Guerlain, e o Future Solution LX, da Shiseido.
Outros ainda serão lançados nas próximas semanas, caso do Supremya, da Sisley, e do Cellular Serum Platinum, da La Prairie. Dermatologistas afirmam que, no universo dos creminhos chamados de cosméticos (diferentes dos dermocosméticos, vendidos em farmácias), há muito marketing. Mas reconhecem: a tecnologia avança em larga escala, e a pele só tem a ganhar com isso.
- A tecnologia vem conseguindo reduzir o tamanho das partículas dos ativos que compõem os novos produtos. Dessa forma, eles conseguem penetrar mais facilmente na camada mais profunda da pele, a derme, sem serem destruídos ao longo do caminho. É a chamada nanotecnologia - explica a dermatologista Daniela Nunes. - Além disso, agora a textura também é mais seca, não deixa a pele com aspecto oleoso. Essa foi outra conquista da tecnologia.
Já em relação às promessas de ativar a juventude e até atingir o DNA, os médicos esclarecem: não há estudos científicos que comprovem reparação no dano que o DNA sofre com a exposição ao sol, por exemplo. O melhor remédio, portanto, continua sendo a prevenção com o uso de filtro solar.
A dermatologista Graça da Silveira defende, porém, que esses cremes hidratam, melhoram a textura e dão, sim, mais viço à pele. Um rosto bem hidratado passa, enfim, mais luminosidade. Daí a rejuvenescer, já é outro papo...
- Para isso seria preciso usar ativos como o ácido retinoico e seus derivados, que não estão presentes nessas fórmulas. São eles que estimulam a produção de colágeno e elastina, as proteínas responsáveis pela firmeza da pele na juventude. Com o tempo, os níveis de produção dessas proteínas vão caindo naturalmente - ela diz.
É por isso que a dermatologista costuma acrescentar, em farmácia de manipulação, duas gotinhas de ácido retinoico nos potinhos que receita. Assim, a paciente pode usar o creme de duas a três vezes por semana, sempre à noite.
Entre as novidades do mercado, um dos destaques nos últimos congressos internacionais de dermatologia é a tecnologia de microcorrentes. Os produtos contêm íons condutores de minerais, como zinco e cobre, que criam um fluxo de correntes pela pele, ativando a produção de colágeno e elastina.
Voltando às grandes grifes que estão lançando novos cosméticos, as embalagens merecem um parágrafo à parte. Elas podem lembrar uma caixinha de joia ou vir com um elegante conta-gotas para ajudar a dosar a quantidade. Também podem ter potes imponentes, cor de ouro e prata. Mas o luxo é para poucos. Tem creminho que ultrapassa R$ 2 mil.
Goiasnet.com/ O Globo Online
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